Populismo nos programas eleitorais dos partidos portugueses para as legislativas de 2019: Uma questão de grau?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Valle, António Luís Rodrigues Martins Nunes do
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/21255
Resumo: Portugal tem sido apontado como um caso de exceção em relação à ascensão do populismo. A presente dissertação pretende avaliar até que ponto esse excecionalismo português atualmente se confirma. Dando continuidade ao estudo de Lisi e Borghetto (2019), é feita uma análise de conteúdo dos programas eleitorais dos partidos políticos portugueses que elegeram deputados à Assembleia da República (AR) nas eleições de 2019. As variáveis em análise são o povo-centrismo, o anti elitismo e a recuperação da soberania popular, sendo adotado o conceito ideacional de populismo. A presente investigação é pertinente na medida em que é a primeira vez que se incluí no universo de análise um partido rotulado como populista da nova direita radical, o CHEGA. Os resultados revelam uma presença permanente, mas modesta, residual em alguns casos, de populismo nos discursos programáticos dos partidos políticos portugueses. Os dados indicam um maior grau de populismo utilizado pelos partidos da esquerda radical. O LIVRE e o Partido Comunista Português (PCP) são os que mais recorrem à retórica populista. O anti elitismo é o atributo mais utilizado pela maior parte dos partidos e o LIVRE sobressai ainda por ser o que mais apela à recuperação da soberania popular. Na mesma linha do estudo de Lisi e Borghetto (2019), os resultados alcançados parecem contrariar o mito da ausência de populismo em Portugal.
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