Populismo nos programas eleitorais dos partidos portugueses para as legislativas de 2019: Uma questão de grau?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/21255 |
Resumo: | Portugal tem sido apontado como um caso de exceção em relação à ascensão do populismo. A presente dissertação pretende avaliar até que ponto esse excecionalismo português atualmente se confirma. Dando continuidade ao estudo de Lisi e Borghetto (2019), é feita uma análise de conteúdo dos programas eleitorais dos partidos políticos portugueses que elegeram deputados à Assembleia da República (AR) nas eleições de 2019. As variáveis em análise são o povo-centrismo, o anti elitismo e a recuperação da soberania popular, sendo adotado o conceito ideacional de populismo. A presente investigação é pertinente na medida em que é a primeira vez que se incluí no universo de análise um partido rotulado como populista da nova direita radical, o CHEGA. Os resultados revelam uma presença permanente, mas modesta, residual em alguns casos, de populismo nos discursos programáticos dos partidos políticos portugueses. Os dados indicam um maior grau de populismo utilizado pelos partidos da esquerda radical. O LIVRE e o Partido Comunista Português (PCP) são os que mais recorrem à retórica populista. O anti elitismo é o atributo mais utilizado pela maior parte dos partidos e o LIVRE sobressai ainda por ser o que mais apela à recuperação da soberania popular. Na mesma linha do estudo de Lisi e Borghetto (2019), os resultados alcançados parecem contrariar o mito da ausência de populismo em Portugal. |
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Populismo nos programas eleitorais dos partidos portugueses para as legislativas de 2019: Uma questão de grau?PortugalPopulismoPartidos políticosProgramas eleitoraisEleições legislativas 2019PopulismPolitical partiesElection manifestosParliamentary elections 2019Portugal tem sido apontado como um caso de exceção em relação à ascensão do populismo. A presente dissertação pretende avaliar até que ponto esse excecionalismo português atualmente se confirma. Dando continuidade ao estudo de Lisi e Borghetto (2019), é feita uma análise de conteúdo dos programas eleitorais dos partidos políticos portugueses que elegeram deputados à Assembleia da República (AR) nas eleições de 2019. As variáveis em análise são o povo-centrismo, o anti elitismo e a recuperação da soberania popular, sendo adotado o conceito ideacional de populismo. A presente investigação é pertinente na medida em que é a primeira vez que se incluí no universo de análise um partido rotulado como populista da nova direita radical, o CHEGA. Os resultados revelam uma presença permanente, mas modesta, residual em alguns casos, de populismo nos discursos programáticos dos partidos políticos portugueses. Os dados indicam um maior grau de populismo utilizado pelos partidos da esquerda radical. O LIVRE e o Partido Comunista Português (PCP) são os que mais recorrem à retórica populista. O anti elitismo é o atributo mais utilizado pela maior parte dos partidos e o LIVRE sobressai ainda por ser o que mais apela à recuperação da soberania popular. Na mesma linha do estudo de Lisi e Borghetto (2019), os resultados alcançados parecem contrariar o mito da ausência de populismo em Portugal.Portugal has been pointed out as an exceptional case in relation to the rise of populism. The present dissertation intends to evaluate the extent to which this Portuguese exceptionalism is confirmed. Extending Lisi and Borghetto's 2019 study, a content analysis of the election manifestos of the Portuguese political parties that elected members of parliament in the 2019 legislative elections was carried out. The variables of interest are people-centrism, anti-elitism and recovery of popular sovereignty, within the frame of the ideational concept of populism. The present investigation is relevant since it is the first time that a party labelled as populist of the new radical right, CHEGA, has been included in the universe of analysis. The results show a permanent presence but modest, residual in some cases, of populism in Portuguese political parties. The data reveal a higher degree of populism used by the parties of the radical left. LIVRE and Partido Comunista Português (PCP) are the ones that most resort to populist rhetoric. Anti-elitism is the attribute most used by most parties while LIVRE stands out for being the one that most calls for the recovery of popular sovereignty. In line with the study by Lisi and Borghetto (2019), the results achieved seem to contradict the myth of the absence of populism in Portugal.2021-01-13T16:11:16Z2020-12-21T00:00:00Z2020-12-212020-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/21255TID:202568652porValle, António Luís Rodrigues Martins Nunes doinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:50:25Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/21255Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:24:51.276382Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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