Cefaleias na infância e adolescência: a enxaqueca migranosa e a cefaleia do tipo-tensão
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/846 |
Resumo: | O aumento gradual das cefaleias na população infanto-juvenil tem vindo a ser demonstrado em estudos transversais, facto que justifica o interesse crescente por esta condição neurológica. Também a OMS preconiza que a Cefaleia, nos dias de hoje, constitui-se como uma das situações mais comuns em Neurologia, assumindo por vezes um carácter crónico, que se equipara a qualquer doença crónica associada a dor. Nesta dissertação de mestrado pretende-se abordar a temática de forma integrada, reunindo conceitos validados e actualizados, mediante o estado da arte actual da Medicina, nesta área. Para tal, parte-se de uma contextualização/ enquadramento teórico, que foca alguns aspectos históricos das cefaleias, dados epidemiológicos da incidência e prevalência dos principais tipos de cefaleia- a Enxaqueca Migranosa (EMi) e a Cefaleia do Tipo-Tensão (CTT)-, principais dificuldades diagnósticas existentes,importância das alterações trazidas pela ICHD-II; peculiaridades da doença nesta população relativamente à pessoa adulta, bem como se faz uma incursão por aspectos sociais e psicológicos. Estudos de prevalência mostram que entre os 7 e os 15 anos a EMi ocorre em 4 a 11% em ambos os sexos, variando, na infância e adolescência de 3,3% a 17% no género feminino e de 2,7% a 12,2% no género masculino.Relativamente à CTT, menos estudada, estima-se que a sua prevalência se situe entre 11% a 72%. São seguidamente descritos os objectivos do trabalho e a metodologia utilizada. O quadro conceptual que orientou a pesquisa bibliográfica subdivide-se, sumariamente, nas vertentes clínica – da anamnese ao diagnóstico diferencial-; aspectos psicológicos, comorbilidades e qualidade de vida; terapêutica – aspectos do tratamento farmacológico - ; novas abordagens no tratamento não-farmacológico, incidindo sobre a Terapia Cognitivo-Comportamental e dados recentes promissores sobre a Acupunctura em crianças. É, ainda, abordado o efeito placebo, factor relevante a ser considerado e com implicações nos resultados terapêuticos. Por fim, mostram-se evidências do prognóstico desta doença, mediante o tipo de cefaleia, e perspectivam-se, em jeito de conclusão, algumas considerações para resultados futuros e as áreas em que a investigação tem ainda passos a dar. |
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Cefaleias na infância e adolescência: a enxaqueca migranosa e a cefaleia do tipo-tensãoCefaleia - CriançasCefaleia - AdolescentesEnxaqueca migranosaCefaleia tipo-tensão - Aspectos psicológicosComorbilidade psiquiátricaO aumento gradual das cefaleias na população infanto-juvenil tem vindo a ser demonstrado em estudos transversais, facto que justifica o interesse crescente por esta condição neurológica. Também a OMS preconiza que a Cefaleia, nos dias de hoje, constitui-se como uma das situações mais comuns em Neurologia, assumindo por vezes um carácter crónico, que se equipara a qualquer doença crónica associada a dor. Nesta dissertação de mestrado pretende-se abordar a temática de forma integrada, reunindo conceitos validados e actualizados, mediante o estado da arte actual da Medicina, nesta área. Para tal, parte-se de uma contextualização/ enquadramento teórico, que foca alguns aspectos históricos das cefaleias, dados epidemiológicos da incidência e prevalência dos principais tipos de cefaleia- a Enxaqueca Migranosa (EMi) e a Cefaleia do Tipo-Tensão (CTT)-, principais dificuldades diagnósticas existentes,importância das alterações trazidas pela ICHD-II; peculiaridades da doença nesta população relativamente à pessoa adulta, bem como se faz uma incursão por aspectos sociais e psicológicos. Estudos de prevalência mostram que entre os 7 e os 15 anos a EMi ocorre em 4 a 11% em ambos os sexos, variando, na infância e adolescência de 3,3% a 17% no género feminino e de 2,7% a 12,2% no género masculino.Relativamente à CTT, menos estudada, estima-se que a sua prevalência se situe entre 11% a 72%. São seguidamente descritos os objectivos do trabalho e a metodologia utilizada. O quadro conceptual que orientou a pesquisa bibliográfica subdivide-se, sumariamente, nas vertentes clínica – da anamnese ao diagnóstico diferencial-; aspectos psicológicos, comorbilidades e qualidade de vida; terapêutica – aspectos do tratamento farmacológico - ; novas abordagens no tratamento não-farmacológico, incidindo sobre a Terapia Cognitivo-Comportamental e dados recentes promissores sobre a Acupunctura em crianças. É, ainda, abordado o efeito placebo, factor relevante a ser considerado e com implicações nos resultados terapêuticos. Por fim, mostram-se evidências do prognóstico desta doença, mediante o tipo de cefaleia, e perspectivam-se, em jeito de conclusão, algumas considerações para resultados futuros e as áreas em que a investigação tem ainda passos a dar.The gradual increase of headaches in children and young people has been shown through cross studies, which has raised a growing interest by this neurological condition. According to WHO, headaches have become one of the most common disorders in Neurology, nowadays. Most of the times they are compared to some chronic diseases associated to pain. In this Masters Thesis we wish to approach to topic altogether with other symptoms, gathering updated and valid concepts as well as knowledge in modern medicine. In order to be well succeeded we begin by providing a theoretical frame, putting into context some data about headaches´ historical features, epidemiological incidence and prevalence of the main types of headaches like migraine, tension-type headache, main problems in managing diagnosis, most important changes brought by ICHD-II, particular characteristics of the disease in adults besides considering social and psychological aspects as well. Prevalence studies show that among 4% to 11% of 7 to 15 year-old-boys and girls suffer from migraine. During childhood and adolescence, girls’ average is between 3,3% to 17%, while boys are between 2,7% to 12,2%. Concerning tension-type headache, which is less studied, we believe that its prevalence is among 11% to 72%. The goals and methodology used in this essay will follow thoroughly. The conceptive chart, which is the basis of bibliographic research, is summarily divided on a clinic approach – from anamneses to diagnosis and management; psychological features, comorbilities and life quality; pharmacological therapy; new non-pharmacological therapy, based upon psychological behaviourist therapies and recent well-succeeded data about acupuncture treatment on children. Besides that we also focus the placebo which is a relevant element to take into account and with strong influence on therapy results. Finally yet importantly, we show some prognosis facts of this disease, according the type of headache and we can draw some conclusions to future results and the areas where research should be taken into account.Universidade da Beira InteriorRosado, Maria Luiza ConstanteuBibliorumRodrigues, Madga Filipa Monteiro2012-12-13T17:09:00Z20082008-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/846porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:13Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/846Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:42:50.157613Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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