Fogo controlado em resíduos de exploração de eucalipto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/7606 |
Resumo: | Portugal sofre sistematicamente com os incêndios florestais, não tanto pelo número elevado de ocorrências, mas sobretudo pelas extensas áreas ardidas. Contudo é reduzido o esforço de prevenção dos incêndios florestais. A ação humana apenas pode intervir no combustível florestal, sendo a única ação que pode mitigar o comportamento do fogo. A prevenção de incêndios deve assim passar pela gestão do combustível. A acumulação de combustíveis no solo decorrente da exploração florestal leva à formação de cargas elevadas de combustível que quando não são tratadas permitem a propagação dos incêndios. Uma das técnicas de gestão e redução dos combustíveis é a execução de fogos controlados. Esta prática tem vindo a ser desenvolvida no nosso país para os tipos de vegetação mais comuns, como é o caso do pinheiro bravo, dos matagais e, recentemente, dos eucaliptais. Há, no entanto, falta de estudos sobre a aplicação do fogo controlado aos resíduos sobrantes da exploração florestal em Portugal, sendo objetivo do presente estudo o aumento desse conhecimento para eucaliptal. Um conjunto de queimas experimentais em mesa de combustão, complementado por dados colhidos em operações de fogos controlado, permitiu caracterizar o comportamento do fogo e consumo de resíduos lenhosos de eucalipto, sendo a variação observada explicada em função de variáveis descritoras da humidade, carga e estrutura do combustível. Apresentam-se equações para a velocidade de propagação, altura da chama e consumo de combustível. Desenvolveu-se um modelo de combustível com o programa BehavePlus com base nos resultados experimentais e, finalmente, é proposta uma prescrição de queima para o tipo de combustível em estudo. É ainda sugerida que seja dada continuidade à investigação do fogo controlado nos resíduos de exploração de eucalipto. |
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Fogo controlado em resíduos de exploração de eucaliptoFogo controladoGestão de combustíveisPerigo de incêndioResíduos de exploraçãoComportamento do fogoPortugal sofre sistematicamente com os incêndios florestais, não tanto pelo número elevado de ocorrências, mas sobretudo pelas extensas áreas ardidas. Contudo é reduzido o esforço de prevenção dos incêndios florestais. A ação humana apenas pode intervir no combustível florestal, sendo a única ação que pode mitigar o comportamento do fogo. A prevenção de incêndios deve assim passar pela gestão do combustível. A acumulação de combustíveis no solo decorrente da exploração florestal leva à formação de cargas elevadas de combustível que quando não são tratadas permitem a propagação dos incêndios. Uma das técnicas de gestão e redução dos combustíveis é a execução de fogos controlados. Esta prática tem vindo a ser desenvolvida no nosso país para os tipos de vegetação mais comuns, como é o caso do pinheiro bravo, dos matagais e, recentemente, dos eucaliptais. Há, no entanto, falta de estudos sobre a aplicação do fogo controlado aos resíduos sobrantes da exploração florestal em Portugal, sendo objetivo do presente estudo o aumento desse conhecimento para eucaliptal. Um conjunto de queimas experimentais em mesa de combustão, complementado por dados colhidos em operações de fogos controlado, permitiu caracterizar o comportamento do fogo e consumo de resíduos lenhosos de eucalipto, sendo a variação observada explicada em função de variáveis descritoras da humidade, carga e estrutura do combustível. Apresentam-se equações para a velocidade de propagação, altura da chama e consumo de combustível. Desenvolveu-se um modelo de combustível com o programa BehavePlus com base nos resultados experimentais e, finalmente, é proposta uma prescrição de queima para o tipo de combustível em estudo. É ainda sugerida que seja dada continuidade à investigação do fogo controlado nos resíduos de exploração de eucalipto.Forest fires, which occur in great number, systematically affect Portugal and result in vast burned areas. However, fire prevention efforts are currently unsubstantial. Human action is restricted to forest fuels and their treatment is the only way to mitigate fire behaviour. Fuel management should then be an important component of wildfire prevention. Surface fuel accumulation after tree harvesting results in high fuel loads that allow wildfire spread if left untreated. Prescribed burning is one of the available fuel treatment techniques, and it has been developed for the most common vegetation types in Portugal (maritime pine, shrubland and, more recently, eucalypt). Research is lacking on the application of prescribed fire to slash fuels in Portugal, and this study objective is to increase its knowledge for eucalypt plantations. A set of experimental fires in a combustion table, supplemented by data from management-ignited fires, was used to characterize fire behaviour and fuel consumption in woody eucalypt fuels, the observed variability being explained as a function of fuel moisture, load and structure variables. Equations that describe rate of fire spread, flame height and fuel consumption are presented. A fuel model developed with BehavePlus software was developed from the experimental fires. Finally, a burn prescription for eucalypt slash is proposed. Additional research is required of prescribed burning in the activity fuels resulting from silvicultural operations in eucalypt forest.2017-05-09T14:44:45Z2016-01-01T00:00:00Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/7606TID:201978687porFerreira, Ana Sofia da Cunhainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:30:29Zoai:repositorio.utad.pt:10348/7606Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:00:32.251775Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Portugal sofre sistematicamente com os incêndios florestais, não tanto pelo número elevado de ocorrências, mas sobretudo pelas extensas áreas ardidas. Contudo é reduzido o esforço de prevenção dos incêndios florestais. A ação humana apenas pode intervir no combustível florestal, sendo a única ação que pode mitigar o comportamento do fogo. A prevenção de incêndios deve assim passar pela gestão do combustível. A acumulação de combustíveis no solo decorrente da exploração florestal leva à formação de cargas elevadas de combustível que quando não são tratadas permitem a propagação dos incêndios. Uma das técnicas de gestão e redução dos combustíveis é a execução de fogos controlados. Esta prática tem vindo a ser desenvolvida no nosso país para os tipos de vegetação mais comuns, como é o caso do pinheiro bravo, dos matagais e, recentemente, dos eucaliptais. Há, no entanto, falta de estudos sobre a aplicação do fogo controlado aos resíduos sobrantes da exploração florestal em Portugal, sendo objetivo do presente estudo o aumento desse conhecimento para eucaliptal. Um conjunto de queimas experimentais em mesa de combustão, complementado por dados colhidos em operações de fogos controlado, permitiu caracterizar o comportamento do fogo e consumo de resíduos lenhosos de eucalipto, sendo a variação observada explicada em função de variáveis descritoras da humidade, carga e estrutura do combustível. Apresentam-se equações para a velocidade de propagação, altura da chama e consumo de combustível. Desenvolveu-se um modelo de combustível com o programa BehavePlus com base nos resultados experimentais e, finalmente, é proposta uma prescrição de queima para o tipo de combustível em estudo. É ainda sugerida que seja dada continuidade à investigação do fogo controlado nos resíduos de exploração de eucalipto. |
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