O processamento da dor física e da dor social
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.34632/povoseculturas.2014.8943 |
Resumo: | A experiência da dor encontra-se entre as mais intensas e marcantes experiências humanas. É parte integrante da dialéctica com o mundo exterior, estruturando os nossos limites fisiológicos e psicológicos permanentemente. Tem um valor fundamental na sobrevivência, garantindo o afastamento de estímulos e situações que poderiam ameaçar a vida. Conhecida por todos os ser humanos e, infelizmente, presente cronicamente em muitos deles, representa um desafio à compreensão científica. Nos últimos anos as Neurociências têm conseguido caracterizar os processos biológicos envolvidos na dor, bem como o papel que o contexto emocional, social e cultural pode ter nesta experiência. De entre as várias emoções que podem modular o processamento da dor física, a dor social, isto é, a dor que ocorre em situações de perda de relações sociais significativas, partilha processos comportamentais, neurocognitivos e moleculares com a dor física (Eisenberger, 2012). Nesta perspectiva, um indivíduo que seja capaz de antecipar adequadamente os riscos para a sua integridade física, evitando situações em que possa sentir dor, mas não seja capaz de antecipar os perigos sociais, afastando-se ou sendo rejeitado pelo grupo, pode ficar igualmente em situação de risco do ponto de vista do seu bem estar. Diversos estudos têm procurado compreender de que forma estes dois fenómenos se poderão relacionar. São estes estudos que procuramos aqui rever, na expectativa de clarificar a pertinência desta área de investigação e o potencial clínico que o conhecimento das interligações entre estes tipos de dor poderá ter na prática clínica, sobretudo na dor crónica. |
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O processamento da dor física e da dor socialA experiência da dor encontra-se entre as mais intensas e marcantes experiências humanas. É parte integrante da dialéctica com o mundo exterior, estruturando os nossos limites fisiológicos e psicológicos permanentemente. Tem um valor fundamental na sobrevivência, garantindo o afastamento de estímulos e situações que poderiam ameaçar a vida. Conhecida por todos os ser humanos e, infelizmente, presente cronicamente em muitos deles, representa um desafio à compreensão científica. Nos últimos anos as Neurociências têm conseguido caracterizar os processos biológicos envolvidos na dor, bem como o papel que o contexto emocional, social e cultural pode ter nesta experiência. De entre as várias emoções que podem modular o processamento da dor física, a dor social, isto é, a dor que ocorre em situações de perda de relações sociais significativas, partilha processos comportamentais, neurocognitivos e moleculares com a dor física (Eisenberger, 2012). Nesta perspectiva, um indivíduo que seja capaz de antecipar adequadamente os riscos para a sua integridade física, evitando situações em que possa sentir dor, mas não seja capaz de antecipar os perigos sociais, afastando-se ou sendo rejeitado pelo grupo, pode ficar igualmente em situação de risco do ponto de vista do seu bem estar. Diversos estudos têm procurado compreender de que forma estes dois fenómenos se poderão relacionar. São estes estudos que procuramos aqui rever, na expectativa de clarificar a pertinência desta área de investigação e o potencial clínico que o conhecimento das interligações entre estes tipos de dor poderá ter na prática clínica, sobretudo na dor crónica.Universidade Católica Portuguesa2014-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://doi.org/10.34632/povoseculturas.2014.8943oai:ojs.revistas.ucp.pt:article/8943Povos e Culturas; n. 18 (2014): O cérebro: o que a ciência nos diz!; 97-1070873-592110.34632/povoseculturas.2014.n18reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://revistas.ucp.pt/index.php/povoseculturas/article/view/8943https://doi.org/10.34632/povoseculturas.2014.8943https://revistas.ucp.pt/index.php/povoseculturas/article/view/8943/8810Direitos de Autor (c) 2014 Rita Canaipahttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCanaipa, Rita2022-09-22T16:25:57Zoai:ojs.revistas.ucp.pt:article/8943Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:59:45.188170Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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