Doença de Alzheimer: análise in vitro da atividade antioxidante e anticolinesterásica de cinco extratos de plantas da região do Algarve
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.1/9866 |
Resumo: | A doença de Alzheimer é uma das principais formas de demência na população idosa, caracterizada por depósitos extracelulares do péptido beta-amilóide, diminuição do neurotransmissor acetilcolina e stress oxidativo. Este trabalho surge com o objetivo de avaliar a atividade inibitória da acetilcolinesterase e butirilcolinesterase (através do método colorimétrico de Ellman) bem como a atividade antioxidante (pelos métodos DPPH, FRAP, RP e TAA) de extratos aquosos de cinco plantas da região do Algarve. Os resultados demonstraram que o extrato de Myrtus communis L. obteve o maior teor em fenólicos e flavonoides totais (718,89 ± 8,74 mg GAE/g peso seco e 18,83 ± 0,83 mg QE/g peso seco, respetivamente) bem como uma potente atividade antioxidante (IC50 de 15,10 ± 1,95 μg/mL no DPPH) e a melhor atividade inibitória contra a acetilcolinesterase (IC50 0,82 ± 0,23 mg/mL). O extrato de Rubus ulmifolius Schott e Geranium purpureum Vill exibiram a melhor atividade antibutirilcolinesterase (4,62 ± 2,94mg/mL e 5,72 ± 2,90mg/mL, respetivamente), contudo a inibição de todos os extratos analisados continua a ser fraca comparado com o controlo positivo, tacrina (IC50: 21,26 ± 3,60 μg/mL contra AChE e 22,26 ± 0,98 μg/mL contra BChE). O extrato de Olea europaea var. sylvestris obteve fracos resultados enquanto que o de Portulaca oleracea L. não mostrou nenhuma atividade anticolinesterásica, obtendo os valores mais baixos em fenólicos totais (68,33 ± 1,77 mg GAE/g peso seco) e capacidade antioxidante muito reduzida (IC50 325,99 ± 3,04 μg/mL no método DPPH), indicando assim que ambos os extratos apresentam um reduzido potencial terapêutico para doenças neurológicas. A alta correlação entre o conteúdo em fenólicos totais, a atividade antioxidante e a inibição da acetilcolinesterase sugerem a contribuição significativa dos compostos fenólicos presentes nos extratos analisados, principalmente no de M. communis, como potenciais fontes de moléculas para o tratamento desta doença, embora estudos futuros sejam necessários. |
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