Estudo da função acomodativa, em jovens adultos anisometropes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/11094 |
Resumo: | A anisometropia é definida como uma condição em que o erro refrativo difere interocularmente em quantidade igual ou superior a 1D. Uma vez que os estudos ao nível da função acomodativa neste tipo de erro refrativo são parcos, objetivou-se neste trabalho a avaliação das diferenças interoculares que ocorrem ao nível sistema acomodativo. Metodologia: Os dados foram recolhidos no âmbito de rastreios visuais realizados em diversos polos da Universidade da Beira Interior durante o ano letivo 2018/2019. A análise dos rastreios permitiu a seleção de possíveis voluntários com características de interesse para integrar o grupo anisometrope e grupo controlo. O protocolo de rastreio incluiu a utilização de material de rastreio optométrico portátil e de rápida execução, que permitiram inferir sobre o estado refrativo e sobre o alinhamento ocular. Após identificados os potenciais voluntários, os mesmos foram convidados a ingressar no estudo e encaminhados para o Centro Clínico e Experimental em Ciências da Visão (CCEV) a fim de confirmar a presença de anisometropia e adquirir os dados optométricos necessários para o estudo da função acomodativa (amplitude, resposta e flexibilidade). A amostra final contou com a participação de 39 estudantes universitários dos quais 16 eram portadores de anisometropia. Resultados: Observou-se que 25,00% dos anisometropes não usavam qualquer tipo de correção ótica. O tipo de anisometropia mais frequente foi a miópica (56%) e astigmática (31%). Encontraram-se AV´s monoculares mais baixas no grupo anisometrope do que no grupo isometrope (controlo). Observou-se ainda que o OD dos anisometropes teve uma tendência de AV reduzida face ao OE. No que diz respeito à visão binocular, o desempenho estereoscópico mostrou ser mais pobre no grupo anisometrope e em relação à acomodação, verificou-se que o grupo anisometrope apresenta um maior atraso na resposta acomodativa. Observou-se ainda que o grupo anisometrope utiliza frequentemente distâncias de leitura mais curtas do que o grupo isometrope. Conclusões: Observou-se que a nível acomodativo, o MEM foi o único teste que revelou diferenças entre os grupos, com o grupo a anisometrope a apresentar maiores atrasos na resposta acomodativa. A deteção atempada da anisometropia é crucial para prevenir a redução da função acomodativa e da binocularidade. |
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Estudo da função acomodativa, em jovens adultos anisometropesAcomodaçãoAcuidade VisualAnisometropiaBinocularidadeEstudantes UniversitáriosDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Ciências da VisãoA anisometropia é definida como uma condição em que o erro refrativo difere interocularmente em quantidade igual ou superior a 1D. Uma vez que os estudos ao nível da função acomodativa neste tipo de erro refrativo são parcos, objetivou-se neste trabalho a avaliação das diferenças interoculares que ocorrem ao nível sistema acomodativo. Metodologia: Os dados foram recolhidos no âmbito de rastreios visuais realizados em diversos polos da Universidade da Beira Interior durante o ano letivo 2018/2019. A análise dos rastreios permitiu a seleção de possíveis voluntários com características de interesse para integrar o grupo anisometrope e grupo controlo. O protocolo de rastreio incluiu a utilização de material de rastreio optométrico portátil e de rápida execução, que permitiram inferir sobre o estado refrativo e sobre o alinhamento ocular. Após identificados os potenciais voluntários, os mesmos foram convidados a ingressar no estudo e encaminhados para o Centro Clínico e Experimental em Ciências da Visão (CCEV) a fim de confirmar a presença de anisometropia e adquirir os dados optométricos necessários para o estudo da função acomodativa (amplitude, resposta e flexibilidade). A amostra final contou com a participação de 39 estudantes universitários dos quais 16 eram portadores de anisometropia. Resultados: Observou-se que 25,00% dos anisometropes não usavam qualquer tipo de correção ótica. O tipo de anisometropia mais frequente foi a miópica (56%) e astigmática (31%). Encontraram-se AV´s monoculares mais baixas no grupo anisometrope do que no grupo isometrope (controlo). Observou-se ainda que o OD dos anisometropes teve uma tendência de AV reduzida face ao OE. No que diz respeito à visão binocular, o desempenho estereoscópico mostrou ser mais pobre no grupo anisometrope e em relação à acomodação, verificou-se que o grupo anisometrope apresenta um maior atraso na resposta acomodativa. Observou-se ainda que o grupo anisometrope utiliza frequentemente distâncias de leitura mais curtas do que o grupo isometrope. Conclusões: Observou-se que a nível acomodativo, o MEM foi o único teste que revelou diferenças entre os grupos, com o grupo a anisometrope a apresentar maiores atrasos na resposta acomodativa. A deteção atempada da anisometropia é crucial para prevenir a redução da função acomodativa e da binocularidade.Anisometropia is defined as a condition in which the refractive error differs interocularly in quantity equal to or greater than 1D. Studies on the level of accommodative function in anisometropia are sparse, so the aim of this study was to assess the interocular differences that occur at the level of the accommodative system. Methodology: The data were collected as part of visual screenings carried out at University of Beira Interior during the academic year 2018/2019. The analysis of the visual screening allowed the selection of possible volunteers with characteristics of interest to integrate the anisometric group and the control group. The screening protocol included the use of portable and fast running optometric screening equipment, which made it possible to infer the refractive state and eye alignment. After identifying potential volunteers, they were invited to join the study and sent to the Vision Sciences Clinical and Experimental Center (CCECV) in order to confirm the presence of anisometropia and acquire the optometric data necessary for the study of the accommodative function (amplitude, response and facility). The final sample consisted of 39 university students of which 16 had anisometropy. Results: It was observed that 25.00% of anisometropes did not use any type of optical correction. The most frequent type of anisometropia was myopic (56%) and astigmatic (31%). Lower monocular visual acuity was found in the anisometrope group than in the isometrope group (control). It was also observed that the right eye of anisometropes had a reduced VA tendency compared to the left eye. With regard to binocular vision, stereoscopic performance proved to be poorer in the anisometrope group and with regard to accommodation, it was found that the anisometrope group shows a greater delay in the accommodation response. It was also noted that the anisometrope group often uses shorter reading distances than the isometrope group. Conclusions: At the accommodative level, the MEM (Monocular Estimation Method) was observed to be the only test that revealed differences between the groups, with the anisometrope group showing greater delays in the accommodative response. The timely detection of anisometropia is crucial to prevent the reduction of accommodative function and binocularity.Nunes, Amélia Maria Monteiro FernandesuBibliorumRodrigues, Tatiana Saraiva2021-01-28T15:57:09Z2020-11-102020-09-222020-11-10T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/11094TID:202577848porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:53:16Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/11094Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:50:57.051638Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A anisometropia é definida como uma condição em que o erro refrativo difere interocularmente em quantidade igual ou superior a 1D. Uma vez que os estudos ao nível da função acomodativa neste tipo de erro refrativo são parcos, objetivou-se neste trabalho a avaliação das diferenças interoculares que ocorrem ao nível sistema acomodativo. Metodologia: Os dados foram recolhidos no âmbito de rastreios visuais realizados em diversos polos da Universidade da Beira Interior durante o ano letivo 2018/2019. A análise dos rastreios permitiu a seleção de possíveis voluntários com características de interesse para integrar o grupo anisometrope e grupo controlo. O protocolo de rastreio incluiu a utilização de material de rastreio optométrico portátil e de rápida execução, que permitiram inferir sobre o estado refrativo e sobre o alinhamento ocular. Após identificados os potenciais voluntários, os mesmos foram convidados a ingressar no estudo e encaminhados para o Centro Clínico e Experimental em Ciências da Visão (CCEV) a fim de confirmar a presença de anisometropia e adquirir os dados optométricos necessários para o estudo da função acomodativa (amplitude, resposta e flexibilidade). A amostra final contou com a participação de 39 estudantes universitários dos quais 16 eram portadores de anisometropia. Resultados: Observou-se que 25,00% dos anisometropes não usavam qualquer tipo de correção ótica. O tipo de anisometropia mais frequente foi a miópica (56%) e astigmática (31%). Encontraram-se AV´s monoculares mais baixas no grupo anisometrope do que no grupo isometrope (controlo). Observou-se ainda que o OD dos anisometropes teve uma tendência de AV reduzida face ao OE. No que diz respeito à visão binocular, o desempenho estereoscópico mostrou ser mais pobre no grupo anisometrope e em relação à acomodação, verificou-se que o grupo anisometrope apresenta um maior atraso na resposta acomodativa. Observou-se ainda que o grupo anisometrope utiliza frequentemente distâncias de leitura mais curtas do que o grupo isometrope. Conclusões: Observou-se que a nível acomodativo, o MEM foi o único teste que revelou diferenças entre os grupos, com o grupo a anisometrope a apresentar maiores atrasos na resposta acomodativa. A deteção atempada da anisometropia é crucial para prevenir a redução da função acomodativa e da binocularidade. |
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