“Papéis sexuais” no acervo do Museu Paulista
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10437/11947 |
Resumo: | O Museu Paulista estabeleceu sua política de acervo no ano de 1990, ao mesmo tempo em que fixou como linha de pesquisa da instituição os seguintes tópicos: I. Cotidiano e sociedade (papéis sexuais, idade e enculturação), II. Universo de trabalho (pré e proto-industrial) e III. Imaginário (os vetores materiais do sentido). Durante minha pesquisa de mestrado, após analisar aproximadamente 617 processos de aquisição de acervo, pude identificar que a instituição coleta um número considerável de objetos devido a seu interesse às questões de gênero. Entretanto, mesmo após 25 anos de atuação nesta área de estudos, o Museu Paulista continua considerando o conceito binário de gênero. Isso resulta na exclusão de referências à aspectos não-binários de gênero e de diversidade sexual na coleção museológica, bem como o afastamento da instituição de estudos contemporâneos acerca dos papéis de gênero e sexuais. Devemos pontuar que o Museu Paulista não é o único a desenvolver sua política institucional nestes moldes. No Brasil, pelo menos, Tony Boita e Jean Baptista já demonstraram que os museus mantêm-se, na sua grande maioria, afastados da discussão sobre gênero e diversidade sexual. Este constitui um dos principais motivos que justificam o levantamento desta discussão no cenário internacional, além do fato de que 'novas' identidades de gênero e sexualidade têm surgido de forma cada vez mais intensa no debate público. |
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