São Vicente em Lisboa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/29729 |
Resumo: | A recente descoberta de um fragmento medieval do Ofício da Trasladação de S. Vicente para Lisboa, cujo texto literário foi publicado por Aires Augusto Nascimento em 2011, não foi acompanhada do necessário confronto com a versão integral do mesmo texto, recolhida no Próprio de Lisboa impresso em 1536. Na sequência de nova edição do fragmento (com transcrição musical) preparada pelo presente autor, chama-se aqui a atenção para dois protagonistas que ilustram a relação do sagrado com o poder. O primeiro é Munio (Moniz), reitor da igreja de Santas Justa e Rufina, que primeiro acolheu em Lisboa os despojos de S. Vicente. Os textos cantados do Ofício da Trasladação concedem-lhe um protagonismo ausente quer da narrativa catedralícia do chantre Estêvão, quer da narrativa oriunda do Mosteiro de S. Vicente; esse protagonismo coincide em certa medida com o papel atribuído a um presbítero pobre na narrativa oriunda da Flandres. O segundo protagonista é o rei Afonso IV. Apresentam-se argumentos que relacionam o Ofício da Trasladação com a campanha de obras promovida por este monarca na Sé Catedral, traduzindo o propósito de solenizar a liturgia de um mártir que é pela primeira vez apresentado não só como protector de Lisboa, mas também como santo padroeiro de Portugal. |
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