Espaços públicos na democratização e direito à cidade no Barreiro: Coprodução e cogovernança a partir dos vários atores na Braamcamp

• Autor(a) principal: Bravo, Barbara Alves Pinto
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/23905
• topic: Espaço público; Participação; Direito à cidade; Alburrica; Public spaces; Participation; Right to the city

A área da Alburrica/Braamcamp tem um papel significativo na identidade do Barreiro, considerada de extrema importância do ponto de vista histórico, patrimonial, paisagístico e sócio-ambiental, notadamente por sua posição geográfica de confluência entre o rio Tejo e o rio Coina, e pela presença de diversas espécies de animais. A preocupação assenta-se na integração desta área enquanto uma estrutura verde importante no município do Barreiro. É a segunda maior no concelho, seguido da Mata da Machada, entretanto, encontra-se em processo de degradação. Neste sentido, foi elaborado um projeto de arquitetura visando a regeneração urbana da península da Alburrica considerando as diversas escalas e envolvendo a população e agentes locais durante o processo de trabalho. O acesso ao espaço público no sentido físico e político é o tema central deste estudo e reflete-se nas intenções projetuais, onde delineou-se os lugares poéticos da memória e da paisagem, num jogo com os sentidos de “lugar”e “não lugar” a partir dos indivíduos, de estruturas e dos possíveis eventos. Recorreu-se a diversas ferramentas exploratórias a abarcar uma leitura do território enquanto área geográfica e suas relações (localização), dos quadros formais e informais produzidos (local), como também dos modos de apropriação das características e qualidade físico-materiais e afetivas da área selecionada (sentido de lugar). As micro narrativas temporais combinadas à poética da paisagem da Alburrica exprimem-se num convite para a deambulação e para o caminhar naquela zona. Este movimento desvela, identifica e cria paisagens, praticado aqui enquanto um instrumento de intervenção urbana, da arquitetura e da paisagem.