"Ser Original: é ser verdadeiro e sincero": Belo Marques e a Música Negra

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, Michael
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/20437
Resumo: O presente trabalho consiste em compreender a categoria “música negra” que Belo Marques utilizou em Música Negra – Estudo do folclore Tonga (1943) referindo-se a práticas expressivas no sul de Moçambique. Subjacente à formulação de tal categoria jaz uma complexa teia de relações e influências culturais e intelectuais, com a qual Belo Marques se relaciona, que importa descortinar de modo a apreender o sentido de “música negra”. É discutida a relação dialética, complexa, que se estabelece entre Belo Marques e a realidade em que se situa historicamente, no intuito de fazer emergir algumas variáveis particulares, nomeadamente o contexto interno de Belo Marques, assistindo-se ao emergir de uma tensão entre sujeito e contexto. Neste sentido, abordam-se alguns tópicos relativos à posição de sujeito, fundamentais para se poder compreender a categoria “música negra”. Por outro lado, existe um jogo de representações encetado pelo aparelho de propaganda do Estado Novo, sob várias formas: exposições, discursos, imprensa. Através destes meios, fabricamse ou reforçam-se representações identitárias conforme a ideologia do regime, de caráter essencialista: “Nação”, “Império”, “África”, “batuque”. Abordam-se estas construções ideológicas, culturais, no intuito de complementar a interpretação da leitura de Música Negra. Neste trabalho procura-se ainda perceber que elementos da “música negra” Belo Marques identificou e descreveu e de que modo os utilizou na sua produção musical posterior
id RCAP_d2d4f81f67516043484d753c3ebe1fa1
oai_identifier_str oai:run.unl.pt:10362/20437
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling "Ser Original: é ser verdadeiro e sincero": Belo Marques e a Música NegraMúsicaProcessos de construção identitária.Práticas expressivasEstado NovoMoçambiqueExpressive practicesMusicConstruction of identityMozambiqueDomínio/Área Científica::Humanidades::ArtesO presente trabalho consiste em compreender a categoria “música negra” que Belo Marques utilizou em Música Negra – Estudo do folclore Tonga (1943) referindo-se a práticas expressivas no sul de Moçambique. Subjacente à formulação de tal categoria jaz uma complexa teia de relações e influências culturais e intelectuais, com a qual Belo Marques se relaciona, que importa descortinar de modo a apreender o sentido de “música negra”. É discutida a relação dialética, complexa, que se estabelece entre Belo Marques e a realidade em que se situa historicamente, no intuito de fazer emergir algumas variáveis particulares, nomeadamente o contexto interno de Belo Marques, assistindo-se ao emergir de uma tensão entre sujeito e contexto. Neste sentido, abordam-se alguns tópicos relativos à posição de sujeito, fundamentais para se poder compreender a categoria “música negra”. Por outro lado, existe um jogo de representações encetado pelo aparelho de propaganda do Estado Novo, sob várias formas: exposições, discursos, imprensa. Através destes meios, fabricamse ou reforçam-se representações identitárias conforme a ideologia do regime, de caráter essencialista: “Nação”, “Império”, “África”, “batuque”. Abordam-se estas construções ideológicas, culturais, no intuito de complementar a interpretação da leitura de Música Negra. Neste trabalho procura-se ainda perceber que elementos da “música negra” Belo Marques identificou e descreveu e de que modo os utilizou na sua produção musical posteriorThis thesis consists of the understanding of the category “black music” by which Belo Marques, throughout his book Música Negra – Estudo do folclore Tonga (1943), described rural expressive practices in the south of Mozambique. Under the formulation of such category lies a complex network of relations and cultural and intellectual influences, and it is this network that needs to be clarified in order to understand the meaning of “black music” as a set of performative practices. I discusss the dialectic and complex relation between Belo Marques and the context in which he is historically situated, as other variables such as the internal context of Belo Marques, in order to understand the tension that emerges from this relation, useful for a more elaborate grasp on the category “black music”. Simultaneously, it will be discussed the fabrication or reinforcement of representation of identities consonant with the ideology of the Estado Novo regime, expressed by categories such as “Nation”, “Empire”, “Africa”, “batuque”, for a better understanding and interpretation of the book of Belo Marques. Last but not least, it will be demonstrated how Belo Marques used “black music” in his own compositions.Carvalho, João Soeiro deRUNDias, Michael2017-04-06T08:49:27Z2017-01-112016-11-162017-01-11T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/20437TID:201612496porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:04:51Zoai:run.unl.pt:10362/20437Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:26:13.130552Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv "Ser Original: é ser verdadeiro e sincero": Belo Marques e a Música Negra
title "Ser Original: é ser verdadeiro e sincero": Belo Marques e a Música Negra
spellingShingle "Ser Original: é ser verdadeiro e sincero": Belo Marques e a Música Negra
Dias, Michael
Música
Processos de construção identitária.
Práticas expressivas
Estado Novo
Moçambique
Expressive practices
Music
Construction of identity
Mozambique
Domínio/Área Científica::Humanidades::Artes
title_short "Ser Original: é ser verdadeiro e sincero": Belo Marques e a Música Negra
title_full "Ser Original: é ser verdadeiro e sincero": Belo Marques e a Música Negra
title_fullStr "Ser Original: é ser verdadeiro e sincero": Belo Marques e a Música Negra
title_full_unstemmed "Ser Original: é ser verdadeiro e sincero": Belo Marques e a Música Negra
title_sort "Ser Original: é ser verdadeiro e sincero": Belo Marques e a Música Negra
author Dias, Michael
author_facet Dias, Michael
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Carvalho, João Soeiro de
RUN
dc.contributor.author.fl_str_mv Dias, Michael
dc.subject.por.fl_str_mv Música
Processos de construção identitária.
Práticas expressivas
Estado Novo
Moçambique
Expressive practices
Music
Construction of identity
Mozambique
Domínio/Área Científica::Humanidades::Artes
topic Música
Processos de construção identitária.
Práticas expressivas
Estado Novo
Moçambique
Expressive practices
Music
Construction of identity
Mozambique
Domínio/Área Científica::Humanidades::Artes
description O presente trabalho consiste em compreender a categoria “música negra” que Belo Marques utilizou em Música Negra – Estudo do folclore Tonga (1943) referindo-se a práticas expressivas no sul de Moçambique. Subjacente à formulação de tal categoria jaz uma complexa teia de relações e influências culturais e intelectuais, com a qual Belo Marques se relaciona, que importa descortinar de modo a apreender o sentido de “música negra”. É discutida a relação dialética, complexa, que se estabelece entre Belo Marques e a realidade em que se situa historicamente, no intuito de fazer emergir algumas variáveis particulares, nomeadamente o contexto interno de Belo Marques, assistindo-se ao emergir de uma tensão entre sujeito e contexto. Neste sentido, abordam-se alguns tópicos relativos à posição de sujeito, fundamentais para se poder compreender a categoria “música negra”. Por outro lado, existe um jogo de representações encetado pelo aparelho de propaganda do Estado Novo, sob várias formas: exposições, discursos, imprensa. Através destes meios, fabricamse ou reforçam-se representações identitárias conforme a ideologia do regime, de caráter essencialista: “Nação”, “Império”, “África”, “batuque”. Abordam-se estas construções ideológicas, culturais, no intuito de complementar a interpretação da leitura de Música Negra. Neste trabalho procura-se ainda perceber que elementos da “música negra” Belo Marques identificou e descreveu e de que modo os utilizou na sua produção musical posterior
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-11-16
2017-04-06T08:49:27Z
2017-01-11
2017-01-11T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10362/20437
TID:201612496
url http://hdl.handle.net/10362/20437
identifier_str_mv TID:201612496
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137892281352192