OBSTIPAÇÃO FUNCIONAL EM IDADE PEDIÁTRICA: UMA REVISÃO TEMÁTICA
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v24.i0.9447 |
Resumo: | Introdução e Objetivos: A obstipação define-se pela dimi- nuição da frequência de dejeções ou pela alteração no volume e/ou consistência das fezes, sendo funcional (ou idiopática) quando não pode ser explicada por uma alteração anatomofisiológica. Pelo seu caráter benigno, a obstipação funcional em idade pediátrica, é uma entidade frequentemente subvalorizada. No entanto, estima-se que a sua prevalência seja de até 30%. Esta revisão visa a compreensão da sua etiologia, diagnóstico e tratamento. Metodologia: Revisão da literatura indexada na Medline, UpToDate, National Guideline Clearinghouse, no Index de Revis- tas Médicas Portuguesas e referências bibliográficas dos artigos selecionados até há data de Abril de 2015, com os termos MeSH «Constipation»; «Constipation in children»; «Infant, Newborn»; «Infant»; «Child, Preschool»; «Child»; «Adolescent»; «Encopre- sis»; «Toilet training». Resultados: A obstipação funcional, etiologicamente ligada à dor durante a defecação, leva à retenção intestinal voluntária e à incontinência fecal. O diagnóstico é clínico, com especial ênfase na pesquisa de sinais e sintomas de alarme que possam apontar para uma obstipação de causa orgânica. O tratamento farmacológico é parte integrante da abordagem terapêutica, constituindo os laxantes osmóticos a opção mais eficaz e segura. O tratamento engloba ainda alterações dietéticas e comportamentais, mas estas não devem ser utilizadas isoladamente, pois não são suficientes ou eficazes. Conclusão: Dada a proximidade com a comunidade e ao acompanhamento em saúde infantil, o médico de Medicina Geral e Familiar encontra-se numa posição privilegiada para o diagnóstico e tratamento da obstipação funcional em idade pediátrica. No entanto mais estudos, que contemplem a eficácia e segurança do seu tratamento a longo prazo, são necessários para que se possa estabelecer uma força de recomendação nesta área. |
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