A voz de origem: identidade sociocultural e linguística nas histórias de vida de migrantes madeirenses e seus descendentes na Venezuela
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/33178 |
Resumo: | As vozes de origem da migração madeirense para a Venezuela traduzem as identidades socioculturais e linguísticas de indivíduos de primeira e de segunda geração como realidades plurais e dinâmicas e não uniformes e estáticas. Nesse sentido, interessa observar a ligação entre as sociedades, as culturas e as línguas e o seu papel na formação da identidade de doze entrevistados, no âmbito da emigração madeirense para a Venezuela. O local de nascimento pode ocorrer num país, mas o indivíduo pode ser deslocado, desde muito cedo, para outro país, onde irá viver a sua infância e/ou juventude. Geralmente, este deslocamento é da terra de origem dos pais para o país de destino ou o movimento contrário, do país de destino para a terra natal dos pais. Mesmo tendo pouco contacto com as raízes dos avós e dos pais, no caso da segunda geração nascida no país de destino, terá sempre uma ligação de origem com a terra natal deles e uma “língua de herança”, além da sua língua materna. Posto isto, a língua falada por estes migrantes e seus descendentes incorpora regionalismos lexicais madeirenses com forte carga identitária, afetiva e expressiva da regionalidade ou “madeirensidade”, conservados sobretudo através das memórias de infância, assim como marcas do Português popular, características da população rural menos escolarizada, mas também muitas interferências linguísticas do Castelhano ou Espanhol da Venezuela, na maior parte das vezes, associadas à identificação com a respetiva sociedade e cultura. |
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A voz de origem: identidade sociocultural e linguística nas histórias de vida de migrantes madeirenses e seus descendentes na VenezuelaMigrações madeirensesVenezuelaIdentidade linguística e socioculturalPortuguês falado na MadeiraAs vozes de origem da migração madeirense para a Venezuela traduzem as identidades socioculturais e linguísticas de indivíduos de primeira e de segunda geração como realidades plurais e dinâmicas e não uniformes e estáticas. Nesse sentido, interessa observar a ligação entre as sociedades, as culturas e as línguas e o seu papel na formação da identidade de doze entrevistados, no âmbito da emigração madeirense para a Venezuela. O local de nascimento pode ocorrer num país, mas o indivíduo pode ser deslocado, desde muito cedo, para outro país, onde irá viver a sua infância e/ou juventude. Geralmente, este deslocamento é da terra de origem dos pais para o país de destino ou o movimento contrário, do país de destino para a terra natal dos pais. Mesmo tendo pouco contacto com as raízes dos avós e dos pais, no caso da segunda geração nascida no país de destino, terá sempre uma ligação de origem com a terra natal deles e uma “língua de herança”, além da sua língua materna. Posto isto, a língua falada por estes migrantes e seus descendentes incorpora regionalismos lexicais madeirenses com forte carga identitária, afetiva e expressiva da regionalidade ou “madeirensidade”, conservados sobretudo através das memórias de infância, assim como marcas do Português popular, características da população rural menos escolarizada, mas também muitas interferências linguísticas do Castelhano ou Espanhol da Venezuela, na maior parte das vezes, associadas à identificação com a respetiva sociedade e cultura.The original voices of Madeiran migration to Venezuela translate the socio-cultural and linguistic identities of first- and second-generation individuals as plural and dynamic realities and therefore non-uniform static ones. In that sense, it is interesting to observe the link between societies, cultures and languages and its role in the shaping of the identity of twelve interviewees within the scope of the Madeiran emigration to Venezuela. The place of birth may occur in a country, but the individuals may be moved very early on to another country where they will live their childhood and/or youth. Generally, this displacement happens between their parents’ homeland to their destination country or, the other way around, from their destination country to their parents' homeland. Even with little contact with their grandparents and parents’ roots, in the case of the second generation born in the country of destination, they will always have an original link with their forefathers’ homeland as well as a "heritage language", besides their mother tongue. Therefore, the language spoken by these migrants and their descendants incorporates Madeiran lexical regionalisms with a strong identity, affective and expressive load of regionality or "madeirensity." Such Madeiran lexical regionalisms are mostly preserved through childhood memories, as well as features of popular Portuguese that are characteristics of the less educated rural population, but also show many linguistic interferences from Castilian or Venezuelan Spanish, most often associated to an identification of their respective society and culture.Universidade da MadeiraRepositório da Universidade de LisboaNunes, Naidea2018-05-07T13:45:52Z20182018-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/33178porNunes, Naidea (2017): «A Voz de Origem: Identidade Sociocultural e Linguística nas Histórias de Vida de Migrantes Madeirenses na Venezuela», PensarDiverso nº 6. Identidades, Revista de Estudos Lusófonos, Universidade da Madeira1647-3965info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:27:34Zoai:repositorio.ul.pt:10451/33178Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:48:06.013391Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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