"Hompesch chez moi": o documentário como registo contra o esquecimento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Sara Marques
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/8684
Resumo: Este ensaio explora a relação do cinema com a memória e o esquecimento, considerando que o documentário pode funcionar como um “lugar de memória”, conceito de Pierre Nora, e ter a capacidade de construir memórias e controlar as lembranças, através do registo fílmico de uma morte anunciada. Neste caso, o sujeito retratado é Daniel Hompesch, pintor belga a residir em Portugal, com um cancro incurável e já em fase terminal. O desenvolvimento teórico aprofunda as vertentes cognitiva e social da memória para as relacionar depois com o cinema documental, a partir da análise de filmes como Lightning Over Water (1980), de Nicholas Ray e Wim Wenders, e No Home Movie (2015), de Chantal Akerman. Este percurso culmina com a análise das escolhas no processo de realização do documentário Hompesch Chez Moi, como potencial criador de um novo lugar de memória, reafirmando o desejo de memória, pela ameaça de desaparecimento do personagem, e o poder do cinema contra o esquecimento.
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