O Euroceticismo Britânico e o Sentimento Anti-imigração no Caminho para o Brexit

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Margarida Poeta Roque
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/11028
Resumo: A decisão de saída do Reino Unido da União Europeia (UE) declarou o fim de uma relação de quatro décadas. Desde a adesão à Comunidade Económica Europeia (CEE) que o Reino Unido ficou sempre à margem de uma ‘união cada vez mais estreita’ e ao longo de quatro décadas o país enfatizou consistentemente a sua relutância relativa à integração europeia. Com uma forte tradição eurocética, desenvolvida desde o tempo do Império Britânico e espelhada nas atitudes britânicas em relação ao bloco europeu, o Brexit representou o auge de uma relação problemática e o desejo de recuperação da soberania nacional, outrora perdida para a União. No entanto, o desenvolvimento de um sentimento anti-imigração generalizado no debate público, afirmando a existência de uma ameaça à cultura e à identidade nacional britânica, foi diretamente relacionado com o princípio da livre circulação de cidadãos dos Estados-Membros da União Europeia. A emergência deste sentimento instaurou uma preocupação constante com a imigração e, por isso, a presente dissertação pretende investigar se este fator esteve diretamente relacionado com a votação do Brexit, já que se encontrou fortemente presente na campanha a favor da saída da UE. Verificada a existência de uma relação triangular entre a imigração, o euroceticismo e o Brexit, procurar-se-á apurar qual a influência e a relação do euroceticismo e do sentimento anti-imigração com a decisão de saída do Reino Unido da União Europeia. Esta análise será baseada na teoria construtivista das Relações Internacionais, uma vez que explora o papel sociopolítico dos discursos identitários através do método da discourse analysis, demonstrando assim a forma como esses discursos servem os interesses e as agendas de poder dos atores a que eles recorrem.
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