Efeito do banho de imersão em água fria no edema muscular e na temperatura superficial da pele após execução de exercícios de treino de força com a metodologia Bí-Set

• Autor(a) principal: Matos, Filipe José Martins da Silva
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/6472
• topic: Treino de força; Crioterapia; Edema; Imersão em água fria; Resposta inflamatória

Introdução: A prática de treino de força (TF), com objetivo de hipertrofia muscular, engloba várias metodologias que têm como objetivo a criação de micro lesões e consequentemente dano muscular. Estando englobado, nessas metodologias, o método de organização dos exercícios por bí-set. O tempo de recuperação das micro lesões proporcionadas por essa metodologia ainda não está definido na literatura científica. Igualmente, ainda é controverso se o uso da crioterapia poderá acelerar a recuperação após exercícios de TF. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi observar, através de análise termográfica e de ultrassonografia, o efeito do banho de imersão no edema muscular e da temperatura superficial da pele, do músculo da face anterior do braço, após um protocolo de exercícios de TF organizados em bi-set. Método: Para o efeito 11 jovens, caucasianos, recreacionalmente treinados em TF, com uma média de idade de 20,50±3,92 anos, foram submetidos a um protocolo de exercícios de TF (5 séries de Curl Bíceps, com supinação de antebraço e Curl de Bíceps Martelo a 70% de 1RM, em Bi-set), em duas sessões, separadas entre si por 7 dias, diferindo entre si na aplicação numa das sessões de uma recuperação através de imersão em água fria (20 minutos a uma temperatura de 8,3ºC±0,76, imediatamente após e 24 horas após o protocolo de exercício) e na outra uma recuperação passiva. Foi recolhido, em ambas as sessões, imagens de temperatura e imagens de ultrassom nos momentos pré, imediatamente após, assim como 24h, 48h e 72h após o protocolo de exercícios, com o intuito de avaliar a resposta inflamatória e o edema muscular. Resultados: Na semana em que a imersão em água fria foi aplicada, verificaramse valores de Espessura muscular significativamente mais baixos nos momentos 24h (p = 0,019), 48h (p = 0,001) e 72h (p = 0,001) após o exercício. Os valores de Intensidade do Eco revelaram-se mais elevados nos momentos 24h (p=0,020) e 72h (p=0,001) após exercício, quando aplicada a CWI. A Crioterapia foi eficaz em reduzir a temperatura da pele em 14,00ºC (±2,78) e 13,90ºC (±1,99), nos momentos imediatamente após exercício e 24h. Conclusão: A imersão em água fria parece ter sido eficaz na redução do edema muscular induzido pelo exercício, assim como parece ter antecipado o processo de cicatrização muscular, embora este factor necessite de mais estudos em relação ao seu comportamento histológico.