Novas terapias antirretrovirais: para quando uma vacina anti HIV?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Baptista, Cláudia Filipa Moreno
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/9902
Resumo: O sucesso da terapia anti-retroviral (ART) na manutenção da infeção pelo HIV tem sido um dos melhores neste último século. A ART levou à transformação do HIV, de uma sentença universal de morte para uma doença crónica. Em todas as partes do mundo, assistimos a uma redução dramática na morbilidade e mortalidade relacionadas com o HIV, e o tratamento está agora disponível para cerca de 21 milhões de indivíduos – mais de metade do número de pessoas que vivem com este vírus. No entanto, apesar desses grandes avanços, mais de um milhão de pessoas morrem a cada ano de doenças relacionadas com o HIV, e há registo de cerca 1,8 milhão de novas infeções. Contudo, permanecem por resolver dois grandes desafios científicos para realmente ver o fim do HIV – encontrar uma cura e uma vacina eficaz. Investigações realizadas na última década resultaram numa melhor compreensão de como e onde o HIV persiste em pacientes a realizar ART. Ficou claro que, o estabelecimento de uma infeção latente em células de vida longa é a principal barreira para curar o HIV ou para permitir uma remissão sustentada livre de ART. Baseadas por estudos in vitro e ex vivo, várias abordagens terapêuticas destinadas a esgotar o pool de células infetadas de forma latente, foram testadas em ensaios clínicos experimentais de pequena escala, incluindo estudos de intensificação de ART, na edição de genoma, na ART durante a infeção precoce e aguda, e na reversão de latência. Mais recentemente, tem havido um maior foco em terapias imuno-baseadas na busca progressiva de uma cura para o HIV, incluindo vacinas terapêuticas, agonistas do recetor toll-like, anticorpos amplamente neutralizantes, inibidores do checkpoint imunológico, interferon-α e terapia com interleucinas. Também estão a decorrer estudos em que as intervenções de imunoterapia são igualmente testadas em combinação com a reversão de latência. Nesta dissertação, são apresentados e discutidos os resultados globais destas intervenções clínicas, que em última análise se direcionam para uma cura ou vacina para o HIV.
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