Severidade e prognóstico no acidente vascular encefálico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Peixoto, Flávia da Silva
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/13699
Resumo: Introdução: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) tem vindo a apresentar uma taxa de incidência estável e um considerável declínio na taxa de mortalidade, o que corresponde a um aumento na prevalência de sobreviventes. O conhecimento das alterações funcionais que podem surgir após o AVE, da sua severidade e das estratégias disponíveis para avaliar a disfunção, facilita a construção de um plano de reabilitação, com objetivos para os profissionais de saúde, para os indivíduos e para a família dentro do potencial de recuperação. A severidade surge, como um conceito abrangente associado à presença de défices neurológicos, motores ou funcionais e às alterações das atividades da vida diária. Alterações neurológicas, motoras ou funcionais mais severas fazem prever uma recuperação mais difícil e mais prolongada. A determinação do prognóstico em indivíduos com AVE engloba não só o risco de morte a curto prazo como também a probabilidade de recuperar a função a longo prazo. Objetivo: Avaliar o panorama acerca da informação existente sobre o nível de severidade e prognóstico em AVE’s. Métodos: A Revisão Scoping baseou-se na metodologia de Arksey & O’Malley (2005), sendo constituída por seis passos: 1) Identificação da questão; 2) Identificação da literatura relevante; 3) Seleção da literatura; 4) Mapeamento dos dados; 5) Recolha, sumário e transcrição dos resultados; 6) Consultoria (opcional). Resultados: Foram analisados 47 estudos observacionais. 95% dos autores referem-se à severidade como sendo a quantidade de défices neurológicos apresentados pelos indivíduos após o AVE e avaliam-na através de instrumentos de medida específicos para a avaliação de défices neurológicos (76% dos autores utilizaram a NIHSS na sua metodologia). O prognóstico no AVE surge associado à funcionalidade alcançada (89%); probabilidade/índice de mortalidade (54%); e encaminhamento após a alta (15%). O prognóstico pode ser influenciado por fatores sociodemográficos, fatores clínicos e por algumas comorbilidades, entre outros. Conclusão: Os estudos de severidade e prognóstico em AVE’s poderão não refletir a condição real do indivíduo e induzir em erro a aplicação destes conceitos na prática clínica, influenciando o prognóstico esperado.
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