Segurança de doentes e eventos adversos associados à prática de enfermagem em cuidados intensivos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pedreira, Manuel Filipe Rodrigues
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://web.esenfc.pt/?url=7gC1utPa
Resumo: A incidência de eventos adversos (EAs) em doentes torna a segurança dos doentes uma prioridade nas organizações de saúde (Sousa et al.,2011). Nas unidades de cuidados intensivos (UCI?s), o predomínio dos cuidados de enfermagem alerta para o papel destes profissionais na promoção da segurança dos doentes. São objetivos principais do estudo: Conhecer a perceção dos enfermeiros de UCI?s, sobre a cultura de segurança e sobre o risco e a ocorrência de EAs associados às suas práticas, analisar a relação entre estas variáveis e a influência de características individuais, nomeadamente, o tempo de exercício profissional, o tempo de exercício em UCI e o nível de formação profissional. Procedeu-se a uma investigação de natureza descritiva e correlacional. A amostra é constituída por 37 enfermeiros de UCI?s do Hospital ?. Na colheita de dados foi usada a escala ?Eventos Adversos Associados às Práticas de Enfermagem? (Castilho & Parreira, 2012) e o Hospital Survey on Patient Safety Culture (Sorra & Nieva, 2004). Para análise dos dados recorreu-se estatística descritiva e inferencial. Identificaram-se como áreas fortes de cultura de segurança as dimensões Trabalho em equipa, Aprendizagem organizacional - melhoria contínua e Perceções gerais sobre a segurança do doente. Necessitam de atenção prioritária, para otimização da segurança dos doentes, o Apoio à segurança do doente pela gestão, a Resposta não punitiva ao erro, a Frequência da notificação, a Dotação de profissionais e a Comunicação e feedback acerca do erro. 24,3% dos enfermeiros considera que, pelo menos algumas vezes, ocorrem EAs associados à prática, que podem comprometer a segurança do doente e a maioria dos enfermeiros reconhece que frequentemente seriam evitáveis. Salientam-se as correlações moderadas entre as várias dimensões da cultura de segurança com as práticas preventivas e o risco e ocorrência dos EAs estudados. As caraterísticas individuais dos enfermeiros estudadas, na globalidade, não influenciam a perceção de cultura de segurança e dos eventos adversos associados à prática de enfermagem.
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