Alfred Métraux: antropologia aplicada e lusotropicalismo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612013000200001 |
Resumo: | O artigo explora um fragmento da longa trajetória de Alfred Métraux (1902-1963): sua relação ambígua com o legado intelectual de Gilberto Freyre. O locus desta relação se situa num momento específico da sua carreira, quando, no início da década de 1950, Métraux participa da coordenação do famoso projeto de pesquisa, promovido pela UNESCO, sobre “relações raciais” no Brasil. Métraux costumava se autodefinir como um etnógrafo e como um “homem de terreno”. Mesmo confiando no papel que as ciências sociais deviam assumir na luta contra o racismo, em algumas circunstâncias chegou a expressar certo ceticismo diante da suposta eficácia da antropologia aplicada. Por outro lado, ciente da importância da pesquisa empírica, soube desconfiar da ideologia lusotropicalista e, portanto, das narrativas em torno da chamada “democracia racial”. Contudo, seu diálogo com a antropologia cultural norte-americana o fez permanecer alerta diante da possibilidade de que as “relações raciais” no Brasil operassem no quadro de um “caráter nacional” singular e irredutível. |
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