Marcamos um Encontro no Mundo Virtual? Vinculação, autocompaixão e saúde mental na utilização da internet para estabelecimento de relacionamentos íntimos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Vanessa Gaspar
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Simões, Sónia (Orientadora)
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://repositorio.ismt.pt/handle/123456789/687
Resumo: Atualmente, para a população portuguesa, nenhum estudo foi efetuado comparando constructos como a vinculação, a autocompaixão e a presença de índices psicopatológicos entre indivíduos que utilizam ou não a Internet para estabelecer relacionamentos íntimos. Deste modo, o presente estudo teve como objetivo investigar como é que os indivíduos que utilizam a Internet para estabelecerem relações de intimidade se diferenciam a nível psicológico (nomeadamente no estilo de vinculação, na autocompaixão e na presença de sintomas psicopatológicos), dos indivíduos que não utilizam a Internet para esse fim. Para tal, recorremos ao seguinte protocolo: Experiências em Relações Próximas (ERP), Escala da Autocompaixão (SELFCS), o Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI) e a um breve Questionário Sociodemográfico construído para o efeito. A amostra foi constituída por 350 indivíduos, dos quais 284 dizem utilizar a Internet para estabelecer relacionamentos íntimos (U) e 66 indivíduos dizem não utilizar (NU), com uma média de idades de 29,90 anos (DP=7,41) para o grupo U e 30,72 anos (DP=8,26) para o grupo NU. Em ambos os grupos, a maioria era solteira (U: 83,5%; NU: 68,2%), heterossexual (U: 79,6%; NU: 93,9%) e frequentava o ensino superior (U: 66,5%; NU: 60,6%). O nosso estudo concluiu que os indivíduos que usam a Internet para estabelecer relações íntimas possuíam um maior número de relacionamentos íntimos e com uma duração menor, quando comparados com o grupo dos que não usam a Internet para estabelecer relações íntimas, e que indivíduos sem compromisso afetivo (solteiros, separados/divorciados e viúvos) são os que mais recorriam a este tipo de serviço online. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos na vinculação, na autocompaixão e na sintomatologia psicopatológica. Contudo, destacam-se associações mais fortes entre os sintomas psicopatológicos (índice geral de sintomas e dimensões do BSI) e as restantes variáveis em estudo (estilo de vinculação e autocompaixão), no grupo que não utiliza a Internet para estabelecer relações íntimas, comparativamente com o grupo que diz recorrer à Internet. Estes resultados enaltecem a importância de se aprofundar esta problemática, uma vez que não existem estudos nesta área em Portugal. / Currently for the Portuguese population, investigation comparing attachment, selfcompassion and psychopathological symptoms between a sample of individuals who use or do not use the Internet to establish intimate relationships is unavailable. Therefore, the present study aimed to investigate how individuals who use the Internet to establish intimate relationships differ psychologically from individuals who do not use the Internet for this purpose. In order to follow through, we use the following scales: Experiences in Close Relationships (ERP), Self-Compassion Scale (SELFCS), Brief Symptom Inventory (BSI) and a short questionnaire including sociodemographic data. The sample consisted of 350 individuals of whom 284 individuals used social networks to establish intimate relationships (U) and 66 individuals did not use the Internet for this purpose (NU), with a mean age of 29,90 (DP=7,41) for the U group and 30,72 (DP=8,26) for the NU group. The majority of the sample was single for both groups (U: 83,5% vs. NU: 68,2%), heterosexual (U: 79,6% vs. NU: 93,9%), which was attending or attended Superior Education (U: 66,5% vs. NU: 60,6%). We determined that individuals who use the Internet to establish intimate relationships had a higher number of short-term intimate relationships when compared to the group of individuals who do not use the Internet for this purpose. We also found that individuals without a romantic relationship (single, separated/divorced and widowed) were who resorted to this type of online service. Therefore, differences between groups regarding attachment, self-compassion and psychopathology were not found. However, stronger associations are highlighted between psychopathological symptoms (global severity index and BSI dimensions) with the remaining variables in study (attachment and self-compassion) in the group that does not use the Internet to establish intimate relationships in comparison to the group who reports using the Internet with this intention. These results extol the importance of deepening research in this field, since there are no studies concerning this area in Portugal.
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Para tal, recorremos ao seguinte protocolo: Experiências em Relações Próximas (ERP), Escala da Autocompaixão (SELFCS), o Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI) e a um breve Questionário Sociodemográfico construído para o efeito. A amostra foi constituída por 350 indivíduos, dos quais 284 dizem utilizar a Internet para estabelecer relacionamentos íntimos (U) e 66 indivíduos dizem não utilizar (NU), com uma média de idades de 29,90 anos (DP=7,41) para o grupo U e 30,72 anos (DP=8,26) para o grupo NU. Em ambos os grupos, a maioria era solteira (U: 83,5%; NU: 68,2%), heterossexual (U: 79,6%; NU: 93,9%) e frequentava o ensino superior (U: 66,5%; NU: 60,6%). O nosso estudo concluiu que os indivíduos que usam a Internet para estabelecer relações íntimas possuíam um maior número de relacionamentos íntimos e com uma duração menor, quando comparados com o grupo dos que não usam a Internet para estabelecer relações íntimas, e que indivíduos sem compromisso afetivo (solteiros, separados/divorciados e viúvos) são os que mais recorriam a este tipo de serviço online. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos na vinculação, na autocompaixão e na sintomatologia psicopatológica. Contudo, destacam-se associações mais fortes entre os sintomas psicopatológicos (índice geral de sintomas e dimensões do BSI) e as restantes variáveis em estudo (estilo de vinculação e autocompaixão), no grupo que não utiliza a Internet para estabelecer relações íntimas, comparativamente com o grupo que diz recorrer à Internet. Estes resultados enaltecem a importância de se aprofundar esta problemática, uma vez que não existem estudos nesta área em Portugal. / Currently for the Portuguese population, investigation comparing attachment, selfcompassion and psychopathological symptoms between a sample of individuals who use or do not use the Internet to establish intimate relationships is unavailable. Therefore, the present study aimed to investigate how individuals who use the Internet to establish intimate relationships differ psychologically from individuals who do not use the Internet for this purpose. In order to follow through, we use the following scales: Experiences in Close Relationships (ERP), Self-Compassion Scale (SELFCS), Brief Symptom Inventory (BSI) and a short questionnaire including sociodemographic data. The sample consisted of 350 individuals of whom 284 individuals used social networks to establish intimate relationships (U) and 66 individuals did not use the Internet for this purpose (NU), with a mean age of 29,90 (DP=7,41) for the U group and 30,72 (DP=8,26) for the NU group. The majority of the sample was single for both groups (U: 83,5% vs. NU: 68,2%), heterosexual (U: 79,6% vs. NU: 93,9%), which was attending or attended Superior Education (U: 66,5% vs. NU: 60,6%). We determined that individuals who use the Internet to establish intimate relationships had a higher number of short-term intimate relationships when compared to the group of individuals who do not use the Internet for this purpose. We also found that individuals without a romantic relationship (single, separated/divorced and widowed) were who resorted to this type of online service. Therefore, differences between groups regarding attachment, self-compassion and psychopathology were not found. However, stronger associations are highlighted between psychopathological symptoms (global severity index and BSI dimensions) with the remaining variables in study (attachment and self-compassion) in the group that does not use the Internet to establish intimate relationships in comparison to the group who reports using the Internet with this intention. These results extol the importance of deepening research in this field, since there are no studies concerning this area in Portugal.ISMTRepositório ISMTVieira, Vanessa GasparSimões, Sónia (Orientadora)2016-12-20T12:19:19Z20162016-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://repositorio.ismt.pt/handle/123456789/687porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-11-14T13:47:32Zoai:repositorio.ismt.pt:123456789/687Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-11-14T13:47:32Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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