Lombalgia na Criança — A Propósito de Um Caso Clínico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moura, Cláudia
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Aparício, J. M., Jardim, Helena, Afonso, Caldas, Brito, Iva, Queirós, Mário, Vaz, A. Lopes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
DOI: 10.25754/pjp.2001.5236
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2001.5236
Resumo: Os autores descrevem o caso clínico de uma criança do sexo feminino, de 2 anos e 9 meses de idade, que inicia em Julho/99, de forma insidiosa, dorso-lombalgia não acompanhada de sintomas constitucionais. Por persistência e agravamento progressivo das queixas álgicas, foi internada no Departamento de Pediatria do H. S. João em Setembro/99. Ao exame objectivo, evidenciava-se rigidez lombar acentuada, com mobilização em bloco, adoptando a criança posições viciosas. O restante exame físico, nomeadamente osteo-articular e neurológico, era normal. Perante este quadro clínico foram colocadas várias hipóteses diagnósticas: discite inflamatória/infecciosa (tuberculose óssea — mal de Pott), osteomielite, processo tumoral, espondilartrite juvenil. Todos o estudo laboratorial efectuado foi negativo, à excepção da velocidade de sedimentação glomerular (VSG) que estava moderadamente aumentada. A radiografia da coluna lombar evidenciou um estreitamento muito discreto do espaço intervertebral ao nível de L2-L3. O cintilograma ósseo revelou uma imagem de hiperfixação em L3 e a ressonância magnética (RMN) da coluna lombar permitiu a confirmação de discite. Iniciou terapêutica (empírica) com flucloxacilina e gentamicina endovenosa, após a qual se verificou uma rápida melhoria clínica, não conseguida pelos anti-inflamatórios não esteróides administrados préviamente. Na reavaliação imagiológica convencional, efectuada um mês após o internamento, constatou-se franca diminuição do espaço intervertebral de L2-L3, com ligeira evidência do envolvimento das plataformas vertebrais adjacentes mas sem lesões destrutivas evidentes dos corpos vertebrais. Os autores fazem, a propósito deste caso clínico, uma breve revisão bibliográfica dos aspectos etiológicos, clínicos e terapêuticos da lombalgia, nesta faixa etária.
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