O Egito se Movimenta: Primavera Árabe, Novos Media e Políticas de Contestação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Fernanda Pulcineli Chrispim de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/82069
Resumo: Dissertação de Mestrado em Relações Internacionais apresentada à Faculdade de Economia
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spelling O Egito se Movimenta: Primavera Árabe, Novos Media e Políticas de ContestaçãoEgypt Moves: Arab Spring, New Media and Contestation PoliciesEgitoPrimavera ÁrabeNovos MédiaPolíticas de ContestaçãoDesenvolvimento HumanoEgyptArab SpringNew MediaContestation PoliciesHuman DevelopmentDissertação de Mestrado em Relações Internacionais apresentada à Faculdade de EconomiaQuando, em 2010, ondas de manifestações se alastraram pelo Mundo Árabe, o ocidente voltou suas atenções à região, espantado pelo aflorar de movimentos populares de cunho democrático. Contudo, a surpresa não se confirmaria fundada, uma vez que investigações mais profundas mostram que o Oriente Médio nunca esteve, de fato, adormecido. Partindo desta constatação de existência de motivos e experiências de contestação política prévios a 2010 no mundo árabe, a dissertação, por meio do estudo de caso do Egito - um dos mais emblemáticos; tanto pela imensa cobertura midiática, dada à importância do país na região e de sua relação com o ocidente, como pelo fato de ser considerado um caso de relativo sucesso -, se propôs responder à pergunta: se movimentos sociais não são novidades no Egito, por que então somente agora foi possível uma manifestação como a Primavera Árabe? Explorando a realidade histórica, social, política e econômica do país, através das lentes teóricas do Construtivismo e da Teoria Crítica, este trabalho se guiou pelos pressupostos de que (1) a inexistência ou escassez de condições econômicas e sociais são potencializadoras de políticas de contestação, (2) que o aumento e melhora da literacia e da educação formal apuram a capacidade de acesso e uso de tecnologias de informação, e que (3) as redes sociais, ao fomentar a organização e capacidade de mobilização dos movimentos sociais e políticos, garante uma maior visibilidade das suas políticas de contestação assim como da possibilidade de sucesso social e político das suas reivindicações. Com o objetivo de identificar e analisar os fatores potencializadores da Primavera Árabe, especificadamente com o fim de explorar aqueles que foram os estopins para os levantes – o que garantiu a este movimento tamanha força e repercussão –, estabeleceu-se a hipótese de que o uso de redes sociais (como meio de organização e mobilização das manifestações) e as precárias condições de vida e a repressão política (como principal pano de fundo e motivo de reivindicação) foram fatores decisivos para a velocidade e dimensões da Primavera Árabe. Os fatores conjunturais que ajudam a avançar e validar esta hipótese são o registo de um simultâneo aumento da taxa de escolarização e do acesso por parte das populações mais jovens ao ensino superior nos últimos anos; e baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH).When, in 2010, waves of demonstrations spread throughout the Arab world, the West turned its attentions to the region, astonished by the outbreak of popular movements of democratic nature. However, the surprise would not be substantiated, as deeper investigations show that the Middle East has never really been asleep. Based on this finding of motives and experiences of political contestation prior to 2010 in the Arab world, through the case study of Egypt – one of the most emblematic; both because of the vast media coverage, given the country's importance in the region and its relationship with the West, and because it was considered a case of relative success – the dissertation proposed to answer the question: if social movements are not new in Egypt, why then it was only now possible a manifestation like the Arab Spring? Exploring the historical, social, political and economic reality of the country through the theoretical lenses of Constructivism and Critical Theory, this work was guided by the assumptions that (1) the inexistence or scarcity of economic and social conditions are potentiating policies of contestation, (2) that the increase and improvement of literacy and formal education establishes the capacity of access and use of information technologies, and (3) that new social networks, by fostering the organization and mobilization capacity of social and political movements, guarantees greater visibility of their contestation policies as well as the possibility of social and political success of their claims. In order to identify and analyze the potentiating factors of the Arab Spring, specifically with a view to exploring those that were the fountains for the uprisings – which assured this movement of such force and repercussion – it was assumed that the use of social networks (as a means of organizing and mobilizing demonstrations) and precarious living conditions and political repression (as the main background and motive for claiming) were decisive factors for the speed and dimensions of the Arab Spring. The conjunctural factors that help to advance and validate this hypothesis are the simultaneous recording of an increase in the enrollment rate and access by the younger population to higher education in recent years; and low Human Development Indexes (HDI).2017-07-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/82069http://hdl.handle.net/10316/82069TID:202110630porLima, Fernanda Pulcineli Chrispim deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2019-06-02T10:53:52Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/82069Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:04:02.855646Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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