Contributo para a construção de uma tipologia de precariedade na profissão de jornalista em Portugal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/20657 |
Resumo: | Este artigo visa contribuir para a construção de uma tipologia de precariedade na profissão de jornalista, com base na análise longitudinal dos dados recolhidos em cinco inquéritos realizados aos jornalistas portugueses, pelo Observatório da Comunicação (2010, 2012, 2017 e 2019) e pelo CIES-IUL (2010-2013). Entendida como uma profissão fortemente suscetível à disrupção tecnológica e ao impacto mais amplo do informacionalismo, da digitalização e do pós-industrialismo, o jornalismo é visto por académicos e profissionais como uma atividade constantemente desafiada, em renegociação permanente do seu contrato com a sociedade. Desta envolvência negativa resultam três tipos de precariedade: 1) a precariedade do emprego, onde a sub-dimensão flexibilização contratual determina a maior ou menor vulnerabilidade contratual dos jornalistas; 2) precariedade no trabalho, representada num sentimento de insatisfação perante o trabalho; e 3) a precariedade da prática profissional, com o aumento das cargas e fluxos de trabalho indutores de descompetencialização, e com o número de horas de trabalho extra não remunerado exponenciado por contextos de coerção simbólica e consentimento relutante. |
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Este artigo visa contribuir para a construção de uma tipologia de precariedade na profissão de jornalista, com base na análise longitudinal dos dados recolhidos em cinco inquéritos realizados aos jornalistas portugueses, pelo Observatório da Comunicação (2010, 2012, 2017 e 2019) e pelo CIES-IUL (2010-2013). Entendida como uma profissão fortemente suscetível à disrupção tecnológica e ao impacto mais amplo do informacionalismo, da digitalização e do pós-industrialismo, o jornalismo é visto por académicos e profissionais como uma atividade constantemente desafiada, em renegociação permanente do seu contrato com a sociedade. Desta envolvência negativa resultam três tipos de precariedade: 1) a precariedade do emprego, onde a sub-dimensão flexibilização contratual determina a maior ou menor vulnerabilidade contratual dos jornalistas; 2) precariedade no trabalho, representada num sentimento de insatisfação perante o trabalho; e 3) a precariedade da prática profissional, com o aumento das cargas e fluxos de trabalho indutores de descompetencialização, e com o número de horas de trabalho extra não remunerado exponenciado por contextos de coerção simbólica e consentimento relutante. |
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