Caracterização das consultas abertas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732018000600003 |
Resumo: | Objetivos: A consulta aberta (CA) é um tipo de consulta fundamental no âmbito dos cuidados de saúde primários (CSP) e desempenha um papel central para a gestão eficiente de recursos, sustentabilidade e qualidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Este estudo teve como principal objetivo a caracterização das CA da USF Espaço Saúde através do estudo de um conjunto alargado de variáveis, incluindo os motivos de consulta e os diagnósticos registados em cada consulta. Tipo de estudo: Estudo transversal descritivo. Local: USF Espaço Saúde, ACeS Grande Porto VI - Porto Ocidental. População: Utentes que recorreram à CA da USF Espaço Saúde durante os meses de janeiro, abril e julho de 2014. Métodos: Foi realizada a colheita de um conjunto de variáveis (idade, género, comorbilidades, nível de escolaridade, situação laboral, médico de família, médico que realizou a consulta aberta, isenção ou não-isenção de taxa moderadora, número total de consultas que o utente teve no ano de 2014, motivo da consulta aberta, diagnóstico segundo a ICPC-2 e referenciação para o SU/Hospital) através do SClínico®. A análise estatística dos dados foi realizada através do programa Microsoft Excel 2015®. Resultados: Foram realizadas um total de 1.310 CA, representando 41,2% do total das consultas presenciais. A maioria dos utentes pertencia ao sexo feminino (62,7%, n=821), apresentando uma média de idades de 44,8 anos. Os utentes que mais recorreram a CA foram aqueles que em relação à sua situação profissional se encontravam no ativo (41,5%, n=544) e que eram isentos de taxas moderadoras (58,7%, n=769). O motivo mais registado de CA foi o A62 - Procedimento administrativo (6,12%), seguindo-se o R05 - Tosse (5,35%); o A31 e o W31 - Exame médico/avaliação de saúde parcial (ambos com 4,97%). O diagnóstico mais registado foi o R74 - Infeção aguda do aparelho respiratório superior (6,52%), seguido por A98 - Medicina preventiva/Manutenção da saúde (5,71%) e K86 - Hipertensão sem complicações (5,18%). Foi realizada referenciação para o serviço de urgência em apenas 22 consultas (1,9%) e referenciação a consulta hospitalar em 78 consultas (6,0%). Conclusões: Para além da caracterização detalhada da CA realizada na USF, o estudo permitiu verificar a importância de se investir na literacia em saúde dos utentes, no sentido de compreenderem as indicações específicas que devem motivar a ida à CA. Os resultados do estudo reforçam, ainda, a importância de um correto registo clínico que, por vezes por falta de gestão de tempo dos profissionais, fica comprometido, limitando não só o seguimento clínico do utente como uma possível investigação futura. Através da análise crítica dos principais motivos/diagnósticos pelos quais os utentes recorrem à CA será possível uma melhor gestão de recursos que, aliados ao trabalho em equipa, permitirão uma melhor assistência e qualidade de resposta no âmbito das CA. |
id |
RCAP_d2f6e8aa87c98025f3c0b2a948eb9e32 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S2182-51732018000600003 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Caracterização das consultas abertasConsulta abertaIntersubstituição médicaObjetivos: A consulta aberta (CA) é um tipo de consulta fundamental no âmbito dos cuidados de saúde primários (CSP) e desempenha um papel central para a gestão eficiente de recursos, sustentabilidade e qualidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Este estudo teve como principal objetivo a caracterização das CA da USF Espaço Saúde através do estudo de um conjunto alargado de variáveis, incluindo os motivos de consulta e os diagnósticos registados em cada consulta. Tipo de estudo: Estudo transversal descritivo. Local: USF Espaço Saúde, ACeS Grande Porto VI - Porto Ocidental. População: Utentes que recorreram à CA da USF Espaço Saúde durante os meses de janeiro, abril e julho de 2014. Métodos: Foi realizada a colheita de um conjunto de variáveis (idade, género, comorbilidades, nível de escolaridade, situação laboral, médico de família, médico que realizou a consulta aberta, isenção ou não-isenção de taxa moderadora, número total de consultas que o utente teve no ano de 2014, motivo da consulta aberta, diagnóstico segundo a ICPC-2 e referenciação para o SU/Hospital) através do SClínico®. A análise estatística dos dados foi realizada através do programa Microsoft Excel 2015®. Resultados: Foram realizadas um total de 1.310 CA, representando 41,2% do total das consultas presenciais. A maioria dos utentes pertencia ao sexo feminino (62,7%, n=821), apresentando uma média de idades de 44,8 anos. Os utentes que mais recorreram a CA foram aqueles que em relação à sua situação profissional se encontravam no ativo (41,5%, n=544) e que eram isentos de taxas moderadoras (58,7%, n=769). O motivo mais registado de CA foi o A62 - Procedimento administrativo (6,12%), seguindo-se o R05 - Tosse (5,35%); o A31 e o W31 - Exame médico/avaliação de saúde parcial (ambos com 4,97%). O diagnóstico mais registado foi o R74 - Infeção aguda do aparelho respiratório superior (6,52%), seguido por A98 - Medicina preventiva/Manutenção da saúde (5,71%) e K86 - Hipertensão sem complicações (5,18%). Foi realizada referenciação para o serviço de urgência em apenas 22 consultas (1,9%) e referenciação a consulta hospitalar em 78 consultas (6,0%). Conclusões: Para além da caracterização detalhada da CA realizada na USF, o estudo permitiu verificar a importância de se investir na literacia em saúde dos utentes, no sentido de compreenderem as indicações específicas que devem motivar a ida à CA. Os resultados do estudo reforçam, ainda, a importância de um correto registo clínico que, por vezes por falta de gestão de tempo dos profissionais, fica comprometido, limitando não só o seguimento clínico do utente como uma possível investigação futura. Através da análise crítica dos principais motivos/diagnósticos pelos quais os utentes recorrem à CA será possível uma melhor gestão de recursos que, aliados ao trabalho em equipa, permitirão uma melhor assistência e qualidade de resposta no âmbito das CA.Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2018-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732018000600003Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar v.34 n.6 2018reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732018000600003Ramos,Ana AzevedoProença,InêsMagalhães,JoãoGrijó,LeonorBeirão,LilianaPeixoto,Maria João CanavezCamões,Sílviainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:27:50Zoai:scielo:S2182-51732018000600003Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:32:23.559346Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Caracterização das consultas abertas |
title |
Caracterização das consultas abertas |
spellingShingle |
Caracterização das consultas abertas Ramos,Ana Azevedo Consulta aberta Intersubstituição médica |
title_short |
Caracterização das consultas abertas |
title_full |
Caracterização das consultas abertas |
title_fullStr |
Caracterização das consultas abertas |
title_full_unstemmed |
Caracterização das consultas abertas |
title_sort |
Caracterização das consultas abertas |
author |
Ramos,Ana Azevedo |
author_facet |
Ramos,Ana Azevedo Proença,Inês Magalhães,João Grijó,Leonor Beirão,Liliana Peixoto,Maria João Canavez Camões,Sílvia |
author_role |
author |
author2 |
Proença,Inês Magalhães,João Grijó,Leonor Beirão,Liliana Peixoto,Maria João Canavez Camões,Sílvia |
author2_role |
author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ramos,Ana Azevedo Proença,Inês Magalhães,João Grijó,Leonor Beirão,Liliana Peixoto,Maria João Canavez Camões,Sílvia |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Consulta aberta Intersubstituição médica |
topic |
Consulta aberta Intersubstituição médica |
description |
Objetivos: A consulta aberta (CA) é um tipo de consulta fundamental no âmbito dos cuidados de saúde primários (CSP) e desempenha um papel central para a gestão eficiente de recursos, sustentabilidade e qualidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Este estudo teve como principal objetivo a caracterização das CA da USF Espaço Saúde através do estudo de um conjunto alargado de variáveis, incluindo os motivos de consulta e os diagnósticos registados em cada consulta. Tipo de estudo: Estudo transversal descritivo. Local: USF Espaço Saúde, ACeS Grande Porto VI - Porto Ocidental. População: Utentes que recorreram à CA da USF Espaço Saúde durante os meses de janeiro, abril e julho de 2014. Métodos: Foi realizada a colheita de um conjunto de variáveis (idade, género, comorbilidades, nível de escolaridade, situação laboral, médico de família, médico que realizou a consulta aberta, isenção ou não-isenção de taxa moderadora, número total de consultas que o utente teve no ano de 2014, motivo da consulta aberta, diagnóstico segundo a ICPC-2 e referenciação para o SU/Hospital) através do SClínico®. A análise estatística dos dados foi realizada através do programa Microsoft Excel 2015®. Resultados: Foram realizadas um total de 1.310 CA, representando 41,2% do total das consultas presenciais. A maioria dos utentes pertencia ao sexo feminino (62,7%, n=821), apresentando uma média de idades de 44,8 anos. Os utentes que mais recorreram a CA foram aqueles que em relação à sua situação profissional se encontravam no ativo (41,5%, n=544) e que eram isentos de taxas moderadoras (58,7%, n=769). O motivo mais registado de CA foi o A62 - Procedimento administrativo (6,12%), seguindo-se o R05 - Tosse (5,35%); o A31 e o W31 - Exame médico/avaliação de saúde parcial (ambos com 4,97%). O diagnóstico mais registado foi o R74 - Infeção aguda do aparelho respiratório superior (6,52%), seguido por A98 - Medicina preventiva/Manutenção da saúde (5,71%) e K86 - Hipertensão sem complicações (5,18%). Foi realizada referenciação para o serviço de urgência em apenas 22 consultas (1,9%) e referenciação a consulta hospitalar em 78 consultas (6,0%). Conclusões: Para além da caracterização detalhada da CA realizada na USF, o estudo permitiu verificar a importância de se investir na literacia em saúde dos utentes, no sentido de compreenderem as indicações específicas que devem motivar a ida à CA. Os resultados do estudo reforçam, ainda, a importância de um correto registo clínico que, por vezes por falta de gestão de tempo dos profissionais, fica comprometido, limitando não só o seguimento clínico do utente como uma possível investigação futura. Através da análise crítica dos principais motivos/diagnósticos pelos quais os utentes recorrem à CA será possível uma melhor gestão de recursos que, aliados ao trabalho em equipa, permitirão uma melhor assistência e qualidade de resposta no âmbito das CA. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-12-01 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732018000600003 |
url |
http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732018000600003 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732018000600003 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar v.34 n.6 2018 reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799137385021177856 |