ESTADO ATUAL DA ABORDAGEM DIAGNÓSTICA EM IMUNOALERGOLOGIA VETERINÁRIA EM PORTUGAL: ANÁLISE DE UM QUESTIONÁRIO DIRIGIDO A MÉDICOS VETERINÁRIOS

• Autor(a) principal: Matias, Daniela
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: Cabrita, Débora, Martins, Luís
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/33690
• topic: Alergia; atopia; diagnóstico; tratamento

Objetivos: Pretendeu-se conhecer a atual abordagem diagnóstica de alergias no cão, em Portugal, através da elaboração e análise de resultados de um questionário. Metodologia: O questionário dividiu-se em duas partes: uma relativa aos dados profissionais dos médicos veterinários (MV) e outra relativa às principais etapas do protocolo diagnóstico clínico de alergias no cão. As respostas anónimas foram efetuadas em formato digital ou físico, por médicos veterinários exercendo clínica de animais de companhia em Portugal. Resultados e conclusões: Obtiveram-se 115 questionários válidos, a maioria dos quais (63,48%) de MV exercendo em clínicas, maioritariamente em Medicina Interna (54,78%). A maioria dos MV (60%) encontrava-se formada há 5-20 anos. A zona Centro foi aquela com maior expressão (40,87%), seguida pelo Sul (29,57%), pelo Norte (25,22%) e pelas Ilhas (4,35%). Apenas 14,78% exercia maioritariamente em Dermatologia e somente 0,87% em Imunoalergologia. Expressiva maioria (93,91%) identificou o prurido como a principal manifestação de alergia e as endocrinopatias como não incluídas (67,83%) no diagnóstico diferencial de Dermatite Atópica Canina (DAc). A hipersensibilidade à picada de insetos e as ectoparasitoses foram consideradas para fins diagnósticos diferenciais de DAc, respetivamente em 13,91% e 10,43% das respostas. Para diagnóstico de Reação Adversa a Alimentos (RAA) consideraram-se os testes sorológicos em 11,3% das respostas, a dieta comercial hipoalergénica em 83,48% e o recurso a dieta de eliminação caseira ou monoproteica em apenas 4,35% dos casos. A citologia cutânea como exame complementar afigura-se associada ao tipo de Centro de Atendimento em que o MV exerce. A avaliação alergológica revelou-se maioritariamente efetuada pela Medicina Interna. O prurido foi corretamente reconhecido como a principal manifestação associada. Testes sorológicos ainda persistem para diagnóstico de RAA, apesar da baixa especificidade e sensibilidade. Dieta de eliminação caseira, apesar de recomendada, revelou-se pouco utilizada. Os metadados disponíveis apontam para a utilidade da formação contínua específica dos MV.