A construção linguística de Blimunda em Memorial do Convento, de José Saramago
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/3386 |
Resumo: | Esta dissertação apresenta, primeiramente, uma breve reflexão sobre a teoria da personagem romanesca, enquanto signo construído pelo autor e reconstruído pelo leitor, orientada numa perspetiva diacrónica do conceito de personagem, tendo como ponto de partida os conceitos da mimesis aristotélica e o prodesse aut delectare horaciano e como ponto de chegada a poética moderna e contemporânea, para a qual as personagens são seres de papel, feitos de palavras, provocando, todavia, ao longo da narrativa efeitos no leitor que as reconstrói. Em segundo lugar, num grau mais profundo de análise, esta dissertação explana os processos linguísticos subjacentes à construção da Blimunda saramaguiana. A nossa escolha recaiu nestes processos porquanto são estes os primeiros responsáveis pela génese de uma personagem romanesca, ao nível da imanência textual. A nossa análise seguiu de perto a teoria de Cristina da Costa Vieira exposta no ensaio A construção da personagem romanesca: processos definidores. Em suma, Memorial do convento constitui o corpus de trabalho desta dissertação, sendo a personagem Blimunda o espaço nuclear da sua reflexão e o suporte ilustrativo para a teoria literária aqui explanada, tendo, para tal, seguido uma crítica de base imanentista, mas aberta à análise intersemiótica, devido aos fatores exógenos à obra que acreditamos terem contribuído para a construção linguística de Blimunda, na ótica do autor, e que continuam a contribuir para a sua construção, na ótica do leitor/recetor. |
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A construção linguística de Blimunda em Memorial do Convento, de José SaramagoMemorial do Convento - Estudo críticoMemorial do Convento - PersonagensMemorial do Convento - Processos linguísticosMemorial do Convento - RomanceEsta dissertação apresenta, primeiramente, uma breve reflexão sobre a teoria da personagem romanesca, enquanto signo construído pelo autor e reconstruído pelo leitor, orientada numa perspetiva diacrónica do conceito de personagem, tendo como ponto de partida os conceitos da mimesis aristotélica e o prodesse aut delectare horaciano e como ponto de chegada a poética moderna e contemporânea, para a qual as personagens são seres de papel, feitos de palavras, provocando, todavia, ao longo da narrativa efeitos no leitor que as reconstrói. Em segundo lugar, num grau mais profundo de análise, esta dissertação explana os processos linguísticos subjacentes à construção da Blimunda saramaguiana. A nossa escolha recaiu nestes processos porquanto são estes os primeiros responsáveis pela génese de uma personagem romanesca, ao nível da imanência textual. A nossa análise seguiu de perto a teoria de Cristina da Costa Vieira exposta no ensaio A construção da personagem romanesca: processos definidores. Em suma, Memorial do convento constitui o corpus de trabalho desta dissertação, sendo a personagem Blimunda o espaço nuclear da sua reflexão e o suporte ilustrativo para a teoria literária aqui explanada, tendo, para tal, seguido uma crítica de base imanentista, mas aberta à análise intersemiótica, devido aos fatores exógenos à obra que acreditamos terem contribuído para a construção linguística de Blimunda, na ótica do autor, e que continuam a contribuir para a sua construção, na ótica do leitor/recetor.This dissertation first introduces a brief reflection on the theory of novelistic character, as a symbol constructed by the author and reconstructed by the reader. The research approach follows a diachronic perspective of the concept of character, taking as its starting point the concepts of Aristotelian mimesis and Horatian prodesse aut delectare and as its arrival point the modern and contemporary poetics, according to which the characters are paper beings, made of words, but with the power of causing, throughout the narrative, effects on the reader, who will reconstruct them. Secondly, on a deeper level of analysis, this thesis clarifies the linguistic processes (since these are the main responsible for the genesis of a novelistic character, in terms of textual immanence), closely following Cristina da Costa Vieira’s theory exposed in the essay The construction of the novelistic character: defining processes. In short, Memorial do convento is the body of work of this dissertation and the character Blimunda is both the core of its reflection and the basis that illustrates the literary theory here expounded. This approach has followed a criticism of immanentist base, but opened to intersemiotic analysis thanks to exogenous factors, which in our opinion contributed to the construction of Blimunda, in the view of the author and continue to contribute to its construction in the view of the reader/receiver.Vieira, Cristina Maria da CostauBibliorumAndré, Maximina Lourenço Simão Lages2015-05-27T12:03:13Z20122012-102012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/3386porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:39:46Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/3386Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:44:49.091993Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Esta dissertação apresenta, primeiramente, uma breve reflexão sobre a teoria da personagem romanesca, enquanto signo construído pelo autor e reconstruído pelo leitor, orientada numa perspetiva diacrónica do conceito de personagem, tendo como ponto de partida os conceitos da mimesis aristotélica e o prodesse aut delectare horaciano e como ponto de chegada a poética moderna e contemporânea, para a qual as personagens são seres de papel, feitos de palavras, provocando, todavia, ao longo da narrativa efeitos no leitor que as reconstrói. Em segundo lugar, num grau mais profundo de análise, esta dissertação explana os processos linguísticos subjacentes à construção da Blimunda saramaguiana. A nossa escolha recaiu nestes processos porquanto são estes os primeiros responsáveis pela génese de uma personagem romanesca, ao nível da imanência textual. A nossa análise seguiu de perto a teoria de Cristina da Costa Vieira exposta no ensaio A construção da personagem romanesca: processos definidores. Em suma, Memorial do convento constitui o corpus de trabalho desta dissertação, sendo a personagem Blimunda o espaço nuclear da sua reflexão e o suporte ilustrativo para a teoria literária aqui explanada, tendo, para tal, seguido uma crítica de base imanentista, mas aberta à análise intersemiótica, devido aos fatores exógenos à obra que acreditamos terem contribuído para a construção linguística de Blimunda, na ótica do autor, e que continuam a contribuir para a sua construção, na ótica do leitor/recetor. |
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