Efeitos Agudos do Treino de Flexibilidade na Força e Função Neuromuscular.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Graça, Vítor F P
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10314/4998
Resumo: O propósito deste estudo foi avaliar o efeito agudo de dois protocolos de flexibilidade [estático vs. facilitação propriocetiva neuromuscular (PNF)] sobre as diferentes manifestações de força (força reativa, força máxima isométrica e força máxima dinâmica isocinética), flexibilidade e atividade eletromiográfica de extensores e flexores do joelho. A amostra foi constituída por vinte voluntários (8 mulheres e 12 homens), praticantes amadores da modalidade de traiI, com idades compreendidas entre os 20 e 49 anos (média de idades = 28,7 ± 7,59). Cada voluntário foi submetido a duas sessões experimentais, uma para avaliar os efeitos do programa de flexibilidade estática e outra para a avaliação dos efeitos do PNF. Antes e após cada protocolo, cada sujeito realizou o teste de senta e alcança, salto contramovimento (CMJ), força máxima isométrica (90º de flexão do joelho) e força máxima dinâmica do membro inferior dominante (60º.s-1). Foi também usada a eletromiografia (EMG) para avaliar a ativação do bicípite femoral (BF), vasto medial (VM) e gémeo lateral (GL) durante os testes de força muscular máxima isométrica e dinâmica. Os resultados mostraram que ambos os protocolos de flexibilidade induziram uma redução da capacidade salto vertical dos sujeitos (- 4,11% após o estático e -6,51% após o PNF; P< 0,01, para ambos os protocolos). A força isométrica máxima dos flexores do joelho foi significativamente afetada pelo protocolo de PNF (-9,61%; P = 0,02). Em contrapartida, a força máxima dinâmica deste grupo muscular aumentou após protocolo de flexibilidade estática (4,14%; P = 0,056). A força máxima isométrica e dinâmica dos extensores não foi afetada por nenhum dos protocolos de flexibilidade. Ainda, durante os testes de força máxima, não se observaram alterações da atividade muscular dos músculos em estudo, nem da relação força-comprimento e nem do rácio agonistas/antagonista. Ambos os protocolos produziram um aumento significativo da flexibilidade (efeito tempo: P < 0,001; + 12,93% após estático e +11,03% após PNF). Após os protocolos, a flexibilidade aumento em 12,93% (estático) e 11,03% (PNF).Não se verificaram alterações na atividade muscular medida através da EMG. Em conclusão, ambos protocolos causaram um declínio agudo da performance durante o salto vertical e um aumento significativo da flexibilidade. Nos testes de força máxima, o protocolo de PNF afetou a performance dos flexores, reduzindo a sua capacidade de produzir força isometricamente e aumentando a sua capacidade em situação dinâmica. Assim, dependendo do tipo de manifestação da força, os protocolos de flexibilidade poderão ter um impacto distinto, não alterando contudo o rácio agonista/antagonista nem a relação curva-força comprimento.
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