Dessalinização de rochas carbonatadas através do gel agar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/29608 |
Resumo: | A cristalização de sais solúveis é um problema comum de degradação do património cultu-ral pétreo. Existem diferentes métodos de dessalinização, sendo o banho de imersão em água e as compressas os mais utilizados por conservadores-restauradores. A presente dissertação tem como objectivo a avaliação da capacidade de extracção de sais pelo gel agar e a sua comparação com um método convencional, a aplicação de compressas de pasta de celulose. O gel agar tem a vantagem de limitar e controlar a água libertada para o substrato, evitando o seu humedecimento excessivo, sendo uma vantagem quando se trata de objectos com materi-ais sensíveis à água, como por exemplo, presença de camadas policromas. Pretende-se con-tribuir para o aumento do conhecimento sobre o modo de actuação do gel, os tempos de apli-cação e a concentração de gel adequada a utilizar para a dessalinização, a sua eficácia de ex-tracção, assim como possíveis consequências negativas do processo. Dois calcários portugue-ses, Pedra de Ançã e Calcário Moleanos, foram contaminados por cloreto de sódio e testados com diferentes concentrações de gel agar (2 % e 4 % p/v) com diferentes tempos de contacto nas superfícies pétreas: 6, 24 e 48 horas. A avaliação da eficácia baseou-se na análise do gel e da pasta de celulose após os tempos de contactos mencionados, através da medição da condutividade eléctrica e concentração de cloretos. A análise de extracção salina foi avaliada a partir da distribuição dos valores de condutividade eléctrica medidos, antes e após dessaliniza-ção, no pó obtido dos perfis de perfuração, realizados à profundidade de 0-0,5 cm e 0,5-1 cm. As superfícies pétreas foram avaliadas por observação à luz UV para detecção de possíveis resíduos, foi medida a sua cor e observadas por FESEM para analisar a interacção do gel agar/pasta de celulose com o substrato pétreo. Após aplicação do gel agar nas superfícies, verificou-se que quanto maior o tempo de con-tacto maior a extracção de sal e que o gel a 2 % mostrou ser mais eficiente que o gel a 4 % no processo de dessalinização. O gel extraiu sal até, pelo menos 1 cm de profundidade. Não se verificou sinais de interacção adversa entre o gel e os provetes de pedra. |
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