Abordagens melódico-vocais para exploração de novas possibilidades artísticas na bateria

• Autor(a) principal: Oliveira, Nuno José Francisco de Brito
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/18549
• topic: Percussão melódica; Ari Hoenig; Beatbox; Tigran Hamasyan; Percussão vocal; B C Manjunath; Melodic drumming; Vocal percussion

O presente trabalho trata abordagens melódicas e vocais aplicadas na bateria dentro do repertório jazz, desde a manipulação da altura dos sons ao estilo de Ari Hoenig, à orquestração de padrões rítmicos na estética do beatbox praticado por Tigran Hamasyan, e à aplicação de vocabulário rítmico vocal de B C Manjunath proveniente da música clássica do Sul da Índia. No geral, a definição e aplicação de uma abordagem melódica é tão única como o instrumentista que opta por defini-la ou aplicá-la. Na atualidade, encontram-se três exemplos de referência em campos melódico-vocais distintos: i) o baterista norte-americano Ari Hoenig desenvolve uma abordagem de percussão melódica na bateria dentro do repertório jazz; ii) o pianista arménio Tigran Hamasyan incorpora sons de beatbox nas suas composições; e iii) o percussionista indiano B C Manjunath, enquanto intérprete de percussão vocal no estilo konakkol. A metodologia que serve de base a este estudo divide-se em três etapas: recolha; interpretação e aplicação. A primeira etapa inclui a recolha de referências bibliográficas e audiovisuais relacionadas com os temas principais do trabalho, nomeadamente Ari Hoenig, Tigran Hamasyan e B C Manjunath, autores que suportam a análise. A segunda etapa integra o tratamento e interpretação dos elementos recolhidos através da transcrição e construção de um repertório, desenvolvendo-se também modelos de notação musical específicos para cada abordagem. A terceira e última etapa consiste na aplicação desse repertório à bateria, tanto ao nível solístico como ao nível coletivo com um conjunto variado de instrumentistas. Este trabalho tem assim como propósito criar novas possibilidades performativas para a bateria e potenciar diferentes dinâmicas na relação com outros instrumentistas.