Escolaridade e Desigualdade de Rendimentos: uma análise exploratória de países emergentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barandas, Jessica Pereira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/82477
Resumo: Trabalho de Projeto do Mestrado em Economia apresentado à Faculdade de Economia
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spelling Escolaridade e Desigualdade de Rendimentos: uma análise exploratória de países emergentesSchooling and Income Inequality: an exploratory analysis of emerging countriesEscolaridadeDesigualdadeEconomias EmergentesEducationInequalityEmerging EconomiesTrabalho de Projeto do Mestrado em Economia apresentado à Faculdade de EconomiaQual a relação entre a escolaridade e a desigualdade na distribuição de rendimentos em países emergentes? O presente estudo analisa a relação entre a escolaridade e a desigualdade, bem como a sua importância face a outros fatores determinantes da desigualdade, em 24 economias emergentes no período entre 1980 e 2010. A partir dos resultados obtidos da estimação com dados em painel utilizando o método de efeitos fixos constatou-se que o aumento da escolaridade total, e em particular da escolaridade primária, não promove a redução da desigualdade, depois de atingir os 5,69 anos médios de escolaridade e 4,06 anos médios de escolaridade primária. De facto, apurou-se que após um impacto negativo e o atingir de um nível mínimo de desigualdade, o aumento deste nível de escolaridade e da escolaridade total contribui para o aumento da desigualdade (relação em U). Paralelamente, os níveis de escolaridade secundário e terciário, como seria de esperar, têm um impacto positivo na desigualdade. No que que diz respeito à importância relativa de outros fatores na explicação da desigualdade, os resultados relativos à globalização, ao consumo público e ao valor acrescentado da indústria nem sempre se apresentam estatisticamente significativos, e os resultados para a variá- vel da democracia em nenhuma das estimações apresenta significância estatística. Já o PIB real per capita revela uma relação não linear em forma de U invertido, estatisticamente significativa, com a desigualdade, apoiando assim a hipótese de Kuznets. Os resultados obtidos nem sempre correspondem aos efeitos esperados e as possíveis explicações económicas podem, por exemplo, estar relacionados com o peso relativo dos diferentes níveis de escolaridade, pois se os países continuarem a expandir apenas o nível primário, como os seus salários serão em princípio inferiores aos níveis secundário e terciário e à medida que a oferta de trabalhadores com este nível de escolaridade cresce, o rendimento médio que os indivíduos com escolaridade primária poderão alcançar irá diminuir. Logo quem tiver um nível de escolaridade superior irá auferir um rendimento maior, aumentando a desigualdade de distribuição de rendimentos.Classificação JEL: C23, H52, I24, O15, O57What is the impact of education on income inequality in emerging countries? This paper analysis the relationship between education and inequality, as well as its importance in explaining inequality as oppose to other influencing factors, for 24 emerging economies, for the period between 1980 and 2010. Based on the results obtained from the estimation with panel data and by using the fixed effects method, the outcome are different than what was expected. For the current sample of emerging economies, the increase in total education, as well as in primary in particular, after achieving 5,69 years of total schooling and 4,06 years of primary education, the effect of an increase of education does not promote the reduction of inequality. In fact, it was found that after reaching a minimum of inequality, an increase of average years in this level of education and total schooling contribute to the increase of inequality. At the same time, secondary and tertiary levels of education, as one might expect, have a positive impact on inequality. Regarding the relative importance of other factors in the explanation of inequality, it was observed that the results regarding globalization, public consumption, and industry added value do not always show statistical significance, furthermore the results for the democracy variable are not statistically significant in any of the estimations. However, real GDP per capita reveals a non-linear U-shaped inverted relationship wth income inequality, and statistical significance, supporting the Kuznets (1955) hypothesis. The results obtained do not always correspond to the expected effects and the possible economic explanations can, for example, be connected to the relative weight of the different levels of education, as the countries continue to expand only the primary level, their wages become lower for secondary and tertiary education, and as the growing number of individuals with this level of schooling grows, the average income that individuals with primary education can achieve will decrease. Then those who have a higher education level will earn a higher income, increasing income inequality.JEL Classification: C23, H52, I24, O15, O572017-07-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/82477http://hdl.handle.net/10316/82477TID:202110850porBarandas, Jessica Pereirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2019-11-12T12:16:46Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/82477Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:04:22.487528Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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