Uns desistem, outros insistem: semelhanças e diferenças no discurso de profissionais de saúde face à obesidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/53710 |
Resumo: | Background Recent studies indicate that healthcare providers, especially in primary healthcare, have negative beliefs and attitudes towards obese, which are negatively affecting their practices by not taking this issue as seriously as they should and, therefore, compromising the success of obesity treatment. However, data is not conclusive and quantitative research is not being able to clarify how health professionals' practices and roles are affected by the way they perceive obesity and obese people. Method Semi-structured interviews about beliefs, attitudes and practices about obesity were conducted withe Portuguese general practitioners, nutritionists and nurses working in primary health care centers in the north of Portugal. Data was analyzed according to thematic analysis' procedures. Results The main themes indicate that all groups are concerned about the obesity pandemic and have similar negative beliefs and attitudes toward obese, who are described as being unmotivated, noncompliant and demonstrating a passive coping and a lack of understanding about the gravity of their condition. General practitioners, due to patients' lack of compliance and success, feel frustrated, have lower expectations of efficacy and are negative about their role in the treatment, giving up in most of the cases. Nutritionists and nurses demonstrate an active role, are persistent, perceived themselves as being able to positively modify obese motivation and believe in the success of the interventions, which, however, are described as a constant struggle between them and the patients. It seems to exist communication problems between these three groups. Discussion In order to achieve success, healthcare providers should be aware of how their beliefs and attitudes can influence their practices. Education and training concerning treatment options and communications skills should be improved as well as a bigger emphasis should be put on a multidisciplinary approach to obesity. |
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Uns desistem, outros insistem: semelhanças e diferenças no discurso de profissionais de saúde face à obesidadeSome quit, others persist: similarities and disparities of healthcare providers' speech concerning obesityBeliefsHealthcare providersObesityPrimary care settingQualitative studyObesidadeCrençasProfissionais de saúdeCuidados de saúde primáriosInvestigação qualitativaCiências Sociais::PsicologiaBackground Recent studies indicate that healthcare providers, especially in primary healthcare, have negative beliefs and attitudes towards obese, which are negatively affecting their practices by not taking this issue as seriously as they should and, therefore, compromising the success of obesity treatment. However, data is not conclusive and quantitative research is not being able to clarify how health professionals' practices and roles are affected by the way they perceive obesity and obese people. Method Semi-structured interviews about beliefs, attitudes and practices about obesity were conducted withe Portuguese general practitioners, nutritionists and nurses working in primary health care centers in the north of Portugal. Data was analyzed according to thematic analysis' procedures. Results The main themes indicate that all groups are concerned about the obesity pandemic and have similar negative beliefs and attitudes toward obese, who are described as being unmotivated, noncompliant and demonstrating a passive coping and a lack of understanding about the gravity of their condition. General practitioners, due to patients' lack of compliance and success, feel frustrated, have lower expectations of efficacy and are negative about their role in the treatment, giving up in most of the cases. Nutritionists and nurses demonstrate an active role, are persistent, perceived themselves as being able to positively modify obese motivation and believe in the success of the interventions, which, however, are described as a constant struggle between them and the patients. It seems to exist communication problems between these three groups. Discussion In order to achieve success, healthcare providers should be aware of how their beliefs and attitudes can influence their practices. Education and training concerning treatment options and communications skills should be improved as well as a bigger emphasis should be put on a multidisciplinary approach to obesity.Introdução Investigações recentes no âmbito da obesidade sugerem que as crenças, atitudes e práticas de vários profissionais de saúde, principalmente ao nível dos cuidados de saúde primários, parecem estar a influenciar negativamente o comportamento destes técnicos no tratamento desta doença, não lhe dando a devida importância e contribuindo para a manutenção das taxas de obesidade. As críticas têm apontado para a primazia de investigações quantitativas e para a ausência de estudos comparativos com diferentes grupos de profissionais de saúde. Método Neste estudo foram realizadas entrevistas semiestruturadas a médicos de família, nutricionistas e enfermeiros, a laborar em centros de saúde dos distritos de Braga, Porto e Aveiro. As entrevistas foram transcritas e analisadas, segundo os princípios da análise temática. Resultados Os 3 grupos apresentam crenças e atitudes negativas em relação aos obesos, que são descritos como desmotivados e passivos face ao tratamento, não aderindo na maioria das vezes, visto desvalorizarem a obesidade enquanto problema de saúde. Os médicos de família possuem baixas expectativas de sucesso, sentindo‐se frustrados com a falta de adesão, o que os leva a adotar uma postura passiva e resignada face ao tratamento. Os nutricionistas e enfermeiros percecionam‐se como agentes ativos, considerando‐se capazes de influenciar a motivação dos obesos; acreditam no seu sucesso, mas descrevem o processo como uma luta constante. Há várias referências a problemas de comunicação entre os 3 grupos de profissionais. Discussão Para uma maior eficácia no tratamento da obesidade torna‐se peremptório alertar os profissionais de saúde para o impacto que as suas crenças poderão exercer na prática, reforçar a abordagem multidisciplinar e promover o aumento dos conhecimentos e de opções de tratamento, e a melhoria da comunicação entre os vários profissionais(undefined)info:eu-repo/semantics/publishedVersionUniversidade Nova de Lisboa. Escola Nacional de Saúde PúblicaUniversidade do MinhoTeixeira, FilipaPais-Ribeiro, José L.Maia, Ângela2015-07-012015-07-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/53710engTeixeira, F., Pais‐Ribeiro, J. L., & Maia, Â. (2015). Uns desistem, outros insistem: semelhanças e diferenças no discurso de profissionais de saúde face à obesidade. 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