A percepção do britânico sobre a imigração e o Brexit : um estudo de caso

• Autor(a) principal: Carvalho, Victória Cristina Franza
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/196116
• topic: Relações internacionais; Política externa; Imigração; Reino Unido; Political Culture; Brexit; Immigration; United Kingdom

Nas últimas décadas, notam-se os papéis cada vez mais ativos de atores não estatais na dinâmica das Relações Internacionais e a percepção política de um grupo, isto é, sua cultura política, é um referencial para orientar a compreensão desse fenômeno. No contexto de constante imigração no Reino Unido, a população britânica é levada a decidir, por meio de um plebiscito, a permanência ou saída de seu país da União Europeia (UE), o primeiro bloco político e econômico do mundo. O voto da maioria, a partir de suas opiniões individuais, condicionaria o modo que se dariam as relações internacionais nos próximos anos. Deste modo, o trabalho busca responder se há uma relação entre a percepção do britânico sobre a imigração e a conjuntura da saída do Reino Unido da UE em 2016, o chamado Brexit. O objetivo geral é examinar o impacto da percepção dos britânicos sobre a imigração e a decisão final do referendo. O trabalho tem como hipótese de que essa relação existe e, além disso, decorre da percepção negativa da imigração nos últimos anos que contribuiu, em partes, para o resultado do referendo. Para atender o objetivo, utilizam-se os dados disponibilizados pelo survey do European Social Survey (ESS) de 2016. Por fim, conclui-se que a sociedade britânica tende a ser positiva quanto aos impactos da imigração, mas inclina à seletividade dos imigrantes. O papel da percepção da imigração dividiu os eleitores pró e anti-Brexit e é essencial para explicar a decisão do referendo. No entanto, sozinha, ela é uma variável insuficiente para justificar o evento, pois o país carece de coesão social e está fragmentado pela idade, renda e nível educacional.