Espaços e comportamentos induzidos nas roças de São Tomé e Príncipe
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/27832 |
Resumo: | São Tomé e Príncipe tem uma história de mais de 500 anos que se iniciou no séc. XV com o período de colonização portuguesa, associado à escravatura e à exploração agrícola, e que, a partir de 1975, adquiriu um novo estatuto após a independência do país. O país detém um património cultural e paisagístico reconhecido internacionalmente no qual se inclui as roças, o património militar, e a natureza exuberante. No século XIX são construídas uma grande quantidade de assentamentos agroindustriais, as roças, para a produção de café e cacau, que se tornou altamente lucrativa. São Tomé e Príncipe estabelece-se, no início do século XX, como uma das maiores potências de exportação de cacau do mundo. As roças empregavam milhares de trabalhadores sujeitos a condições de trabalho forçado. Após a independência, em 1975, as roças passaram por diversos períodos de transformação de uso e propriedades. Grande parte das roças encontram-se hoje em avançado estado de degradação, estando muitas consumidas pela natureza e outras ocupadas por comunidades que lá vivem em condições precárias. Este trabalho procura identificar atuais modos de apropriação do espaço pelos habitantes e compreender de que forma a organização espacial das roças induz comportamentos nos habitantes. É realizada uma análise de três casos de estudo, a roça Agostinho Neto, a roça Água Izé, a roça Porto Alegre, relativa à sua organização espacial original, hierárquica e assente num objetivo económico de grande produtividade, e à organização espacial atual, que reflete uma série de alterações da mesma, essencialmente para fins habitacionais. |
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Espaços e comportamentos induzidos nas roças de São Tomé e PríncipeRoçaSintaxe espacialMovimentoSegregação social -- Social segregationApropriaçãoSpace syntaxMovementAppropriationSão Tomé e Príncipe tem uma história de mais de 500 anos que se iniciou no séc. XV com o período de colonização portuguesa, associado à escravatura e à exploração agrícola, e que, a partir de 1975, adquiriu um novo estatuto após a independência do país. O país detém um património cultural e paisagístico reconhecido internacionalmente no qual se inclui as roças, o património militar, e a natureza exuberante. No século XIX são construídas uma grande quantidade de assentamentos agroindustriais, as roças, para a produção de café e cacau, que se tornou altamente lucrativa. São Tomé e Príncipe estabelece-se, no início do século XX, como uma das maiores potências de exportação de cacau do mundo. As roças empregavam milhares de trabalhadores sujeitos a condições de trabalho forçado. Após a independência, em 1975, as roças passaram por diversos períodos de transformação de uso e propriedades. Grande parte das roças encontram-se hoje em avançado estado de degradação, estando muitas consumidas pela natureza e outras ocupadas por comunidades que lá vivem em condições precárias. Este trabalho procura identificar atuais modos de apropriação do espaço pelos habitantes e compreender de que forma a organização espacial das roças induz comportamentos nos habitantes. É realizada uma análise de três casos de estudo, a roça Agostinho Neto, a roça Água Izé, a roça Porto Alegre, relativa à sua organização espacial original, hierárquica e assente num objetivo económico de grande produtividade, e à organização espacial atual, que reflete uma série de alterações da mesma, essencialmente para fins habitacionais.São Tomé and Príncipe has a history of over 500 years, which began in the 15th century with the period of Portuguese colonisation, associated with slavery and agricultural exploitation, and which, from 1975, acquired a new status following the country’s independence. The country has an internationally recognised cultural and landscape heritage, which includes farmsteads, military heritage and exuberant nature. In the 19th century, a large number of agroindustrial settlements, the roças, were built for the production of coffee and cocoa, which became highly profitable. In the early 20th century, São Tomé and Príncipe established itself as one of the world’s leading cocoa exporting powers. The plantations employed thousands of workers under conditions of forced labour. After independence in 1975, the plantations went through several periods of transformation of use and property. Today, most of the plantations are in an advanced state of degradation, many of them being consumed by nature and others occupied by communities living in precarious conditions. This work seeks to identify current modes of appropriation of space by the inhabitants and to understand how the spatial organisation of the plantations induces behaviours in the inhabitants. An analysis of three case studies is carried out, the Agostinho Neto plantation, the Água Izé plantation and the Porto Alegre plantation, concerning their original spatial organisation, hierarchical and based on an economic objective of high productivity, and the current spatial organisation, which reflects a series of alterations to it, essentially for housing porposes.2023-02-09T17:04:59Z2022-12-14T00:00:00Z2022-12-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/27832TID:203199928porBrito, Rui Miguel Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:46:39Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/27832Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:22:30.778234Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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São Tomé e Príncipe tem uma história de mais de 500 anos que se iniciou no séc. XV com o período de colonização portuguesa, associado à escravatura e à exploração agrícola, e que, a partir de 1975, adquiriu um novo estatuto após a independência do país. O país detém um património cultural e paisagístico reconhecido internacionalmente no qual se inclui as roças, o património militar, e a natureza exuberante. No século XIX são construídas uma grande quantidade de assentamentos agroindustriais, as roças, para a produção de café e cacau, que se tornou altamente lucrativa. São Tomé e Príncipe estabelece-se, no início do século XX, como uma das maiores potências de exportação de cacau do mundo. As roças empregavam milhares de trabalhadores sujeitos a condições de trabalho forçado. Após a independência, em 1975, as roças passaram por diversos períodos de transformação de uso e propriedades. Grande parte das roças encontram-se hoje em avançado estado de degradação, estando muitas consumidas pela natureza e outras ocupadas por comunidades que lá vivem em condições precárias. Este trabalho procura identificar atuais modos de apropriação do espaço pelos habitantes e compreender de que forma a organização espacial das roças induz comportamentos nos habitantes. É realizada uma análise de três casos de estudo, a roça Agostinho Neto, a roça Água Izé, a roça Porto Alegre, relativa à sua organização espacial original, hierárquica e assente num objetivo económico de grande produtividade, e à organização espacial atual, que reflete uma série de alterações da mesma, essencialmente para fins habitacionais. |
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