Intervenções Espaciais em Territórios Vulneráveis: Programa Bairros Saudáveis

• Autor(a) principal: Araujo, Leonardo Ramires Alba
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/12987
• topic: Arquitetura Participativa; Bairros Saudáveis; Papel Social do Arquiteto; Políticas Públicas; Territórios Vulneráveis; Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Arquitetura

A presente dissertação aborda as relações entre a qualidade dos espaços (públicos ou privados) em territórios vulneráveis portugueses, o papel social do arquiteto e políticas públicas de natureza participativa e/ou bottom-top. Para tal, a dissertação terá como foco o Programa Nacional Bairros Saudáveis, utilizado como caso de investigação, devido a seu ineditismo e relevância conquistada mesmo em sua primeira edição. Tem-se como ponto de partida a contextualização histórica do Bairros Saudáveis, a partir da identificação de suas principais referências, suas relações com os temas da participação cidadã em políticas públicas em Portugal e de sua principal motivação: a crise pandêmica do COVID-19. Assumindo as candidaturas aprovadas pelo programa como base fundamental de investigação e, posteriormente uma seleção de suas intervenções espaciais1 como casos de trabalho, disserta-se e analisa-se sobre os dados obtidos. Finalmente, a dissertação recai sobre uma seleção de casos de estudo, cruzando informações obtidas através do contato direto/entrevistas a pessoas envolvidas e documentos oficiais dos casos de estudo. Propomos assim, primeiramente, uma abordagem descritivo-analítico que se torna depois propositiva, ao elencar boas e más práticas a serem repetidas, ou não, futuramente. O presente estudo diz respeito a um importante capítulo da história de políticas públicas relacionadas com a participação cidadã e procura compreender se o papel social do arquiteto está a ser ou não cumprido atualmente para mitigação de problemas socioeconômico-culturais e para a melhoria na qualidade de vida de cidadãos e espaços recorrentemente marginalizados. Reconhece-se a dificuldade de se identificar consequências concretas de uma política pública ainda não finalizada e entrega-se, propositalmente, um estudo em movimento, uma obra aberta (Eco, 1962) com o intuito de abrir e promover este debate tão pertinente e necessário tanto na academia quanto fora dela.