CONCEITO DE BIOMIMÉTICA E ABORDAGEM MINIMAMENTE INVASIVA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rajão, António Miguel Sousa Mendes
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11816/2674
Resumo: A noção de biomimética, pode ser vista como o estudo, estrutural e funcional dos sistemas biológicos, como modelos para a conceção e engenharia de materiais. Na medicina dentária é tratada, como o estudo da estrutura dentária intacta, da sua função e biologia, como modelo para o desenvolvimento de materiais, técnicas e equipamento, para a restauração ou substituição dentária, para isto, é necessário um bom entendimento, do que iremos restaurar. Abordagens minimamente invasivas, conservadoras da estrutura dentária, são opções com uma aplicação cada vez maior, e um fator altamente contributivo para este aumento, foi o desenvolvimento dos sistemas e técnicas de adesão. Para mimetizarmos a estrutura dentária, a nível estético e biomecânico temos de empregar os materiais que melhor simulam o dente natural. Objetivo: Este estudo tem como objetivo, aprofundar a temática do biomimetismo, na área da medicina dentária, com procedimentos minimamente invasivos, pretendendo-se recriar a estética e a função, com preservação máxima dos dentes naturais. Material e Métodos: A pesquisa bibliográfica foi realizada, através do acesso online às bases de dados PubMed, Science Direct, e repositório de dados ResearchGate, através do motor de busca Google. Os artigos analisados, foram publicados desde 1999 até 2016. Discussão: O biomimetismo, mostra a necessidade, de pesquisa das funções físicas e biológicas dos materiais de restauração, e a projeção de novos e melhorados substitutos, sendo para a medicina dentária restauradora, o dente natural íntegro, a referência incontestável. O comportamento fisiológico do dente íntegro, é o resultado de uma relação intima e balanceada, entre os parâmetros biológicos, mecânicos, funcionais e estéticos. O conjunto de dois tecidos, esmalte e dentina, com módulos elásticos diferentes, necessitam uma combinação complexa, para um sucesso funcional a longo termo. A junção amelodentinária, é uma interface moderadamente mineralizada, e as propriedades desta, servem para desenvolver novos agentes de adesão, de modo a permitir a recuperação da integridade biomecânica. O princípio biomimético, leva-nos para a análise de qual o material, que melhor simula o comportamento do esmalte e dentina. Estudos mostram, que a cerâmica feldspática é o substituto mais apropriado para o esmalte, e para a dentina os compósitos híbridos, devido ao módulo de elasticidade ser similar, respetivamente. A aplicação do princípio biomimético, mostra que novas abordagens restauradoras, devem ter o objetivo, de criar a restauração mais compatível com os tecidos dentários subjacentes, e não a restauração mais forte de todas. A variedade de tratamentos disponíveis, permite em grande parte, selecionar uma abordagem que conserve, o máximo tecido dentário intacto. A evolução dos materiais cerâmicos, e das técnicas de adesão, deram um grande contributo para a realização de tratamentos estéticos, simulando o dente natural, com obtenção de uma boa resistência. A preservação de esmalte, representa um fator determinante e essencial, para o sucesso restaurador, pois possui um valor previsível na adesão, e o fato de poder ser condicionado, resulta numa grande mais-valia. Estudos mostram, que as facetas cerâmicas terão um maior sucesso e mais previsível, se a restauração for aderida ao esmalte. O sucesso da adesão final, está dependente, da preparação adequada e do condicionamento das superfícies envolvidas, pois o condicionamento deve fornecer uma adesão duradoura, entre o substrato, dente ou cerâmica e compósito de cimentação. Conclusão: O conceito de biomimética na medicina dentária, é a devolução das propriedades funcionais, mecânicas, e estéticas da estrutura dentária, através da utilização de materiais que mimetizam as propriedades dos tecidos perdidos, e da sua integração com o remanescente dentário, cumprindo assim o princípio biomimético. Abordagens minimamente invasivas, visam conservar o máximo de estrutura dentária sadia, tentando restringir as preparações ao esmalte, pois este tecido possui grande resistência, é altamente mineralizado, constituído por cristais de hidroxiapatite, em que após o condicionamento ácido irão formar-se micro cavidades, onde o adesivo irá infiltrar. Daí a preocupação em sermos minimamente invasivos, mantendo as preparações dentárias só em esmalte, pois assim a longevidade das restaurações será maior. A realização destes tratamentos, só é possível hoje em dia, devido à grande evolução das técnicas de adesão, e dos materiais restauradores.
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