Literacia fílmica: Modelo educativo e prática em Portugal: O Plano Nacional de Cinema

• Autor(a) principal: Campelo, Pedro Miguel da Cunha Dias
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/30727
• topic: Literacia fílmica; Setor cinematográfico Europeu; Educação para o cinema; Formação de públicos; Cultura e educação; Plano Nacional de Cinema; Film literacy; European film sector; Film education; Audience development; Culture and education; Portuguese National Film Plan

Nas últimas décadas a União Europeia tem vindo a promover projetos ligados à literacia fílmica dos públicos em idade escolar como uma das vias para sustentar o setor cinematográfico europeu e oferecer resistência à hegemonia da indústria norte-americana. Como área de pesquisa, a educação para o cinema tem registado uma crescente produção académico-científica. Inúmeras investigações propõem metodologias em torno do cinema, facultando um espectro de práticas pedagógicas aos agentes educativos. Porém, permanece um generalizado desconhecimento sobre como estruturar e implementar programas educacionais dessa índole. Adotando uma metodologia qualitativa, a presente dissertação visa descortinar como se coloca em prática um programa desse cariz, ajudando a pensar em que moldes se desenvolve e como podem as instituições escolares integrá-lo. Para o efeito, investiga-se o Plano Nacional de Cinema (PNC), uma política pública interministerial criada em 2013, das áreas da Cultura e da Educação, de formação de públicos, em operacionalização no ensino escolar obrigatório. Aplicando entrevistas a membros do Plano, e analisando fontes documentais e legislativas, procede-se a uma análise do PNC que compreende três níveis analíticos interrelacionados, estudando as suas lógicas, os recursos e as ações. Os resultados mais expressivos sugerem que este modelo educativo não deve ficar circunscrito à responsabilidade das escolas, sendo imprescindível o envolvimento de instituições de outros quadrantes; que os recursos, uma das complexidades a assegurar, sustentam uma pedagogia fílmica em sala de aula e que para uma maior eficácia deste(s) programa(s), o cinema deve constar no ensino como disciplina, ultrapassando-se o seu uso esporádico e instrumental.