Cefaleia crônica diária na infância e adolescência: comparação do diagnóstico e características clínicas antes e após uso de um diário da cefaleia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/20965 |
Resumo: | Objetivos: Em um ambulatório de atendimento terciário em cefaléia, objetivamos analisar as características demográficas e as características clínicas da cefaléia em crianças e adolescentes com o diagnóstico de Cefaléia Crônica Diária (CCD). Comparar a freqüência de crises, a intensidade da dor e a quantidade de fatores desencadeantes das crises de cefaléia referidos no questionário de primeira consulta, com os dados obtidos através do registro das crises em um diário da cefaléia. Avaliar a utilidade do diário da cefaléia no diagnóstico de CCD na infância e avaliar se a classificação de Silberstein et al. (1994), proposta para a CCD em adultos, permite a classificação da CCD em crianças e adolescentes. Materiais e Métodos: A partir de 2003 foram selecionados 62 pacientes com idade entre 4 e 15 anos, atendidos entre 1999 e 2005, com o diagnóstico de CCD estabelecido na primeira consulta. Os dados clínicos da cefaléia, o diagnóstico e a classificação da CCD foram estabelecidos a partir de um questionário de primeira consulta. Na primeira consulta o paciente, e/ou responsável, foi instruído quanto ao preenchimento de um diário da cefaléia adotado pelo ambulatório para o registro das crises e, após quatro semanas, o paciente foi reavaliado. Não foi instituída terapia medicamentosa na primeira consulta. Após o diário foram comparados os dados clínicos de freqüência, intensidade e quantidade de fatores desencadeantes, antes e após o diário, sendo reavaliado também o diagnóstico de CCD. A CCD foi classificada de acordo com os critérios propostos por Silberstein et al. (1996), com exceção do critério tempo de duração das crises; foi considerada, para esse critério, a duração de 30 minutos conforme proposição de Winner et al. (1995) para a faixa etária pediátrica. Resultados: A idade média dos pacientes da amostra foi de 10,4 ± 2,9 anos; 37 (59,7%) pacientes eram do sexo feminino e 25 (40,3%) do sexo masculino. A maioria dos pacientes referia localização bifrontal da cefaléia, caráter pulsátil da dor e características migranosas durante as crises de cefaléia. A duração das crises de cefaléia menor do que 4 horas foi referida por 24 pacientes (38,7%). Após o diário da cefaléia, verificou-se uma redução significativa da freqüência das crises (p = 0,001), intensidade média (p = 0,009) da dor e um aumento significativo (p = 0,001) da quantidade de fatores desencadeantes das crises de cefaléia. Verificou-se também uma redução significativa (p = 0,001) do diagnóstico de CCD. A classificação da CCD segundo Silberstein et al. (1994), modificada no critério tempo de duração das crises, permitiu a classificação de 59 (95,2%) dos pacientes. Conclusões: O diário da cefaléia é útil para a confirmação do diagnóstico de CCD em crianças e adolescentes. O diário da cefaléia revelou uma menor freqüência de crises e intensidade da dor e uma maior quantidade de fatores desencadeantes das crises de cefaléia do que as referidas no questionário de primeira consulta. Os critérios propostos por Silberstein et al. (1994), para a CCD em adultos, permitem a classificação da maioria das crianças e adolescentes com CCD quando não considerado o critério tempo de duração das crises. A autora sugere que a confirmação do diagnóstico da CCD, pelo diário da cefaléia, seja incluído como um critério para a sua classificação. |
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Cefaleia crônica diária na infância e adolescência: comparação do diagnóstico e características clínicas antes e após uso de um diário da cefaleiaChronic daily headache in children and adolescents: comparison of clinical features prior to and following headache diaryCefaleiaTranstornos da CefaleiaTranstornos de EnxaquecaCriançaAdolescenteObjetivos: Em um ambulatório de atendimento terciário em cefaléia, objetivamos analisar as características demográficas e as características clínicas da cefaléia em crianças e adolescentes com o diagnóstico de Cefaléia Crônica Diária (CCD). Comparar a freqüência de crises, a intensidade da dor e a quantidade de fatores desencadeantes das crises de cefaléia referidos no questionário de primeira consulta, com os dados obtidos através do registro das crises em um diário da cefaléia. Avaliar a utilidade do diário da cefaléia no diagnóstico de CCD na infância e avaliar se a classificação de Silberstein et al. (1994), proposta para a CCD em adultos, permite a classificação da CCD em crianças e adolescentes. Materiais e Métodos: A partir de 2003 foram selecionados 62 pacientes com idade entre 4 e 15 anos, atendidos entre 1999 e 2005, com o diagnóstico de CCD estabelecido na primeira consulta. Os dados clínicos da cefaléia, o diagnóstico e a classificação da CCD foram estabelecidos a partir de um questionário de primeira consulta. Na primeira consulta o paciente, e/ou responsável, foi instruído quanto ao preenchimento de um diário da cefaléia adotado pelo ambulatório para o registro das crises e, após quatro semanas, o paciente foi reavaliado. Não foi instituída terapia medicamentosa na primeira consulta. Após o diário foram comparados os dados clínicos de freqüência, intensidade e quantidade de fatores desencadeantes, antes e após o diário, sendo reavaliado também o diagnóstico de CCD. A CCD foi classificada de acordo com os critérios propostos por Silberstein et al. (1996), com exceção do critério tempo de duração das crises; foi considerada, para esse critério, a duração de 30 minutos conforme proposição de Winner et al. (1995) para a faixa etária pediátrica. Resultados: A idade média dos pacientes da amostra foi de 10,4 ± 2,9 anos; 37 (59,7%) pacientes eram do sexo feminino e 25 (40,3%) do sexo masculino. A maioria dos pacientes referia localização bifrontal da cefaléia, caráter pulsátil da dor e características migranosas durante as crises de cefaléia. A duração das crises de cefaléia menor do que 4 horas foi referida por 24 pacientes (38,7%). Após o diário da cefaléia, verificou-se uma redução significativa da freqüência das crises (p = 0,001), intensidade média (p = 0,009) da dor e um aumento significativo (p = 0,001) da quantidade de fatores desencadeantes das crises de cefaléia. Verificou-se também uma redução significativa (p = 0,001) do diagnóstico de CCD. A classificação da CCD segundo Silberstein et al. (1994), modificada no critério tempo de duração das crises, permitiu a classificação de 59 (95,2%) dos pacientes. Conclusões: O diário da cefaléia é útil para a confirmação do diagnóstico de CCD em crianças e adolescentes. O diário da cefaléia revelou uma menor freqüência de crises e intensidade da dor e uma maior quantidade de fatores desencadeantes das crises de cefaléia do que as referidas no questionário de primeira consulta. Os critérios propostos por Silberstein et al. (1994), para a CCD em adultos, permitem a classificação da maioria das crianças e adolescentes com CCD quando não considerado o critério tempo de duração das crises. A autora sugere que a confirmação do diagnóstico da CCD, pelo diário da cefaléia, seja incluído como um critério para a sua classificação.Objectives – In a tertiary outpatient headache clinic, our objective was to compare the frequency of headache crises, severity of pain and quantity of crisis triggering factors mentioned in a questionnaire completed at the first consultation, with the data obtained from records of the crises in a headache diary in children and adolescents with Chronic Daily Headache (CDH). Thus, the usefulness of the headache diary for diagnosing CDH in childhood, and whether the classification by Silberstein et al. (1994) proposed for CDH in adults allows CDH in children and adolescents to be classified, would be evaluated. Materials and methods – Starting in 2003, 62 patients aged 4 to 15 years were selected. These patients were attended between 1999 and 2005 and were diagnosed with CDH at the first consultation. Clinical data on the headache and the CDH classification were established via a questionnaire. On that occasion, the patient and/or person responsible for the child was instructed on how to fill out the headache diary utilised by the outpatient service for recording crises. No therapy using medications was instituted at the first consultation. Four weeks later, the patient was reevaluated. The clinical data on headache frequency and severity and the quantity of triggering factors before and after keeping the diary were compared and the CDH diagnosis was also re-evaluated. The CDH was classified according to the criteria proposed by Silberstein et al. (1996), except for the criterion of crisis length: a duration of 30 minutes was utilised, as proposed by Winner et al. (1995) for paediatric patients. Results – The mean age of the patients in the sample was 10.4 ± 2.9 years; 37 patients (59.7%) were female and 25 (40.3%) were male. Most of the patients reported that their headache crises presented bifrontal location, pulsatile pain and migrainous characteristics. Headache crises lasting for less than 4 hours were reported by 24 patients (38.7%). After keeping the headache diary, a significant reduction in the frequency of headache crises (p = 0.001) and their average severity (p = 0.009) was found, with a significant increase in the quantity of triggering factors mentioned (p = 0.001). After the diary, there was also a significant reduction (p = 0.001) in CDH diagnoses. The CDH classification according to Silberstein et al. (1994), as modified regarding the criterion of crisis length, allowed 59 patients (95.2%) to be classified. Conclusions – The headache diary was useful for confirming CDH diagnoses in children and adolescents. It revealed a lower frequency of headache crises and severity of pain and a higher quantity of crisis triggering factors than shown by the questionnaire at the first consultation. The criteria proposed by Silberstein et al. (1994) for CDH in adults allowed most children and adolescents with CDH to be classified when the criterion of crisis length was not considered. The authors suggest that confirmation of CDH diagnosis by means of a headache diary should be included as a criterion for its classification.BV UNIFESP: Teses e dissertaçõesCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Gabbai, Alberto Alain [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Pinto, Mariana Machado Pereira [UNIFESP]2015-12-06T23:06:18Z2015-12-06T23:06:18Z2005info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion72 p.application/pdfPEREIRA, Mariana Machado. Cefaléia Crônica Diária na infância e adolescência: comparação do diagnóstico e características clínicas antes e após o uso de um “diário da cefaléia”. 2005. 83 f. Dissertação (Mestrado) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2005.Tese-9588.pdfhttp://repositorio.unifesp.br/handle/11600/20965porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-07-29T12:50:15Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/20965Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-07-29T12:50:15Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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