Riscos e/ou benefícios da fitoterapia no tratamento da obesidade de pacientes com co-morbilidades associadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Camelo, Sandra Marisa Alves
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/5938
Resumo: Atualmente a obesidade é considerada a desordem nutricional mais comum em todo o mundo. É considerada não apenas um problema de estética, mas principalmente um problema de saúde, responsável pelo aparecimento de doenças graves e pelo aumento da mortalidade e da morbilidade. A obesidade é reconhecida como um distúrbio inflamatório crónico de baixo grau e vários estudos sugerem que este estado inflamatório favorece o aumento do risco de várias doenças, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes, osteoartrite, dispneia, apneia do sono, doença pulmonar obstrutiva crónica, entre outras. De entre estas complicações, a diabetes é a que se relaciona mais fortemente com a obesidade. Segundo alguns estudos, em países ocidentais, cerca de 58% dos casos de diabetes tipo 2 estão relacionados com o excesso de peso. Existem igualmente evidências que a obesidade e a diabetes do tipo 2 predispõem para a doença de Alzheimer. A obesidade e o excesso de peso podem ser combatidos utilizando diversas terapias. Uma destas é a fitoterapia, terapia que se tem vindo a assumir cada vez mais como um tratamento de escolha pelo doente que pretende reverter a sua patologia, principalmente pela facilidade de acesso a este tipo de compostos. A fitoterapia é uma forma de tratamento baseada nas propriedades naturais curativas de plantas medicinais e os efeitos destas plantas dependem da sua composição. A fitoterapia tem sido reconhecida como benéfica e eficaz em vários tipos de patologias, entre as quais a obesidade e excesso de peso. O recurso à fitoterapia no tratamento da obesidade é uma prática comum, destacando-se como exemplos de fitoterápicos que foram alvo de um estudo mais aprofundado nesta tese: a laranjeira amarga (Citrus aurantium), o tamarindo do malabar (Garcinia cambogia) e a planta de chá verde (Camellia sinensis). Estes extratos de plantas contendo moléculas bioativas podem contribuir para a ocorrência de interações medicamentosas, quando administrados a pacientes sob tratamento farmacológico convencional. De acordo com estudos publicados, os compostos farmacologicamente ativos das plantas podem interferir significativamente na farmacocinética e/ou farmacodinâmica de diversos fármacos, podendo provocar consequências graves aos pacientes. O objetivo principal desta dissertação é a apresentação de uma revisão bibliográfica sobre o uso da fitoterapia como uma opção viável e acessível, para o tratamento da obesidade, realçando quer os seus benefícios, quer os potenciais riscos e/ou limitações. Pretende-se identificar os fitoterápicos com ação anti obesidade, e ainda outros usados na perda de peso corporal, discutindo o seu mecanismo de ação e debatendo outros efeitos que possam resultar da sua utilização, nomeadamente no que respeita a aspetos relacionados com a toxicidade e/ou a possível ocorrência de interações com outros fármacos em pacientes polimedicados.
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A obesidade é reconhecida como um distúrbio inflamatório crónico de baixo grau e vários estudos sugerem que este estado inflamatório favorece o aumento do risco de várias doenças, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes, osteoartrite, dispneia, apneia do sono, doença pulmonar obstrutiva crónica, entre outras. De entre estas complicações, a diabetes é a que se relaciona mais fortemente com a obesidade. Segundo alguns estudos, em países ocidentais, cerca de 58% dos casos de diabetes tipo 2 estão relacionados com o excesso de peso. Existem igualmente evidências que a obesidade e a diabetes do tipo 2 predispõem para a doença de Alzheimer. A obesidade e o excesso de peso podem ser combatidos utilizando diversas terapias. Uma destas é a fitoterapia, terapia que se tem vindo a assumir cada vez mais como um tratamento de escolha pelo doente que pretende reverter a sua patologia, principalmente pela facilidade de acesso a este tipo de compostos. A fitoterapia é uma forma de tratamento baseada nas propriedades naturais curativas de plantas medicinais e os efeitos destas plantas dependem da sua composição. A fitoterapia tem sido reconhecida como benéfica e eficaz em vários tipos de patologias, entre as quais a obesidade e excesso de peso. O recurso à fitoterapia no tratamento da obesidade é uma prática comum, destacando-se como exemplos de fitoterápicos que foram alvo de um estudo mais aprofundado nesta tese: a laranjeira amarga (Citrus aurantium), o tamarindo do malabar (Garcinia cambogia) e a planta de chá verde (Camellia sinensis). Estes extratos de plantas contendo moléculas bioativas podem contribuir para a ocorrência de interações medicamentosas, quando administrados a pacientes sob tratamento farmacológico convencional. De acordo com estudos publicados, os compostos farmacologicamente ativos das plantas podem interferir significativamente na farmacocinética e/ou farmacodinâmica de diversos fármacos, podendo provocar consequências graves aos pacientes. O objetivo principal desta dissertação é a apresentação de uma revisão bibliográfica sobre o uso da fitoterapia como uma opção viável e acessível, para o tratamento da obesidade, realçando quer os seus benefícios, quer os potenciais riscos e/ou limitações. Pretende-se identificar os fitoterápicos com ação anti obesidade, e ainda outros usados na perda de peso corporal, discutindo o seu mecanismo de ação e debatendo outros efeitos que possam resultar da sua utilização, nomeadamente no que respeita a aspetos relacionados com a toxicidade e/ou a possível ocorrência de interações com outros fármacos em pacientes polimedicados.Currently obesity is considered the most common nutritional disorder in the world. It is considered not only an aesthetic problem, but mainly a health problem, responsible for the appearance of serious diseases and increased mortality and morbidity. The obesity is recognized as a chronic inflammatory disorder of low grade and several studies suggest that this inflammatory condition favors increased risk of various diseases including cardiovascular disease, diabetes, osteoarthritis, dyspnea, sleep apnea, chronic obstructive pulmonary disease, among others. Diabetes is the complication that present a higher correlation with obesity. According to some studies, in western countries, about 58% of type 2 diabetes cases are related to the excess of weight. There is also evidence that obesity and type 2 diabetes predisposes for Alzheimer's disease. Obesity and overweight can be treated using several therapies. One of these is the phytotherapy that has been assuming more and more as a key treatment for the patient to revert to its pathology, especially due to the facility of access to this type of compounds. The phytotherapy is a form of treatment based on natural healing properties of medicinal plants, and the effects of these plants depend on the composition they have. Phytotherapy has been recognized as beneficial and effective in some pathologies, including obesity and overweight. The use of herbal medicine in the treatment of obesity is a common practice. Bitter orange (Citrus aurantium), tamarind of malabar (Garcinia cambogia) and green tea plant (Camellia sinensis) are some examples of medicinal plants which have anti-obesity properties and that were studied in more detail as part of this thesis. These plant extracts containing various bioactive molecules may contribute to the occurrence of interactions with several drugs when administered to patients under conventional pharmacological treatment. According to published studies, the pharmacologically active compounds of the plants can significantly interfere with the pharmacokinetics and/or pharmacodynamics of various drugs, which can lead to serious consequences for patients. The main objective of this work is to present a literature review on the use of herbal medicine as a viable and affordable option for the treatment of obesity, highlighting either their benefits or potential risks and / or limitations. The aim is to identify herbal medicine with an anti-obesity action, as well as others used in body weight loss, discussing its mechanism of action and debating other effects that may result from its use, particularly with regard to aspects related to toxicity and /or the possible occurrence of interactions with other drugs in polymedicated patients.Catarino, RitaPimenta, AdrianaRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaCamelo, Sandra Marisa Alves2017-05-04T07:16:56Z2017-01-062017-01-06T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/5938TID:201649659pormetadata only accessinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-06-13T02:00:47Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/5938Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:42:48.210585Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description Atualmente a obesidade é considerada a desordem nutricional mais comum em todo o mundo. É considerada não apenas um problema de estética, mas principalmente um problema de saúde, responsável pelo aparecimento de doenças graves e pelo aumento da mortalidade e da morbilidade. A obesidade é reconhecida como um distúrbio inflamatório crónico de baixo grau e vários estudos sugerem que este estado inflamatório favorece o aumento do risco de várias doenças, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes, osteoartrite, dispneia, apneia do sono, doença pulmonar obstrutiva crónica, entre outras. De entre estas complicações, a diabetes é a que se relaciona mais fortemente com a obesidade. Segundo alguns estudos, em países ocidentais, cerca de 58% dos casos de diabetes tipo 2 estão relacionados com o excesso de peso. Existem igualmente evidências que a obesidade e a diabetes do tipo 2 predispõem para a doença de Alzheimer. A obesidade e o excesso de peso podem ser combatidos utilizando diversas terapias. Uma destas é a fitoterapia, terapia que se tem vindo a assumir cada vez mais como um tratamento de escolha pelo doente que pretende reverter a sua patologia, principalmente pela facilidade de acesso a este tipo de compostos. A fitoterapia é uma forma de tratamento baseada nas propriedades naturais curativas de plantas medicinais e os efeitos destas plantas dependem da sua composição. A fitoterapia tem sido reconhecida como benéfica e eficaz em vários tipos de patologias, entre as quais a obesidade e excesso de peso. O recurso à fitoterapia no tratamento da obesidade é uma prática comum, destacando-se como exemplos de fitoterápicos que foram alvo de um estudo mais aprofundado nesta tese: a laranjeira amarga (Citrus aurantium), o tamarindo do malabar (Garcinia cambogia) e a planta de chá verde (Camellia sinensis). Estes extratos de plantas contendo moléculas bioativas podem contribuir para a ocorrência de interações medicamentosas, quando administrados a pacientes sob tratamento farmacológico convencional. De acordo com estudos publicados, os compostos farmacologicamente ativos das plantas podem interferir significativamente na farmacocinética e/ou farmacodinâmica de diversos fármacos, podendo provocar consequências graves aos pacientes. O objetivo principal desta dissertação é a apresentação de uma revisão bibliográfica sobre o uso da fitoterapia como uma opção viável e acessível, para o tratamento da obesidade, realçando quer os seus benefícios, quer os potenciais riscos e/ou limitações. Pretende-se identificar os fitoterápicos com ação anti obesidade, e ainda outros usados na perda de peso corporal, discutindo o seu mecanismo de ação e debatendo outros efeitos que possam resultar da sua utilização, nomeadamente no que respeita a aspetos relacionados com a toxicidade e/ou a possível ocorrência de interações com outros fármacos em pacientes polimedicados.
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