Elevated inceptions and popular outcomes: the contes of Marie-Catherine D'Aulnoy and Charles Perrault
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.1/1434 |
Resumo: | Os primeiros contos de fadas de Perrault, versificados — “Les Souhaits Ridicules” e “Peau d’Âne” — deviam tanto à mitologia grega e eram tão elaboradamente barrocos como os de Mme d’Aulnoy. Nos seus contos em prosa, contudo, Perrault substituiu as fadas por deuses e deusas e simplificou tanto o vocabulário como o enredo (movendo-se, por conseguinte, na direcção da narrativa popular existente então na Bibliothèque Bleue), enquanto Mme d’Aulnoy manteve a estrutura complexa e sintaxe elaborada durante toda a sua carreira de escritora. Em termos de moral, as personagens de Mme d’Aulnoy negoceiam pragmaticamente um percurso tortuoso num mundo frequentemente amoral, enquanto que os enredos de Perrault se aproximam mais da moralidade das suas conclusões. A fonte de ambos são os contos de Straparola. (Desde a redacção deste artigo, a autora descobriu elos estruturais e linguísticos inegáveis entre o “Maitre Chat” de perrault e a tradução francesa do séc. XVI do “Constantino Fortunato” de Straparola). Os dois autores diferem um do outro sobretudo no tratamento dos elementos mágicos. Mme d’Aulnoy empregou-os deliberadamente, enquanto Perrault assumiu uma atitude de ingénua aceitação da magia. Em suma, os contos de Perrault eram adequados à sua adopção no mercado popular. |
id |
RCAP_c5384b54d002ed31196fad9d1eff14a7 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:sapientia.ualg.pt:10400.1/1434 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Elevated inceptions and popular outcomes: the contes of Marie-Catherine D'Aulnoy and Charles PerraultOs primeiros contos de fadas de Perrault, versificados — “Les Souhaits Ridicules” e “Peau d’Âne” — deviam tanto à mitologia grega e eram tão elaboradamente barrocos como os de Mme d’Aulnoy. Nos seus contos em prosa, contudo, Perrault substituiu as fadas por deuses e deusas e simplificou tanto o vocabulário como o enredo (movendo-se, por conseguinte, na direcção da narrativa popular existente então na Bibliothèque Bleue), enquanto Mme d’Aulnoy manteve a estrutura complexa e sintaxe elaborada durante toda a sua carreira de escritora. Em termos de moral, as personagens de Mme d’Aulnoy negoceiam pragmaticamente um percurso tortuoso num mundo frequentemente amoral, enquanto que os enredos de Perrault se aproximam mais da moralidade das suas conclusões. A fonte de ambos são os contos de Straparola. (Desde a redacção deste artigo, a autora descobriu elos estruturais e linguísticos inegáveis entre o “Maitre Chat” de perrault e a tradução francesa do séc. XVI do “Constantino Fortunato” de Straparola). Os dois autores diferem um do outro sobretudo no tratamento dos elementos mágicos. Mme d’Aulnoy empregou-os deliberadamente, enquanto Perrault assumiu uma atitude de ingénua aceitação da magia. Em suma, os contos de Perrault eram adequados à sua adopção no mercado popular.Centro de Estudos Ataíde OliveiraSapientiaBottigheimer, Ruth B.2012-07-12T18:30:27Z20012001-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.1/1434enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-24T10:12:18Zoai:sapientia.ualg.pt:10400.1/1434Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:55:28.059349Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Elevated inceptions and popular outcomes: the contes of Marie-Catherine D'Aulnoy and Charles Perrault |
title |
Elevated inceptions and popular outcomes: the contes of Marie-Catherine D'Aulnoy and Charles Perrault |
spellingShingle |
Elevated inceptions and popular outcomes: the contes of Marie-Catherine D'Aulnoy and Charles Perrault Bottigheimer, Ruth B. |
title_short |
Elevated inceptions and popular outcomes: the contes of Marie-Catherine D'Aulnoy and Charles Perrault |
title_full |
Elevated inceptions and popular outcomes: the contes of Marie-Catherine D'Aulnoy and Charles Perrault |
title_fullStr |
Elevated inceptions and popular outcomes: the contes of Marie-Catherine D'Aulnoy and Charles Perrault |
title_full_unstemmed |
Elevated inceptions and popular outcomes: the contes of Marie-Catherine D'Aulnoy and Charles Perrault |
title_sort |
Elevated inceptions and popular outcomes: the contes of Marie-Catherine D'Aulnoy and Charles Perrault |
author |
Bottigheimer, Ruth B. |
author_facet |
Bottigheimer, Ruth B. |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Sapientia |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Bottigheimer, Ruth B. |
description |
Os primeiros contos de fadas de Perrault, versificados — “Les Souhaits Ridicules” e “Peau d’Âne” — deviam tanto à mitologia grega e eram tão elaboradamente barrocos como os de Mme d’Aulnoy. Nos seus contos em prosa, contudo, Perrault substituiu as fadas por deuses e deusas e simplificou tanto o vocabulário como o enredo (movendo-se, por conseguinte, na direcção da narrativa popular existente então na Bibliothèque Bleue), enquanto Mme d’Aulnoy manteve a estrutura complexa e sintaxe elaborada durante toda a sua carreira de escritora. Em termos de moral, as personagens de Mme d’Aulnoy negoceiam pragmaticamente um percurso tortuoso num mundo frequentemente amoral, enquanto que os enredos de Perrault se aproximam mais da moralidade das suas conclusões. A fonte de ambos são os contos de Straparola. (Desde a redacção deste artigo, a autora descobriu elos estruturais e linguísticos inegáveis entre o “Maitre Chat” de perrault e a tradução francesa do séc. XVI do “Constantino Fortunato” de Straparola). Os dois autores diferem um do outro sobretudo no tratamento dos elementos mágicos. Mme d’Aulnoy empregou-os deliberadamente, enquanto Perrault assumiu uma atitude de ingénua aceitação da magia. Em suma, os contos de Perrault eram adequados à sua adopção no mercado popular. |
publishDate |
2001 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2001 2001-01-01T00:00:00Z 2012-07-12T18:30:27Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.1/1434 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.1/1434 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
eng |
language |
eng |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Centro de Estudos Ataíde Oliveira |
publisher.none.fl_str_mv |
Centro de Estudos Ataíde Oliveira |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799133157116608512 |