Espondilodiscite na Criança. A propósito de Quatro Casos Clínicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pissarra, Susana
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Fernandes, Ana Paula, Neves, Joana, Coelho, Delfim
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2004.5021
Resumo: A espondilodiscite é uma entidade rara, caracterizada pela existência de processo inflamatório envolvendo o disco intervertebral que cursa com estreitamento sintomático do espaço intervertebral. As suas etiologia e patofisiologia são obscuras e controversas, tendo a causa infecciosa sido anteriormente sugerida. O início da sintomatologia é insidioso, e a apresentação clínica dependente da idade da criança afectada. O exame objectivo é, habitualmente, pouco expressivo, sendo em alguns casos possível desencadear dor à palpação do segmento afectado e às manobras de mobilização da coluna, que pode estar limitada. Os meios auxiliares de diagnóstico são pouco contributivos para o diagnóstico. Analiticamente as alterações são inespecíficas, evidenciando-se elevação da velocidade de sedimentação. Os achados radiológicos embora específicos são, geralmente, tardios. A Ressonância Magnética Nuclear é o meio de imagem de escolha para diagnóstico precoce de espondilodiscite. Além da caracterização das alterações vertebro-discais, fornece informação adicional sobre os tecidos circundantes, nomeadamente no que respeita à existência de abcessos ou colecções epidurais, paravertebrais e do músculo psoas. A baixa especificidade dos sintomas, associada à escassez de achados ao exame objectivo, à ausência de achados laboratoriais patognomónicos e ao aparecimento tardio das alterações radiológicas clássicas justificam o diagnóstico geralmente tardio desta situação, o qual depende de um elevado índice de suspeição clínica. Este facto justifica a importância de relembrar esta patologia, cuja raridade poder obstar à obtenção de um diagnóstico precoce. Neste sentido, os autores apresentam quatro casos de espondilodiscite, atingindo crianças de diferentes escalões etários e, por conseguinte, com apresentações clínicas diferentes.
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