Análise espacial multicritério na avaliação do risco sísmico: caso de estudo da região do Algarve, Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mourão, Diogo da Silva
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/48126
Resumo: Tese de mestrado, Sistemas de Informação Geográfica – Tecnologias e Aplicações, Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2021
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spelling Análise espacial multicritério na avaliação do risco sísmico: caso de estudo da região do Algarve, PortugalAnálise MulticritérioRisco SísmicoSIGVulnerabilidadeAlgarveAHPTeses de mestrado - 2021Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e EnergiaTese de mestrado, Sistemas de Informação Geográfica – Tecnologias e Aplicações, Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2021A região do Algarve, devido ao seu enquadramento geográfico e geotectónico, localizado a norte da fronteira entre as placas eurasiática e africana, tem sido muito fustigada por diversos eventos sísmicos, que num cenário mais extremo, podem trazer graves prejuízos em termos materiais e humanos. O sismo de 1755, seguido de um maremoto, é o maior exemplo até aos dias de hoje, da devastação causada por um sismo em Portugal. Os eventos sísmicos são considerados desastres naturais inevitáveis, sendo impossível saber quando, onde e com que magnitude vão ocorrer, no entanto, é possível tentar minimizar e mitigar os efeitos adversos destes eventos através de um planeamento mais rigoroso, maior informação junto das populações mais vulneráveis e avanço de novas formas na construção do edificado, mais resistente a sismos. Para além dos imprevisíveis fatores naturais, existem fatores sociodemográficos, físicos, estruturais que contribuem para o risco sísmico. Assim, este trabalho tem como objetivo criar um índice de vulnerabilidade sísmica baseado em fatores sociodemográficos, físicos e do edificado, que será espacializado para cada subsecção estatística da área teste. Escolheu-se para o efeito a região do Algarve, em particular, os concelhos de Loulé, Portimão e Albufeira. A metodologia usada para a definição da componente social foi baseada no método análise em componentes principais para selecionar as variáveis de caracterização sociodemográfica, numa adaptação do método de Mendes et al. (2011), baseado em Cutter et al. (2003). Para a definir a vulnerabilidade do edificado, adaptaram-se os métodos definidos em Sousa (2006) e no projeto europeu Risk-EU, aplicado em Vilas-Boas (2016). Na componente física, foi utilizada a base de dados presente em Teves-Costa et al. (2019) com todas as intensidades sísmicas máximas para a área de estudo. A combinação das três componentes, através do método AHP, permitiu gerar o índice de vulnerabilidade sísmica ao nível da subsecção estatística. Para a espacialização deste índice de vulnerabilidade urbana ao risco sísmico, recorreu-se aos Sistemas de Informação Geográfica, os quais permitiram a produção de alguns mapas que podem constituir uma ferramenta de elevada importância para a gestão e planeamento do risco ao nível municipal através da elaboração de planos e/ou medidas mitigadoras. Como principais resultados identificaram-se diferenças importantes entre as componentes social, estrutural e física. Destacam-se os territórios mais interiores de cada concelho, caracterizados por uma população mais idosa, edificado antigo e menos resistente e afastada das infraestruturas de apoio; e os centros urbanos, que apresentam um misto nas componentes sociodemográficas e do edificado, mas muito mais perto de todos os serviços. Na componente física, embora com valores elevados, a vulnerabilidade diminui à medida que nos afastamos da costa. Deste estudo, após ponderação pelo método AHP, resultaram maioritariamente subsecções de vulnerabilidade média, sendo que os valores qualitativos extremos, tanto o mais positivo como o mais negativo, tiveram pouca expressão no território. Embora estes territórios tenham uma perigosidade sísmica elevada, quando combinada com outras componentes, resulta numa vulnerabilidade mais atenuada.The region of the Algarve, due to its geographic and geotectonic framework, located north of the border between the Eurasian and African plates, has been heavily hit by several seismic events which, in a more extreme scenario, could bring significant human and material damage. The 1755 earthquake, followed by a tidal wave, is the greatest example to date of the devastation caused by an earthquake in Portugal. Seismic events are effectively considered inevitable natural disasters, as it is impossible to know when, where and with what magnitude they will occur, however, it is possible to try to minimize and mitigate the adverse effects of these events through more rigorous planning, with more information for the most vulnerable populations and even with the advance of new methods in construction, making buildings more resistant to earthquakes. In addition to the unpredictable natural factors, there are sociodemographic and physical structural factors that contribute to seismic risk. Thus, this work aims to create an index of seismic vulnerability based on sociodemographic, physical and construction factors, which will be spatialized for each statistical subsection of the test area. The Algarve region was chosen for this purpose, in particular the municipalities of Loulé, Portimão and Albufeira. The methodology used to define the social component was based on the principal component analysis method to select the socio-demographic characterization variables, in an adaptation of the method of Mendes et al. (2011), based on Cutter et al. (2003). To define the vulnerability of the construction, methods were adapted as defined in Sousa (2006) and in the European project Risk-EU, applied in Vilas-Boas (2016). In the physical component, the database present in Teves-Costa et al. (2019) was used, with all the maximum seismic intensities for the study area. The combination of the three components, through the AHP method, allowed the generation of the seismic vulnerability index at the level of the statistical subsection. For the spatialization of this urban vulnerability index to seismic risk, Geographic Information Systems were used, which allowed the production of some maps that can constitute a highly important tool for risk management and planning at the municipal level through the elaboration of plans and/or mitigating measures. As main results, important differences were identified in each component between the social, infrastructural and physical components. The most inland territories of each municipality stand out, characterized by an older population, old building and less resistant and away from the support infrastructures; and urban centers, which present a mix of sociodemographic and built components, but much closer to all services and facilities. In the physical component, although with high values, vulnerability decreases as we move away from the coast. From this study, after weighting by the AHP method, mostly sub-sections of medium vulnerability resulted, and the extreme qualitative values, both the most positive and the most negative, had little expression in the territory. Although these territories have a high seismic hazard, when combined with other components, results in a more mitigated vulnerability.Catita, Cristina Maria Sousa, 1971-Repositório da Universidade de LisboaMourão, Diogo da Silva2021-05-24T17:58:08Z202120202021-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/48126TID:202934241porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:51:22Zoai:repositorio.ul.pt:10451/48126Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:00:02.827343Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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