Cracking the code: exploring the virome of the marine sponge Spongia officinalis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bica, Bernardo José Costa
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/20416
Resumo: Os vírus estabelecem um vasto conjunto de interações com o mundo vivo e químico no oceano, com grande impacto nos ciclos biogeoquímicos. Estas entidades biológicas podem estabelecer complexas interações com as comunidades microbianas, com estratégias para manipular genoma do hospedeiro no sentido de reconduzir os recursos energéticos para a formação de mais vírus, ou ser o próprio vírus a contribuir com um reportório genético que poderá auxiliar, por exemplo, na produção de energia ou obtenção de um nutriente. As esponjas marinhas alojam complexas comunidades microbiológicas com um grande interesse ecológico, evolutivo e metabólico. Os vírus, apesar de demonstrarem grande potencial na mediação da resposta imunitária da esponja e na estruturação da comunidade bacteriana simbionte, são ainda pouco estudados neste contexto. Este trabalho explora as comunidades virais da esponja marinha Spongia officinalis, a partir de dados metagenómicos obtidos por sequenciação em Hiseq Illumina. Após o passo de verificação da qualidade das sequências, estas foram assembladas e feita a previsão dos contigs virais, que foram anotados taxonomicamente e funcionalmente com o recurso a ferramentas bioinformáticas. Os dados obtidos foram manipulados e visualizados através de software específico ou do RStudio. As operações efetuadas ao longo do trabalho foram adaptadas para um pacote do R e integradas numa aplicação nomeada de MetaViral, de forma a tornar o trabalho mais reprodutível e acessível. As abundâncias relativas de diferentes níveis taxonómicos e os índices de diversidade ecológica calculados revelaram algumas diferenças entre os viromas presentes na S. officinalis e na água do mar. As amostras da esponja apresentaram uma diversidade maior para a generalidade dos índices e ainda abundâncias relativas comparáveis para a grande maioria dos grupos taxonómicos. Foram verificadas mais diferenças para vírus pertencentes à família Siphoviridae, Myoviridae e Podoviridae. Este contraste foi confirmado por análise estatística multivariada, onde se pode observar o agrupamento de amostras pertencentes ao mesmo bioma. Foram criadas redes neuronais e identificados os grupos virais únicos para cada bioma, assim como atribuição de um domínio. O perfil funcional das comunidades revelou uma menor carga genética viral para as amostras da S. officinalis. Verificou-se a presença de mais previsões funcionais relacionadas com integrases e ABC transporters nas amostras de esponja, o que pode estar relacionado com uma preferência pelo ciclo viral lisogénico. A ausência de correspondências com proteínas relacionas com compostos de ferro levanta questões sobre a obtenção deste micronutriente por parte dos simbiontes bacterianos e de como esta carência funcional pode justificar vias alternativas de disponibilidade e obtenção do ferro onde os vírus associados ao microbioma simbionte da esponja podem ter um papel facilitador, de remineralização do micronutriente, ou oportunista como estratégia de entrada na parede celular por incorporação de compostos de ferro na cauda viral. Duas enzimas, dTDP-4-dehydrorhamnose 3,5-epimerase e a provável UDP-N acetylglucosamine pyrophosphorylase, com correspondências apenas encontradas nas amostras de esponja, sugerem a existência de uma via metabólica alternativa relacionada com a biossíntese da rhamnose. Ao nível das polimerases, duas foram exclusivamente encontradas em amostras de vírus associados à esponja, sigma-70 factor region 4 and RNA polymerase sigma-G factor. Estas polimerases podem estar envolvidas em sistemas de reconhecimento do genoma bacteriano mais específicos, revelando uma especiação que não está presente nas partículas virais livres. Estas diferenças realçam o potencial papel que os vírus podem ter enquanto membros do viroma da S. officinalis, podendo estar envolvidos em diversos processos metabólicos e de troca genética com as comunidades simbiontes bacterianas.
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Os vírus, apesar de demonstrarem grande potencial na mediação da resposta imunitária da esponja e na estruturação da comunidade bacteriana simbionte, são ainda pouco estudados neste contexto. Este trabalho explora as comunidades virais da esponja marinha Spongia officinalis, a partir de dados metagenómicos obtidos por sequenciação em Hiseq Illumina. Após o passo de verificação da qualidade das sequências, estas foram assembladas e feita a previsão dos contigs virais, que foram anotados taxonomicamente e funcionalmente com o recurso a ferramentas bioinformáticas. Os dados obtidos foram manipulados e visualizados através de software específico ou do RStudio. As operações efetuadas ao longo do trabalho foram adaptadas para um pacote do R e integradas numa aplicação nomeada de MetaViral, de forma a tornar o trabalho mais reprodutível e acessível. As abundâncias relativas de diferentes níveis taxonómicos e os índices de diversidade ecológica calculados revelaram algumas diferenças entre os viromas presentes na S. officinalis e na água do mar. As amostras da esponja apresentaram uma diversidade maior para a generalidade dos índices e ainda abundâncias relativas comparáveis para a grande maioria dos grupos taxonómicos. Foram verificadas mais diferenças para vírus pertencentes à família Siphoviridae, Myoviridae e Podoviridae. Este contraste foi confirmado por análise estatística multivariada, onde se pode observar o agrupamento de amostras pertencentes ao mesmo bioma. Foram criadas redes neuronais e identificados os grupos virais únicos para cada bioma, assim como atribuição de um domínio. O perfil funcional das comunidades revelou uma menor carga genética viral para as amostras da S. officinalis. Verificou-se a presença de mais previsões funcionais relacionadas com integrases e ABC transporters nas amostras de esponja, o que pode estar relacionado com uma preferência pelo ciclo viral lisogénico. A ausência de correspondências com proteínas relacionas com compostos de ferro levanta questões sobre a obtenção deste micronutriente por parte dos simbiontes bacterianos e de como esta carência funcional pode justificar vias alternativas de disponibilidade e obtenção do ferro onde os vírus associados ao microbioma simbionte da esponja podem ter um papel facilitador, de remineralização do micronutriente, ou oportunista como estratégia de entrada na parede celular por incorporação de compostos de ferro na cauda viral. Duas enzimas, dTDP-4-dehydrorhamnose 3,5-epimerase e a provável UDP-N acetylglucosamine pyrophosphorylase, com correspondências apenas encontradas nas amostras de esponja, sugerem a existência de uma via metabólica alternativa relacionada com a biossíntese da rhamnose. Ao nível das polimerases, duas foram exclusivamente encontradas em amostras de vírus associados à esponja, sigma-70 factor region 4 and RNA polymerase sigma-G factor. Estas polimerases podem estar envolvidas em sistemas de reconhecimento do genoma bacteriano mais específicos, revelando uma especiação que não está presente nas partículas virais livres. Estas diferenças realçam o potencial papel que os vírus podem ter enquanto membros do viroma da S. officinalis, podendo estar envolvidos em diversos processos metabólicos e de troca genética com as comunidades simbiontes bacterianas.Viruses establish a vast array of interactions with the living and chemical world in the ocean, with great impact on biogeochemical cycles. These biological entities can establish complex interactions with microbial communities, with strategies to manipulate the host genome in order to redirect energy resources towards the formation of more viruses, or the virus itself can contribute a genetic repertoire that may assist, for example, in energy production or nutrient acquisition. Marine sponges host complex microbiological communities with great ecological, evolutionary, and metabolic interest. Despite showing great potential in mediating the sponge immune response and structuring the symbiotic bacterial community, viruses are still poorly studied in this context. This study explores the viral communities of the marine sponge Spongia officinalis, using metagenomic data obtained through Illumina Hiseq sequencing. After quality checking, the sequences were assembled, and viral contigs were predicted, taxonomically and functionally annotated with the aid of bioinformatics tools. The obtained data were manipulated and visualized using specific software or RStudio. The operations performed throughout the study were adapted to an R package and integrated into an application named MetaViral, in order to make the work more reproducible and accessible. Relative abundances of different taxonomic levels and calculated ecological diversity indices revealed some differences between the viromes present in S. officinalis and seawater. Sponge samples presented higher diversity for most indices and comparable relative abundances for the vast majority of taxonomic groups. More differences were found for viruses belonging to the families Siphoviridae, Myoviridae, and Podoviridae. This contrast was confirmed by multivariate statistical analysis, where samples belonging to the same biome clustered together. Networks were created and unique viral groups were identified for each biome, as well as domain attribution. The functional profile of the communities revealed a lower viral genetic load for the S. officinalis samples. More functional predictions related to integrases and ABC transporters were found in sponge samples, which may be related to a preference for the lysogenic viral life cycle. The absence of correspondences with proteins related to iron compounds raises questions about the acquisition of this micronutrient by the bacterial symbionts and how this functional deficiency can justify alternative pathways of availability and acquisition of iron where symbiotic viruses may have a facilitating role in ensuring their own replication. Two enzymes, dTDP-4-dehydrorhamnose 3,5-epimerase and the probable UDP-N-acetylglucosamine pyrophosphorylase, with matches only found in sponge samples, suggest the existence of an alternative metabolic pathway related to rhamnose biosynthesis. At the polymerase level, two were exclusively found in virus samples associated with the sponge, sigma-70 factor region 4 and RNA polymerase sigma-G factor. These polymerases may be involved in more specific recognition systems of the bacterial genome, revealing a speciation that is not present in free viral particles. These differences highlight the potential role that viruses can play as members of the S. officinalis virome, potentially being involved in various metabolic processes and genetic exchange with symbiotic bacterial communities.Costa, RodrigoFonseca, FilomenaSapientiaBica, Bernardo José Costa2024-02-20T10:36:38Z2023-06-072023-06-07T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.1/20416TID:203532481enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-21T02:01:18Zoai:sapientia.ualg.pt:10400.1/20416Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:39:22.032505Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description Os vírus estabelecem um vasto conjunto de interações com o mundo vivo e químico no oceano, com grande impacto nos ciclos biogeoquímicos. Estas entidades biológicas podem estabelecer complexas interações com as comunidades microbianas, com estratégias para manipular genoma do hospedeiro no sentido de reconduzir os recursos energéticos para a formação de mais vírus, ou ser o próprio vírus a contribuir com um reportório genético que poderá auxiliar, por exemplo, na produção de energia ou obtenção de um nutriente. As esponjas marinhas alojam complexas comunidades microbiológicas com um grande interesse ecológico, evolutivo e metabólico. Os vírus, apesar de demonstrarem grande potencial na mediação da resposta imunitária da esponja e na estruturação da comunidade bacteriana simbionte, são ainda pouco estudados neste contexto. Este trabalho explora as comunidades virais da esponja marinha Spongia officinalis, a partir de dados metagenómicos obtidos por sequenciação em Hiseq Illumina. Após o passo de verificação da qualidade das sequências, estas foram assembladas e feita a previsão dos contigs virais, que foram anotados taxonomicamente e funcionalmente com o recurso a ferramentas bioinformáticas. Os dados obtidos foram manipulados e visualizados através de software específico ou do RStudio. As operações efetuadas ao longo do trabalho foram adaptadas para um pacote do R e integradas numa aplicação nomeada de MetaViral, de forma a tornar o trabalho mais reprodutível e acessível. As abundâncias relativas de diferentes níveis taxonómicos e os índices de diversidade ecológica calculados revelaram algumas diferenças entre os viromas presentes na S. officinalis e na água do mar. As amostras da esponja apresentaram uma diversidade maior para a generalidade dos índices e ainda abundâncias relativas comparáveis para a grande maioria dos grupos taxonómicos. Foram verificadas mais diferenças para vírus pertencentes à família Siphoviridae, Myoviridae e Podoviridae. Este contraste foi confirmado por análise estatística multivariada, onde se pode observar o agrupamento de amostras pertencentes ao mesmo bioma. Foram criadas redes neuronais e identificados os grupos virais únicos para cada bioma, assim como atribuição de um domínio. O perfil funcional das comunidades revelou uma menor carga genética viral para as amostras da S. officinalis. Verificou-se a presença de mais previsões funcionais relacionadas com integrases e ABC transporters nas amostras de esponja, o que pode estar relacionado com uma preferência pelo ciclo viral lisogénico. A ausência de correspondências com proteínas relacionas com compostos de ferro levanta questões sobre a obtenção deste micronutriente por parte dos simbiontes bacterianos e de como esta carência funcional pode justificar vias alternativas de disponibilidade e obtenção do ferro onde os vírus associados ao microbioma simbionte da esponja podem ter um papel facilitador, de remineralização do micronutriente, ou oportunista como estratégia de entrada na parede celular por incorporação de compostos de ferro na cauda viral. Duas enzimas, dTDP-4-dehydrorhamnose 3,5-epimerase e a provável UDP-N acetylglucosamine pyrophosphorylase, com correspondências apenas encontradas nas amostras de esponja, sugerem a existência de uma via metabólica alternativa relacionada com a biossíntese da rhamnose. Ao nível das polimerases, duas foram exclusivamente encontradas em amostras de vírus associados à esponja, sigma-70 factor region 4 and RNA polymerase sigma-G factor. Estas polimerases podem estar envolvidas em sistemas de reconhecimento do genoma bacteriano mais específicos, revelando uma especiação que não está presente nas partículas virais livres. Estas diferenças realçam o potencial papel que os vírus podem ter enquanto membros do viroma da S. officinalis, podendo estar envolvidos em diversos processos metabólicos e de troca genética com as comunidades simbiontes bacterianas.
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