Smart working : um novo modelo de trabalho?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, João Paulo Moreira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/23290
Resumo: Numa altura em que se discute o futuro do trabalho (e o trabalho do futuro), são vários os problemas com que nos debatemos atualmente e aos quais o Direito do Trabalho deve oferecer resposta. A influência das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação faz-se sentir em todas as dimensões das nossas vidas, o que implica, necessariamente, a nossa vida profissional. O impacto revela-se na forma como prestamos trabalho, nos meios utilizados e até na vigilância da execução da prestação. O Smart Working assume-se como um novo paradigma do âmbito da Gestão que propugna pela devolução à pessoa-trabalhador do poder para configurar e autodeterminar a sua prestação de trabalho, permitindo-lhe decidir onde, quando e como trabalha. Além do mais, visa conferir-lhe maior responsabilidade pelos resultados. Tem como escopo aumentar a competitividade e a produtividade e, ao mesmo tempo, melhorar a conciliação entre a vida privada e profissional. Como seria de esperar, esta visão do mundo do trabalho implica o enfraquecimento dos traços de laboralidade vigentes, sobretudo do contraste que resulta entre a subordinação jurídica e a autonomia. Ademais, coloca uma série de desafios aos trabalhadores e empregadores, em diferentes aspetos, designadamente quanto à tutela do direito à privacidade, a propósito da qual se tem falado do direito à desconexão. Atentas as especificidades e desafios colocados por este novo paradigma, e olhando o exemplo italiano, o objetivo deste estudo é o de perceber se, por um lado, existem condições legislativas aptas a acolher esta forma de trabalho e, por outro, qual o impacto que este regime terá no Direito do Trabalho português. Existem especificidades que justificam a criação de uma nova modalidade de prestação de trabalho? Ou será que os mecanismos existentes são suficientes para promover e implementar esta nova forma de organização do trabalho?
id RCAP_c7b7776336a22389406de209fa70aed4
oai_identifier_str oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/23290
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Smart working : um novo modelo de trabalho?Smart workingNovas formas de trabalhoGestãoTrabalho ágilTrabalho subordinadoTrabalho autónomoSmart workingNew forms of workManagementAgile workSubordinate workSelf-employmentDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::DireitoNuma altura em que se discute o futuro do trabalho (e o trabalho do futuro), são vários os problemas com que nos debatemos atualmente e aos quais o Direito do Trabalho deve oferecer resposta. A influência das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação faz-se sentir em todas as dimensões das nossas vidas, o que implica, necessariamente, a nossa vida profissional. O impacto revela-se na forma como prestamos trabalho, nos meios utilizados e até na vigilância da execução da prestação. O Smart Working assume-se como um novo paradigma do âmbito da Gestão que propugna pela devolução à pessoa-trabalhador do poder para configurar e autodeterminar a sua prestação de trabalho, permitindo-lhe decidir onde, quando e como trabalha. Além do mais, visa conferir-lhe maior responsabilidade pelos resultados. Tem como escopo aumentar a competitividade e a produtividade e, ao mesmo tempo, melhorar a conciliação entre a vida privada e profissional. Como seria de esperar, esta visão do mundo do trabalho implica o enfraquecimento dos traços de laboralidade vigentes, sobretudo do contraste que resulta entre a subordinação jurídica e a autonomia. Ademais, coloca uma série de desafios aos trabalhadores e empregadores, em diferentes aspetos, designadamente quanto à tutela do direito à privacidade, a propósito da qual se tem falado do direito à desconexão. Atentas as especificidades e desafios colocados por este novo paradigma, e olhando o exemplo italiano, o objetivo deste estudo é o de perceber se, por um lado, existem condições legislativas aptas a acolher esta forma de trabalho e, por outro, qual o impacto que este regime terá no Direito do Trabalho português. Existem especificidades que justificam a criação de uma nova modalidade de prestação de trabalho? Ou será que os mecanismos existentes são suficientes para promover e implementar esta nova forma de organização do trabalho?At a time when the future of work is being discussed (and the work of the future), there are several problems we are currently facing and which Labor Law must respond to. The influence of the New Technologies of Information and Communication is felt in all the dimensions of our lives, which necessarily implies our professional life. The impact is revealed in the way we work, in the means used and even in the monitoring of the execution of the service. Smart Working assumes itself as a new paradigm of the Management’s scope that advocates for the return to the person-worker of the power to configure and to selforganize the provision of the work, allowing him to decide where, when and how it works. In addition, it aims to give you greater responsibility for results. Its aim is to increase competitiveness and productivity and, at the same time, to improve the reconciliation of private and professional life. As might be expected, this view of the world of work implies a weakening of the current labor traits, especially the contrast between legal subordination and autonomy. In addition, it poses a series of challenges to workers and employers, in different aspects, namely regarding the protection of the right to privacy, about which the right to disconnection has been mentioned. Considering the specificities and challenges posed by this new paradigm, and looking at the Italian example, the objective of this study is to understand if, on the one hand, there are legislative conditions capable of accepting this form of work and, on the other hand, what impact this regime will have in Portuguese Labor Law. Are there specificities that justify the creation of a new form of work provision? Or is the existing mechanisms sufficient to promote and implement this new form of work organization?Rouxinol, Milena da SilvaVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaDias, João Paulo Moreira2017-09-0820172017-09-08T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/23290TID:201760096porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-14T01:35:59Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/23290Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:19:12.527090Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Smart working : um novo modelo de trabalho?
title Smart working : um novo modelo de trabalho?
spellingShingle Smart working : um novo modelo de trabalho?
Dias, João Paulo Moreira
Smart working
Novas formas de trabalho
Gestão
Trabalho ágil
Trabalho subordinado
Trabalho autónomo
Smart working
New forms of work
Management
Agile work
Subordinate work
Self-employment
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Direito
title_short Smart working : um novo modelo de trabalho?
title_full Smart working : um novo modelo de trabalho?
title_fullStr Smart working : um novo modelo de trabalho?
title_full_unstemmed Smart working : um novo modelo de trabalho?
title_sort Smart working : um novo modelo de trabalho?
author Dias, João Paulo Moreira
author_facet Dias, João Paulo Moreira
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Rouxinol, Milena da Silva
Veritati - Repositório Institucional da Universidade Católica Portuguesa
dc.contributor.author.fl_str_mv Dias, João Paulo Moreira
dc.subject.por.fl_str_mv Smart working
Novas formas de trabalho
Gestão
Trabalho ágil
Trabalho subordinado
Trabalho autónomo
Smart working
New forms of work
Management
Agile work
Subordinate work
Self-employment
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Direito
topic Smart working
Novas formas de trabalho
Gestão
Trabalho ágil
Trabalho subordinado
Trabalho autónomo
Smart working
New forms of work
Management
Agile work
Subordinate work
Self-employment
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Direito
description Numa altura em que se discute o futuro do trabalho (e o trabalho do futuro), são vários os problemas com que nos debatemos atualmente e aos quais o Direito do Trabalho deve oferecer resposta. A influência das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação faz-se sentir em todas as dimensões das nossas vidas, o que implica, necessariamente, a nossa vida profissional. O impacto revela-se na forma como prestamos trabalho, nos meios utilizados e até na vigilância da execução da prestação. O Smart Working assume-se como um novo paradigma do âmbito da Gestão que propugna pela devolução à pessoa-trabalhador do poder para configurar e autodeterminar a sua prestação de trabalho, permitindo-lhe decidir onde, quando e como trabalha. Além do mais, visa conferir-lhe maior responsabilidade pelos resultados. Tem como escopo aumentar a competitividade e a produtividade e, ao mesmo tempo, melhorar a conciliação entre a vida privada e profissional. Como seria de esperar, esta visão do mundo do trabalho implica o enfraquecimento dos traços de laboralidade vigentes, sobretudo do contraste que resulta entre a subordinação jurídica e a autonomia. Ademais, coloca uma série de desafios aos trabalhadores e empregadores, em diferentes aspetos, designadamente quanto à tutela do direito à privacidade, a propósito da qual se tem falado do direito à desconexão. Atentas as especificidades e desafios colocados por este novo paradigma, e olhando o exemplo italiano, o objetivo deste estudo é o de perceber se, por um lado, existem condições legislativas aptas a acolher esta forma de trabalho e, por outro, qual o impacto que este regime terá no Direito do Trabalho português. Existem especificidades que justificam a criação de uma nova modalidade de prestação de trabalho? Ou será que os mecanismos existentes são suficientes para promover e implementar esta nova forma de organização do trabalho?
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-09-08
2017
2017-09-08T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.14/23290
TID:201760096
url http://hdl.handle.net/10400.14/23290
identifier_str_mv TID:201760096
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799131886482620416