Criação: o presente iluminado pelas origens

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vaz, Armindo dos Santos
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/25539
Resumo: Na exegese e na teologia, na catequese e na pastoral, a interpretação tradicional de Gn 2,4b-3,24 parte de vários pressupostos: que essa narrativa fala de Adão e Eva, de um pecado ou de uma culpa original por eles cometida, de uma promessa de salvação, do diabo sob forma de serpente, do paraíso perdido... E liga explicitamente o pecado à criação. Ora, aqui e noutro trabalho citado, com os métodos exegéticos recomendados pelo magistério eclesial, lendo-o no seu contexto próprio, oferecido pelas literaturas mesopotâmicas, descobertas nas escavações arqueológicas lá levadas a cabo desde meados do séc. XIX, propomos uma interpretação radicalmente nova. Descobrindo que é um mito de origem e que funciona como os mitos de origem, a exegese cerrada do texto conclui que ele visa dar o sentido último ao presente belo e penoso – ao bem e ao mal – da vida humana mas se dissocia totalmente da ideia de pecado.
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