Systemic factors and tumour progression
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/9558 |
Resumo: | Embora seja claro que a proliferação celular, por si só não causa cancro, a proliferação celular sustentada em um ambiente rico em células inflamatórias, factores de crescimento, estroma activado e agentes promotores de danos no DNA, certamente potencia, promove, o risco de desenvolvimento de neoplasias. Na verdade, há uma ligação estabelecida entre inflamação crónica e um risco mais elevado de desenvolvimento de cancro. Um dos tipos celulares relevantes num contexto inflamatório são os macrófagos; estes possuem inúmeras funções relacionadas com a remodelação tecidual, inflamação, imunidade, e têm a capacidade de afectar o desenvolvimento e a progressão tumoral. No cancro, crê-se que os macrófagos possam desempenhar papéis aparentemente antagónicos. Assim, os macrófagos podem impedir o estabelecimento e a disseminação de células tumorais mas, por outro lado, podem executar funções para apoiar o crescimento e a disseminação do tumor. São células-chave na inflamação crónica e são células altamente versáteis, capazes de exibir fenótipos distintos e programas funcionais em diferentes tecidos. E tal heterogeneidade depende da sua capacidade de se submeter a diferentes formas de activação em resposta a sinais distintos, em particular, microambientes. Classicamente, os estados de polarização, são definidos com base no tipo de estimulação in vitro, padrão de expressão da molécula de superfície, perfil secretor e propriedades funcionais: M1 e M2 representam os extremos de um “continuum” de estados de activação. Os macrófagos M1 (classicamente activados) exibem funções inflamatórias, enquanto os macrófagos M2 (alternativamente activados) exibem funções anti-inflamatórias. No caso de tumores, os macrófagos são recrutados a partir da circulação periférica por quimiocinas e geralmente são polarizados em direcção a um fenótipo M2. Neste trabalho, testámos a hipótese de que interacções dos macrófagos com células endoteliais activas, possam influenciar a diferenciação M1/M2. As interacções de células endoteliais activas com células imunes são determinantes importantes da biologia do tumor, com as células inflamatórias a desempenhar papéis bem reconhecidos na progressão do tumor. Com este trabalho, observamos um perfil semelhante de fenótipo M2 nas células CD11b+ aderentes após cocultura com células endoteliais activas. A nossa hipótese é que células endoteliais activas podem ser críticas para a polarização dos macrófagos num fenótipo M2, possivelmente pela activação da via de sinalização Notch, e pela expressão de Jagged1 e Notch1, respectivamente. |
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Assim, os macrófagos podem impedir o estabelecimento e a disseminação de células tumorais mas, por outro lado, podem executar funções para apoiar o crescimento e a disseminação do tumor. São células-chave na inflamação crónica e são células altamente versáteis, capazes de exibir fenótipos distintos e programas funcionais em diferentes tecidos. E tal heterogeneidade depende da sua capacidade de se submeter a diferentes formas de activação em resposta a sinais distintos, em particular, microambientes. Classicamente, os estados de polarização, são definidos com base no tipo de estimulação in vitro, padrão de expressão da molécula de superfície, perfil secretor e propriedades funcionais: M1 e M2 representam os extremos de um “continuum” de estados de activação. Os macrófagos M1 (classicamente activados) exibem funções inflamatórias, enquanto os macrófagos M2 (alternativamente activados) exibem funções anti-inflamatórias. 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A nossa hipótese é que células endoteliais activas podem ser críticas para a polarização dos macrófagos num fenótipo M2, possivelmente pela activação da via de sinalização Notch, e pela expressão de Jagged1 e Notch1, respectivamente.One of the relevant cell types in an inflammatory context is macrophages; these have innumerable functions related to tissue remodelling, inflammation, immunity, and have the ability to affect tumour development and progression. In cancer, it is believed that macrophages may play apparently antagonistic roles. Thus, macrophages can prevent the establishment and spread of tumour cells but, on the other hand, may perform functions to support tumour growth and dissemination. They are key cells in chronic inflammation and are highly versatile cells capable of displaying distinct phenotypes and functional programs in different tissues. And such heterogeneity depends on their ability to undergo different forms of activation in response to distinct signals, in particular microenvironments. Classically, polarization states are defined based on the type of in vitro stimulation, surface molecule expression pattern, secretory profile, and functional properties: M1 and M2 represent the ends of a continuum of activation states. M1 (classically activated) macrophages exhibit inflammatory functions, while M2 (alternatively activated) macrophages exhibit anti-inflammatory functions. In case of tumours, macrophages are recruited into the tumour from the peripheral circulation by chemokines and are usually polarized toward an M2 phenotype. In this work, we tested the hypothesis that interaction of macrophages with active endothelial cells, can influence M1/M2 differentiation. The interactions of endothelial cells with immune cells are important determinants of tumour biology, with inflammatory cells playing well-recognized roles in cancer progression. With this work, we observed a similar profile of M2 phenotype in adherent CD11b+ cells after coculture with active endothelial cells. Our working hypothesis is that active endothelial cells may be critical for macrophage polarization in an M2 phenotype, probably through Notch pathway activation, and Jagged1 and Notch1 expression, respectively.2019-12-16T16:36:28Z2019-09-05T00:00:00Z2019-09-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/9558engPinheiro, Catarinainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:43:17Zoai:repositorio.utad.pt:10348/9558Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:03:22.350448Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Embora seja claro que a proliferação celular, por si só não causa cancro, a proliferação celular sustentada em um ambiente rico em células inflamatórias, factores de crescimento, estroma activado e agentes promotores de danos no DNA, certamente potencia, promove, o risco de desenvolvimento de neoplasias. Na verdade, há uma ligação estabelecida entre inflamação crónica e um risco mais elevado de desenvolvimento de cancro. Um dos tipos celulares relevantes num contexto inflamatório são os macrófagos; estes possuem inúmeras funções relacionadas com a remodelação tecidual, inflamação, imunidade, e têm a capacidade de afectar o desenvolvimento e a progressão tumoral. No cancro, crê-se que os macrófagos possam desempenhar papéis aparentemente antagónicos. Assim, os macrófagos podem impedir o estabelecimento e a disseminação de células tumorais mas, por outro lado, podem executar funções para apoiar o crescimento e a disseminação do tumor. São células-chave na inflamação crónica e são células altamente versáteis, capazes de exibir fenótipos distintos e programas funcionais em diferentes tecidos. E tal heterogeneidade depende da sua capacidade de se submeter a diferentes formas de activação em resposta a sinais distintos, em particular, microambientes. Classicamente, os estados de polarização, são definidos com base no tipo de estimulação in vitro, padrão de expressão da molécula de superfície, perfil secretor e propriedades funcionais: M1 e M2 representam os extremos de um “continuum” de estados de activação. Os macrófagos M1 (classicamente activados) exibem funções inflamatórias, enquanto os macrófagos M2 (alternativamente activados) exibem funções anti-inflamatórias. No caso de tumores, os macrófagos são recrutados a partir da circulação periférica por quimiocinas e geralmente são polarizados em direcção a um fenótipo M2. Neste trabalho, testámos a hipótese de que interacções dos macrófagos com células endoteliais activas, possam influenciar a diferenciação M1/M2. As interacções de células endoteliais activas com células imunes são determinantes importantes da biologia do tumor, com as células inflamatórias a desempenhar papéis bem reconhecidos na progressão do tumor. Com este trabalho, observamos um perfil semelhante de fenótipo M2 nas células CD11b+ aderentes após cocultura com células endoteliais activas. A nossa hipótese é que células endoteliais activas podem ser críticas para a polarização dos macrófagos num fenótipo M2, possivelmente pela activação da via de sinalização Notch, e pela expressão de Jagged1 e Notch1, respectivamente. |
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