Abordagem Terapêutica de Gliomas Cerebrais de Alto Grau

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Pedro Miguel Gaspar
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/4864
Resumo: Os gliomas são os tumores cerebrais primários mais frequentes, representando mais de 70% de todas as neoplasias do Sistema Nervoso Central. Tanto o diagnóstico como a classificação destes tumores são baseados nas características histopatológicas que, por vezes, são difíceis de definir. Apesar dos avanços na neurocirurgia, quimioterapia e radioterapia, o prognóstico dos doentes com gliomas continua muito reservado. Nos últimos anos, diversos estudos em gliomas identificaram marcadores moleculares de diagnóstico e prognóstico, úteis na definição da classificação histológica. A codeleção 1p/19q, a presença de mutações somáticas em genes que codificam isocitrato desidrogenase e a hipermetilação da região promotora do gene MGMT são os três marcadores com maior relevância na atualidade. Nas últimas duas décadas, o tratamento para os gliomas de alto grau envolveu uma abordagem multidisciplinar, que se baseava em resseção cirúrgica máxima, quando possível, seguida de radioterapia e quimioterapia. Esta constitui a abordagem terapêutica convencional, com um grande número de ensaios clínicos que revelaram na sua maioria pequenas melhorias que não são satisfatórias. Com a evolução da nanotecnologia em plena expansão, surgiram agora os primeiros estudos sobre a aplicação desta tecnologia inovadora na abordagem terapêutica dos gliomas de alto grau. Novas técnicas de diagnóstico e terapêuticas baseadas em nanomateriais oferecem opções promissoras no tratamento de gliomas malignos. No entanto, a entrega de nanopartículas para tumores cerebrais malignos representa um desafio devido à presença da barreira hemato-encefálica e às células tumorais infiltradas no cérebro normal que não são facilmente detetadas. As nanopartículas magnéticas representam o nanomaterial mais promissor para direcionar a terapêutica às células tumorais e simultaneamente obter imagens em tempo real, devido às suas propriedades paramagnéticas, permitindo localizar o tumor. A conjugação de péptidos ou anticorpos na superfície destas nanopartículas permite o direcionamento direto à superfície da célula tumoral e potencial rutura das vias de sinalização ativas presentes nas células tumorais. Esta conjugação de péptidos ou anticorpos será fulcral para permitir atingir todas as células tumorais, inclusive as que não são detetadas nos meios convencionais de diagnóstico. Neste momento, encontram-se em curso numerosos estudos para permitir compreender o impacto destas nanopartículas magnéticas no tratamento de tumores cerebrais malignos, com especial interesse nos gliomas cerebrais de alto grau.
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A codeleção 1p/19q, a presença de mutações somáticas em genes que codificam isocitrato desidrogenase e a hipermetilação da região promotora do gene MGMT são os três marcadores com maior relevância na atualidade. Nas últimas duas décadas, o tratamento para os gliomas de alto grau envolveu uma abordagem multidisciplinar, que se baseava em resseção cirúrgica máxima, quando possível, seguida de radioterapia e quimioterapia. Esta constitui a abordagem terapêutica convencional, com um grande número de ensaios clínicos que revelaram na sua maioria pequenas melhorias que não são satisfatórias. Com a evolução da nanotecnologia em plena expansão, surgiram agora os primeiros estudos sobre a aplicação desta tecnologia inovadora na abordagem terapêutica dos gliomas de alto grau. Novas técnicas de diagnóstico e terapêuticas baseadas em nanomateriais oferecem opções promissoras no tratamento de gliomas malignos. No entanto, a entrega de nanopartículas para tumores cerebrais malignos representa um desafio devido à presença da barreira hemato-encefálica e às células tumorais infiltradas no cérebro normal que não são facilmente detetadas. As nanopartículas magnéticas representam o nanomaterial mais promissor para direcionar a terapêutica às células tumorais e simultaneamente obter imagens em tempo real, devido às suas propriedades paramagnéticas, permitindo localizar o tumor. A conjugação de péptidos ou anticorpos na superfície destas nanopartículas permite o direcionamento direto à superfície da célula tumoral e potencial rutura das vias de sinalização ativas presentes nas células tumorais. Esta conjugação de péptidos ou anticorpos será fulcral para permitir atingir todas as células tumorais, inclusive as que não são detetadas nos meios convencionais de diagnóstico. Neste momento, encontram-se em curso numerosos estudos para permitir compreender o impacto destas nanopartículas magnéticas no tratamento de tumores cerebrais malignos, com especial interesse nos gliomas cerebrais de alto grau.Gliomas are the most frequent primary brain tumors, accounting for over 70% of all neoplasms of the central nervous system. Diagnosis and classification of these tumors are based on the histopathological characteristics that are sometimes difficult to define. Despite advances in neurosurgery, chemotherapy and radiotherapy, the prognosis of patients with gliomas remains very poor. In recent years, various studies in gliomas identified molecular markers for diagnostic and prognostic, useful in defining the histological classification. The co-deletion 1p/19q, the presence of somatic mutations in genes encoding isocitrate dehydrogenase and hypermethylation of the promoter region of the MGMT gene are the three markers with greater relevance today. In the last two decades, treatment for high-grade gliomas involved a multidisciplinary approach, which was based on maximum surgical resection, when possible, followed by radiotherapy and chemotherapy. This is the conventional therapeutic approach, with a large number of clinical trials that showed mostly small improvements that are unsatisfactory. With the development of nanotechnology in full expansion, the first studies on the application of this innovative technology in the management of high-grade gliomas have emerged. Novel diagnostic and therapeutic techniques based on nanomaterials provide promising options in the treatment of malignant gliomas. Delivery of nanoparticles to malignant brain tumors represents a formidable challenge due to the presence of the blood–brain barrier and infiltrating cancer cells in the normal brain. The magnetic nanoparticles are the most promising nanomaterial to direct therapy to tumor cells and simultaneously obtain images in real time, due to its paramagnetic properties, enabling you to locate the tumor. Conjugation of peptides or antibodies to the surface of MNPs allows direct targeting of the tumor cell surface and potential disruption of active signaling pathways present in tumor cells. This conjugation of peptides or antibodies will be crucial to enable reach all tumor cells, including those that are not detected in conventional diagnostics. At the moment, there are numerous ongoing studies to enable understanding of the impact of magnetic nanoparticles in the treatment of malignant brain tumors, with special interest in cerebral high-grade gliomas.Rosado, Pedro SimõesuBibliorumAlves, Pedro Miguel Gaspar2018-07-09T14:45:39Z2014-5-192014-06-262014-06-26T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/4864TID:201636948porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:42:18Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/4864Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:45:54.223934Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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