Adaptação escolar : trajetórias de um grupo de crianças nascidas prematuramente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Macedo, Filipa Raquel Sousa
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/15153
Resumo: A prematuridade é uma temática que tem originado diversas investigações, sobretudo pelo seu impacto no desenvolvimento infantil, estando muitas vezes associada a dificuldades cognitivas, académicas e comportamentais. Neste sentido, afigura-se como um fator de risco para o desenvolvimento e para a aprendizagem, apresentando, assim, um risco para a transição e adaptação escolar. O presente estudo apresenta como objetivos: caracterizar a adaptação escolar de crianças nascidas prematuramente através do Questionário de Avaliação da Adaptação à Escola, e relacionar estes resultados com outros dados da histórica clínica, desenvolvimental e familiar das crianças, mais concretamente: a idade gestacional, o peso à nascença, o tempo de internamento, os resultados do perfil desenvolvimental obtido através da Escala de Desenvolvimento Mental de Griffiths administrada aos cinco anos de idade, e ainda o nível de escolaridade e profissão dos pais. A recolha de dados foi realizada junto de professores de 15 crianças nascidas prematuramente e que iniciaram a escolaridade obrigatória no ano lectivo 2013/2014. Os instrumentos utilizados foram a Ficha Clínica e Sociodemográfica da criança e o Questionário de Avaliação da Adaptação à Escola, validado e adaptado para a população portuguesa por Pinto e Morgado, em 1998 (Morgado, 1998). Os principais resultados revelam que as crianças presentes na amostra apresentam valores médios mais elevados relativamente à Integração social e ao Comportamento e valores médios mais baixos em relação aos Requisitos Básicos e à Linguagem Receptiva. Verifica-se que a Escala de Desenvolvimento Mental de Griffiths apresenta relações significativas com o Questionário de Avaliação da Adaptação à Escola, bem como com as competências linguísticas. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre os resultados do Questionário de Avaliação da Adaptação à Escola e os dados clínicos (idade gestacional, peso à nascença e tempo de internamento) e sociodemográficos (nível de escolaridade e profissão dos pais). No final do presente estudo, são discutidas as implicações e limitações do mesmo e realizadas sugestões para futuras investigações.
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O presente estudo apresenta como objetivos: caracterizar a adaptação escolar de crianças nascidas prematuramente através do Questionário de Avaliação da Adaptação à Escola, e relacionar estes resultados com outros dados da histórica clínica, desenvolvimental e familiar das crianças, mais concretamente: a idade gestacional, o peso à nascença, o tempo de internamento, os resultados do perfil desenvolvimental obtido através da Escala de Desenvolvimento Mental de Griffiths administrada aos cinco anos de idade, e ainda o nível de escolaridade e profissão dos pais. A recolha de dados foi realizada junto de professores de 15 crianças nascidas prematuramente e que iniciaram a escolaridade obrigatória no ano lectivo 2013/2014. Os instrumentos utilizados foram a Ficha Clínica e Sociodemográfica da criança e o Questionário de Avaliação da Adaptação à Escola, validado e adaptado para a população portuguesa por Pinto e Morgado, em 1998 (Morgado, 1998). Os principais resultados revelam que as crianças presentes na amostra apresentam valores médios mais elevados relativamente à Integração social e ao Comportamento e valores médios mais baixos em relação aos Requisitos Básicos e à Linguagem Receptiva. Verifica-se que a Escala de Desenvolvimento Mental de Griffiths apresenta relações significativas com o Questionário de Avaliação da Adaptação à Escola, bem como com as competências linguísticas. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre os resultados do Questionário de Avaliação da Adaptação à Escola e os dados clínicos (idade gestacional, peso à nascença e tempo de internamento) e sociodemográficos (nível de escolaridade e profissão dos pais). No final do presente estudo, são discutidas as implicações e limitações do mesmo e realizadas sugestões para futuras investigações.Prematurity is a thematic that has led many investigations, mainly for its impact on child development. This impact is several times associated with cognitive, academic and behavioral issues. In this sense, it appears as a risk factor for development and learning, being a high risk to transition and scholar adaptation. The present study presents the following objectives: characterize the scholar adaptation of prematurely born children through “Questionário de Avaliação da Adaptação à Escola” and relate these results with other data of children clinical history, developmental and familiar, specifically gestational age, birth weight, length of hospitalization, the results of the developmental profile obtained by “Escala de Desenvolvimento Mental de Griffiths” (administered to five years old), and the level of education and occupation of parents. The data collection was done with help of teachers of 15 prematurely born children that started compulsory school in the years of 2013 and 2014. The instruments used were a “Ficha Clínica e Sociodemográfica da criança” and the “Questionário de Avaliação da Adaptação à Escola”, validated and adapted for Portuguese population by Pinto and Morgado, 1998 (Morgado, 1998). The main results show that children in the sample have higher average values regarding social integration and behavior, and lower mean values compared with the Basic Requirements and Receptive Language. It is verified that the “Escala de Desenvolvimento Mental de Griffiths” presents significative relations with “Questionário de Avaliação da Adaptação à Escola” as well as the level of language skill. It is not verified statistically relevant differences between the “Questionário de Avaliação da Adaptação à Escola” results and the clinical data (gestational age, birth weight and length hospitalization) and sociodemographic (Academic degree and parents occupation). In the end of the study, there is discussed the implications and the limitations of it and made suggestions for future investigation.Veiga, Maria Elisa Pina TomazVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaMacedo, Filipa Raquel Sousa2014-10-02T09:24:45Z2014-07-2220142014-07-22T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/15153TID:201498073porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-14T01:34:46Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/15153Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:12:34.536454Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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