Imunoterapia específica: estudo de melhoria clínica
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25754/pjp.2013.1288 |
Resumo: | Introdução: A imunoterapia específica é uma forma de tratamento das doenças alérgicas, capaz de melhorar a sintomatologia e reduzir a necessidade de terapêutica, podendo modificar o curso natural da doença alérgica. Objectivos: Estudar o perfil clínico e laboratorial dos doentes seguidos em Consulta de Pediatria/Alergologia que se encontram sob tratamento com imunoterapia específica e avaliar a melhoria clínica obtida com este tratamento. Material e métodos: O grupo de estudo incluiu doentes seguidos em Consulta de Pediatria/Alergologia submetidos a imunoterapia específica há pelo menos um ano, que realizaram previamente teste cutâneo em picada, avaliação analítica incluindo contagem de eosinófilos, de imunoglobulina E total e específica e que responderam a um inquérito sobre melhoria clínica, realizado por via telefónica. Foram recolhidos dados acerca da história familiar de atopia, do tipo de patologia alergológica e de sensibilização alergénica, da idade de início da imunoterapia e da via de administração. Resultados: Cento e quatro doentes foram incluídos no estudo, 63 (60,6%) do sexo masculino. A média de idade de início do tratamento foi de 10,2 anos. Setenta e quatro (71,2%) doentes tinham história familiar de atopia, 27 (26%) com pelo menos um dos pais asmáticos. Relativamente aos diagnósticos dos doentes, 101 (97,1%) tinham rinite, 76 (73,1%) asma, 56 (53,8%) conjuntivite, 18 (17,3%) eczema, 17 (16,3%) infecção respiratória alta de repetição e 4 (3,8%) infecção respiratória baixa de repetição. Em termos analíticos, 74 (71,2%) doentes apresentavam eosinofilia e 98 (94,2%) níveis aumentados de IgE total. No que diz respeito à sensibilização alergénica, 47 (45,5%) doentes eram monossensibilizados, dos quais 29 (27,7%) a ácaros e 18 (17,3%) a pólenes, e 57 (54,8%) polissensibilizados. Oitenta e sete doentes (83,7%) fizeram imunoterapia específica subcutânea e 17 (16,3%) sublingual. Nove (8,7%) doentes não notaram melhoria clínica com o tratamento e 95 (91,3%) melhoraram, sendo a média da melhoria clínica de 75%. Conclusão: Os resultados obtidos revelaram um bom grau de melhoria clínica em relação ao tratamento com imunoterapia específica. |
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