O quotidiano hospitalar da criança: constrangimentos e possibilidades de desenvolvimento
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/7992 |
Resumo: | Dissertação de Mestrado em Sociologia da Infância |
id |
RCAP_d6e282652ee29dfca7393fa3b5db50ae |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/7992 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
O quotidiano hospitalar da criança: constrangimentos e possibilidades de desenvolvimento316.6613.95Dissertação de Mestrado em Sociologia da InfânciaA doença, percurso incerto e inoportuno na vida do ser humano, requer por vezes meios e técnicas sofisticadas para a sua debelação, o que pode implicar períodos variáveis de hospitalização, quebrando o ritmo normal do quotidiano. A criança, ser humano sui generis, confronta-se com problemáticas idênticas às do adulto, mas, devido à sua imaturidade emocional, requer dos profissionais e das instituições onde está internada, respostas específicas de forma a contemplar uma diversidade de necessidades e direitos. A hospitalização a que a criança fica por vezes submetida, conduz a uma quebra nas actividades diárias, como sejam, o estar com a família, a escola e o brincar com os amigos, impossibilitando-a de viver a vida como qualquer criança. Daqui decorrem consequências para a recuperação da sua saúde que podem ser debeladas se se der voz a novos contextos de ocupação e de sociabilização da criança no hospital. O tempo livre no internamento é por excelência o espaço onde é possível intervir de forma intencional ao nível do desenvolvimento global da criança, reconhecendo-o enquanto tempo social, necessário ao processo de socialização, onde cabe inserir actividades lúdicas e pedagógicas fundamentais para o seu processo de desenvolvimento e contribuindo para que a hospitalização se converta numa experiência positiva e passível de fruir em verdadeiros momentos de crescimento pessoal. A investigação que decorreu em torno desta problemática e que desenvolvemos no Hospital Central Especializado em Crianças, na valência de pediatria médica (Porto) e Hospital Central com unidade de Pediatria (Braga), disse-nos, de uma forma reconhecida e assumida, que subsiste uma imagem autêntica dos profissionais e acompanhantes quanto à qualidade e bem-estar da criança. O hospital, enquanto detentor do saber técnico e científico determinante para a reabilitação da saúde, pode reorganizar-se e constituir um ponto fulcral na dinamização de programas diversificados que estabeleçam um marco referencial e transformem o espaço pediátrico num verdadeiro mundo infantil, envolvendo profissionais, crianças e acompanhantes. Desta forma, todos podem contribuir para que o internamento da criança constitua uma peculiaridade, como muitas outras, inerentes ao próprio percurso da vida.La maladie, parcours incertain et inopportun dans la vie de l' être humain, requiert parfois des moyens et des techniques sophistiquées polir sa subjugation, ce qui peut impliquer des périodes variables d' hospitalisation, fracassant le rythme normal du quotidien. L' enfant, être humain sui generis, se confronte avec des problématiques identiques à celles de l'adulte, mas, dû à son immaturité émotionnelle, requiert des professionnels et des institutions ou il est interné, des réponses spécifiques de façon à contempler une diversité de nécessités et de droits. L’hospitalisation à laquelle l’enfant est souvent soumis, mène à une interruption dans les activités quotidiennes, telles que se trouver avec la famille, l’école et jouer avec les amis, l’empêchant de vivre la vie comme n' importe quel autre enfant. D'ici débouchent des conséquences pour la récupération de sa santé qui peuvent être dominées, si on fait appel à de nouveaux contextes d'occupation et de socialité de l'enfant à l’hôpital. Le temps libre à l' internement est par excellence l' espace ou il est possible intervenir intentionnellement au niveau du développement global de l' enfant, tout en le reconnaissant en tant que temps social, nécessaire au processus de socialisation, ou il convient introduire des activités ludiques et pédagogiques fondamentales pour son processus de développement, tout en contribuant à ce que l'hospitalisation se transforme en une expérience positive et passible de bénéficier de vrais moments de croissance personnelle. La recherche qui advient autour de cette problématique et que nous développons à l’hôpital Central Spécialisé en Enfants, dans le secteur de pédiatrie médicale (Porto) et l' Hôpital Central avec l’unité de Pédiatrie (Braga) nous a dit d’une façon reconnaissante et assumée que l’image authentique des professionnels et des accompagnateurs subsiste quant à la qualité et au bien-être de l’enfant. L’hôpital, en tant que détenteur du savoir technique et scientifique déterminant pour la réhabilitation de la santé, peut s’organiser à nouveau et constituer un point d’appui très important dans la dynamique de programmes diversifiés qui établissent une borne référentielle et transforment l’espace pédiatrique en un vrai monde infantile, en mêlant des professionnels, des enfants et des accompagnateurs. Ainsi, ils peuvent tous contribuer pour que l’internement de l'enfant constitue une particularité comme beaucoup d'autres, inhérentes au parcours - même de la vie.The disease, an uncertain and undesirable path in human’s life, needs sometimes sophisticated means and procedures as well, for being overcome, and, as one knows, it may require variable periods of hospitalization that disturb the daily path of people. The child, a sui generis human being, is faced with the same difficult situations as adults, however, due to his emotional immaturity, both the skilled professionals and institutions where the kid is placed, must be aware and careful in order to answer and contemplate promptly and specifically the huge diversity of his/her needs and rights. As a matter of fact, being hospitalized means that the child undergoes through a rupture in terms of daily routine, familiar ties, school, entertainment, etc. what makes him/her feel uncomfortable and different from his/her partners. Although all these problems may possibly interfere with his/her cure, this can also be minimized if the new contexts of child ‘hospital occupation and socialization are taken into account. The free time during children’s staying, is particularly the optimal period which allows paediatric professionals and others to intervene and interact intentionally in and with the child’s global development, recognizing it as the social time, necessary to their socialization process. Therefore fundamental entertaining and pedagogical activities for children’s development should occur and, actually, their staying would result into a positive and enjoyable experience which could still have contributed to the little boy or girl’s personal growth. The research carried out into this problem and performed in Hospital Central specialized in children, in the medical paediatric area, in Porto and Hospital Central, in the paediatric unity of Braga, taught us, in a recognized and widely accepted way that a real image of skilled professionals and attendants subsists when related to child’s well being and quality of life. The hospital, as the owner of scientific and technical knowledge, responsible for health rehabilitation, can reorganize itself and become the central point of different programs dynamic which are responsible for transforming the paediatric space into a real children world; it goes without highlighting firstly that the relationship between the hospital staff nurses, attendants, etc. and children is undoubtedly focused in social interaction. Furthermore, everyone can contribute to the urgent changing of procedures and attitudes in order to make the child’s hospitalization into something less peculiar, helping them to face it as nothing more than an almost ordinary period of their lifetime, a ‘painless accident’ if possible.Leandro, Maria EngráciaAlmeida, Ana Maria Tomás deUniversidade do MinhoRedondeiro, Maria Emília Firmino Ramos2004-02-062004-02-06T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/1822/7992porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:54:02Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/7992Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:53:33.548013Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
O quotidiano hospitalar da criança: constrangimentos e possibilidades de desenvolvimento |
title |
O quotidiano hospitalar da criança: constrangimentos e possibilidades de desenvolvimento |
spellingShingle |
O quotidiano hospitalar da criança: constrangimentos e possibilidades de desenvolvimento Redondeiro, Maria Emília Firmino Ramos 316.6 613.95 |
title_short |
O quotidiano hospitalar da criança: constrangimentos e possibilidades de desenvolvimento |
title_full |
O quotidiano hospitalar da criança: constrangimentos e possibilidades de desenvolvimento |
title_fullStr |
O quotidiano hospitalar da criança: constrangimentos e possibilidades de desenvolvimento |
title_full_unstemmed |
O quotidiano hospitalar da criança: constrangimentos e possibilidades de desenvolvimento |
title_sort |
O quotidiano hospitalar da criança: constrangimentos e possibilidades de desenvolvimento |
author |
Redondeiro, Maria Emília Firmino Ramos |
author_facet |
Redondeiro, Maria Emília Firmino Ramos |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Leandro, Maria Engrácia Almeida, Ana Maria Tomás de Universidade do Minho |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Redondeiro, Maria Emília Firmino Ramos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
316.6 613.95 |
topic |
316.6 613.95 |
description |
Dissertação de Mestrado em Sociologia da Infância |
publishDate |
2004 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2004-02-06 2004-02-06T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1822/7992 |
url |
http://hdl.handle.net/1822/7992 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/octet-stream application/octet-stream |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799133131746312192 |